Guerreira escarlate

Capítulo 28

-Se você continuar assim não vai ser ninguém na vida-grita o homem- Soque esse saco de pancadas sua fracote! Soque como se sua vida dependesse disso! Lute pela sua sobrevivência! Você não vai durar dois dias aqui se continuar assim! Acha que vai vencer William sendo fracote desse jeito?

Com sua última fala, soco o objeto tão forte que ele fura, fazendo a areia cair lentamente no chão da área de treino

-Não toque nesse nome imundo na minha frente ou na frente dos meus homens-digo com fúria nos olhos

Estávamos na área de treino com o antigo treinador. Ele era de certo modo um babaca, mas sabia como treinar alguém. Carina, Megan, Paul e John estavam na sala e eu tomei frente da situação quando o nome de William foi citado

-Seus homens? -debocha- uma garota como
você nunca conseguirá ter um cargo alto para ter "homens"

-Eu já tenho-afirmo fria- aqueles ali-aponto para os três- são meus homens, são minha responsabilidade! Enquanto eu viver, ninguém toca neles, ninguém os machuca e ninguém manda neles a não ser eu! Eles são uma extensão de mim e aos mesmos confio minha vida e a vida deles está nas minhas mãos

O homem cruza os braços e me encara. Eu tinha apenas 8 anos, mas já tinha tomado minha decisão. Não admitia, mas eles eram minha família. E eu, enquanto viver, darei a minha vida para protegê-los. Não importa quantos me desafiem, assumi uma responsabilidade e não vou largá-la.

-Está na hora de escolher sua arma -o treinador afirma depois de analisar minha fala

*

A sala era enorme. Cheia de estantes e caixas cheias de armas. Haviam rifles, espadas, adagas, cajados, lanças e todo tipo de armamento. Era incrível e eu fiquei encantada com tamanha diversidade

-Escolha o que quiser. Só pode pegar uma-afirma e se coloca no canto da sala de braços cruzados

Olho as estantes e passo o dedo sobre as armas. Era incrível. Tinham diversos tipos de coisas.

Olhos os rifles, mas eles não me chamam a atenção. Encaro o arco e flecha e eu sei que sou boa em usá-los, mas por algum motivo os ignoro. Encaro as adagas e cajados e mesmo sabendo que sei manejá-lós, não os dou importância.

Encaro as espadas e me sinto atraída.

Tinham várias. Haviam algumas banhadas a ouro com cabo de diamante e outras com a mais bela cor e formato. Eram lindas e nobres...

E eu posso escolher qualquer uma.

Meu olhar é atraído para um baú que ficava no fundo da sala. Ele tinha um cadeado e eu franzi o cenho de imediato. Se eu podia escolher qualquer coisa, por que estava trancado?

E não é só isso... tenho a impressão de que já vi isso antes em algum lugar.

Pego uma adaga e arrombo a fechadura com um pouco de esforço, abrindo o baú logo em seguida

Assim que o abro vem algo estranho em minha mente. Era um poema. Um provérbio antigo que não fazia ideia de onde tinha ouvido.

"Eu sou a força,
a força é a lâmina
e a lâmina sou eu"

Eu não sabia da onde eu conhecia, apenas... apenas conhecia. Olho o conteúdo do baú e me sinto completa ao analisar o par de espadas. Elas estavam empoeiradas e não tinham nenhum esplendor aparente, mas me levanto decidida e digo: