Capítulo 35

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Angel on

Frederick entra na arena com uma espada muito bem trabalhada e forjada. Com certeza a melhor arma do arsenal.

Sabiamente eu dou de ombros.

Eu havia obrigado aquele soldado maldito a devolver minhas espadas e por isso recuperei minhas bebês de volta, então não ligava para qual arma ele usava. Uma lâmina não era temida por si só, mas pelo soldado que a empunhava.

Retiro uma delas de sua bainha e a jogo no chão do outro lado da arena

-Acho que precisará das duas-diz confiante e com tom zombeteiro

Ok, quer saber? Agora esse filho da mãe conseguiu me irritar. Quem ele acha que é para achar que preciso enfrentá-lo com duas espadas? Não o daria essa honra, essa consideração

Ele não era, nem de longe, digno de um embate honroso

-Acho que não precisarei de nenhuma-digo confiante e ele me olha de cenho franzido

Em um ato de coragem, retiro minha outra espada de seu suporte e a jogo no chão, fazendo Frederick arregalar os olhos e burburinhos ecoarem pela arena.

Ele não era fraco e eu de forma alguma o subestimava. Porém, lutar contra alguém armado enquanto você está desarmado e vencer, é uma forma de humilhação para o oponente. E é exatamente isso que eu quero. Quero que ele seja humilhado por tudo que fez a Dylan e por tudo que causou a ambos os impérios. Não me importo com os riscos, apenas com o resultado

-Você nunca vai me vencer assim-diz rindo

-Vamos aos termos-digo ignorando sua fala e rezando internamente para meus machucados não me traírem durante a batalha

-Quando eu vencer, exijo que você seja expulsa do exército para sempre -afirma e vejo Dylan se levantar de seu assento na plateia da arena, indignado, como se implorasse que eu não aceitasse

-Eu aceito-afirmo séria fazendo o possível para não encarar o comandante- devo exigir uma condição a altura então. Você causou uma guerra. Graças a você inúmeras vidas foram tiradas. Graças a você, mulheres perderam os filhos e maridos se separaram de suas esposas. Graças a você vivemos um pesadelo! E por isso, se eu vencer, quero que você seja exilado deste império e que seja tratado como um verdadeiro prisioneiro e inimigo real

-Eu aceito -responde convencido de que não vai perder e eu analiso o ambiente a minha volta mais uma vez tentando captar qualquer sinal que me daria vantagem

A concha soa indicando o início do duelo, fazendo-me respirar fundo e me concentrar.

Eu não tenho minhas lâminas, mas ainda tenho meu espírito guerreiro

O mesmo investe contra mim e eu desvio de sua lâmina, aproveitando a abertura para lhe desferir um soco na barriga.

Ele se recompõe e logo em seguida tenta me chutar, fazendo-me desviar com rapidez. Aproveitando a abertura, o mesmo corta meu braço e eu recuo com seu movimento, fazendo-o iniciar uma série de ataques fortes e rápidos os quais tive dificuldade de desviar. Ele tinha algumas vantagens e se eu quisesse sair dessa luta inteira, precisava ficar na defensiva por um tempo

Mas entre tantos esquivos e desvios, ele por fim, consegue me dar uma rasteira de modo que eu caia no chão com tudo

O desgraçado coloca seu pé em minha barriga como forma de humilhação e solta uma risada travessa.

Com sua espada ele transfere vários e pequenos cortes em meu braço me fazendo trincar o maxilar com o mais pior ódio. O filho da mãe estava brincando comigo

Guerreira escarlateOnde histórias criam vida. Descubra agora