Ele entregou a chave a Jonh, o mesmo homem que me havia levado ontem a casa.
Ele entrou no carro e não o vi mais, deve ter ido estacionar o carro na garagem.Não fazia a mínima ideia de onde estava.
A casa era enorme e à nossa volta era um pouco isolado.Sorri, claro que tinha que ser isolado, ninguém o conheçe.
O segurança chegou e fez sinal a Liam, ele pediu que esperasse ali, e afastou-se para falar com Jonh.
A noite estava a ficar fria, abracei-me para tentar fazer com que a temperatura do meu corpo aquecesse.
Olhei para Liam, ele ainda estava a falar com Jonh.
Ele parecia preocupado, mas quando olhou para mim disfarçou ao máximo, dando um sorriso.
Ele passava a mão no cabelo muitas vezes e a mão direita nunca saiu do seu bolso.
O que se estava a passar?
Será que era porque eu estava ali?
Levei a mão à barriga, tinha um nó no estômago tão grande que até me doía.
Estava a sentir-me tonta, eu conhecia a sensação, estava prestes a ter o segundo ataque de pânico da noite.Tentava puxar o ar para os meus pulmões com tanta força mas não conseguia, os meus ouvidos começaram a ensurdecer, levei a mão à garganta, estava aflita, não conseguia mais respirar.
Eles estavam de costas para mim, e estava sem forças para pedir ajuda.Estava a tentar concentrar-me na minha respiração.
Tinha que me acalmar, conseguia ouvir a minha respiração, estava a arfar.
Foi tudo numa questão de segundos, Liam estava a ouvir os meus soluços, e virou-se confuso.O rosto dele ficou pálido quando ele me viu.
Ele veio até mim, e segurou-me o rosto com as duas mãos."Olha para mim Emily respira devagar, por favor."
Ele repetia as palavras uma e outra vez.
Estava a perder a força no meu corpo, e deixei-me cair.
Liam gritou para alguém abrir a porta e pegou-me ao colo.Estava a ouvir tudo ao longe, quando fiquei nos braços dele, senti o seu corpo rígido.
Ele estava tão assustado quanto eu.Senti o meu corpo a ser deitado no sofá, ele dava ordens de uma maneira sobrenatural.
Ele gritou com o segurança, percebi que ele estava nervoso.
No mesmo instante ele aproximou um copo de à minha boca e ajudou-me a dar um gole de água.A minha cabeça estava com tantas perguntas, mas aos poucos fui me acalmando, se tivesse acontecido algo ele teria me avisado.
Definitivamente estava a ser paranóica.Já estava a respirar com mais facilidade e aos poucos fui voltando ao normal.
Abri os olhos e pisquei até que eles se habituassem à luz.Olhei para cima e assustei-me, merda aquela penthouse era enorme.
Não sei se eram das tonturas mas os meus olhos quase que não conseguiam alcançar o teto.
As paredes eram todas brancas.
Com duas filas de vidros enormes de onde se via a cidade.
As luzes da cidade estavam a pôr-me com o estômago às voltas.
Olhei em frente e vi aqueles olhos azuis muito abertos cravados em mim.
Dei um sorriso tímido e ele suspirou."Merda Emily! Nunca mais faças isso!
Como estás? Queres alguma coisa?"Eu corei.
"Estou bem. Peço desculpa."
Porra porque estava a pedir desculpa, mantém o foco Emily.
Sentei-me no sofá e bebi o resto da água."O que aconteceu? Será que eu não posso tirar os olhos de si um segundo?
E se tivesse caído no chão e se tivesse magoado.
Bolas Emily, não seja irresponsável.""Não sei, vi a sua cara preocupada e achei que tinha acontecido algo, comecei a ficar nervosa e acho que tive um ataque de pânico."
"Claro que teve um ataque de pânico.
E tinha motivos para estar preocupada, mas não quero que saiba.
Já teve stress que chegue por hoje."
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Luxúria Submissiva
Romance1 Edição 2014 Copyright© Mónica Ponte Emily Sloan é a típica rapariga comum, recém formada em Administração. A sua ida para Nova York foi marcada por uma relação abusiva que deixou marcas permanentes. Emily teve direito a uma segunda oportunidade...