Capítulo 07

30.6K 2.5K 1.5K
                                    

Cobra 🐍

No mundo em que neguinho chegou agora, eu já sou vivido.

Tem coisa que eu sei, teti a teti.

Mas tu fala? Nem eu!

Bagulho cansa moleque, vou tentar ser legal com a Luna,menina vem com fogo nas mãos.

Eu não quero o lugar do Luan pô.

Conheço a história todinha e nem se eu quisesse eu ia tomar o lugar dele.

Eu só tento ajudar.

Eu sempre fui assim,não é só porque conheci a Mari ou quero agradar ela.

Minha coroa dizia que eu tinha um coração bom, coração puro.

E eu queria ajudar a Luna porque eu sei oque ela tá passando.

Eu conheço irmão,conheço pô!

Mas ela quer ser ajudada ?

Eu já tentei pra caralho, só não vou chegar ao ponto de me humilhar pra ajudar alguém.

Segue o pique!

Por esse motivo eu não gosto do Caique.

E a Luna é mó mimada.

Quando ela era menor,eu já tinha falado isso.

Ela acha porque acha que eu quero tomar o lugar do irmão.

Tu é doido!

Só ele tem esse pensamento.

Mas tô suave, sei o meu lugar e a ninha meta!

Mari: Deve tá pensando em como eu sou linda.- Brincou saindo do banheiro.

Cobra: Como tu é feia mermo, olha isso.-  Apontei pro corpo dela.

Mari: Então você não vai utilizar do meu corpo hoje, por que sou feia.

Cobra: Não, morena... ô, coisa mais linda do mundo.- Ela riu mandando dedo.

Mari: Mas também nem rola, eu tô cansada. Eu tenho quase 50 anos já.

Cobra: Tu bate em muita novinha de 20.- Ela sorriu.

Colocou uma blusa minha e deitou sem calcinha.

Cobra: Vai dormir? -Ela assentiu.- E a janta? Tu nem comeu.

Mari: Não vou fazer, se vira.- Murmurou.

Cobra: Quer oque? Pizza, pastel....- Peguei o celular dela abrindo no aplicativo de comida.

Mari: Hm... dois pastéis de frango com um suco de maracujá bem geladinho.

Cobra: Eles não entregam suco, maluca.

Mari: Mas tem aqui.- Deu língua.

Eu ri e pedi nossos pastéis..

Depois de comer, me deitei de um jeito mó bom.

Perna pra lá, braço pra cá.

Mari: Me abraça.- Me cutucou.

Cobra: Amanhã...- Resmunguei.

Mari: Filipe...- Falou manhosa.

Bufei baixinho e virei.

Passei a mão pela cintura dela puxando ela mais pra mim e deitei a cabeça no pescoço dela.

Minha nenê.

Cria Da FavelaOnde histórias criam vida. Descubra agora