Capitulo 22 - parte I

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Acordei sobressaltada com o toque do despertador, aquilo não era o meu despertador.

Tinha dores de cabeça, definitivamente eu e o vinho não nos dávamos bem.

Fui abrindo os olhos devagar e só aí me lembrei de onde estava, estava no quarto dele.

Sorri quando senti que estava dolorida, aquele homem sabia o que fazia.

Virei-me para o lado e ele não estava lá.

Será que ele saiu mal adormeci?

Queria acreditar que não, queria acreditar que dormimos abraçados a noite inteira, alguma coisa foi porque nunca dormi tão bem como dormi hoje.

Olhei para o relógio eram 6:30 da manhã, estava explicado o meu cansaço eu nunca acordava a essa hora.

Tentei mexer-me na cama mas doía-me tudo, estava completamente dolorida.

A noite tinha deixado as suas marcas, e eu sorri, eu adorava ter algo para me lembrar dele.

Fiquei na cama a esperar que ele aparecesse, queria tomar banho, mas não sabia onde deveria fazê-lo.

E se fosse só de roupa interior e alguém me visse no corredor?

Não queria passar por tal humilhação.

Senti a porta a abrir, finalmente.

Olhei e era uma mulher, cobri-me com o lençol instintivamente, quem era aquela mulher?

Ela trazia uma bandeja na mão, suspirei de alivio ao ver que era a empregada, eu segurava o lençol contra o meu corpo.

Meu deus que vergonha, o que aquela mulher ia pensar de mim?

O jeito dela era maternal, imaginei que ela de certa forma é que cuidava dele.

Com um sorriso reconfortante ela pousou a bandeja na cama, merda aquela sorriso carinhoso dava-me saudades da minha mãe.

Ia ter mesmo que falar com ela o mais rápido possível, ela deve estar para lá de furiosa.

Mudei de número e perdi o contacto com ela, Dominic aconselhou-me a afastar-me da minha família, seria o melhor para mim, porque eles só me atrasavam, dizia ele.

Mas agora via que não, a minha mãe e o meu pai sempre quiseram o meu melhor, sempre lá estiveram nos bons e nos maus momentos, e eu à primeira oportunidade virei-lhes as costas.

Eu havia-me me transformado no tipo de pessoa que sempre odiara, mas agora ia recomeçar de novo, ia concertar tudo, começando pela minha mãe.

"Bom dia Srta. Sloan."

Bolas a voz dela era ainda mais doce do que pensava, ela não era velha, longe disso, devia ter uns quarenta e poucos anos, cabelo preto apanhado em um coque, com olhos cor de avelã, mas ela transmitia-me algo que nem eu sabia explicar.

"Bom dia Sra...?"

"Pode chamar-me Mary, tem aqui o pequeno almoço, vou limpar os cacos da casa de banho, para poder ir arranjar-se."

Ela foi em direção à casa de banho e tive tempo de analisar o pequeno almoço, sumo de laranja, panquecas, café e salada de fruta, muita fruta aliás, tinha um pouco de tudo, uvas, manga, kiwi, morango.

Tinha um aspecto delicioso, noite perfeita de sexo, e agora pequeno almoço exótico na cama, Emily Sloan sua sortuda!

Ela saiu da casa de banho e foi abrir as cortinas.

A manhã ainda não estava muita clara, mas via-se o suficiente para se perder o fôlego com a vista dos arranha céus e luzes de Nova York.

Vi que uma das janelas dava para uma varanda, com uma mesa e cadeiras, já sabia onde ia tomar o pequeno-almoço.

Luxúria SubmissivaOnde histórias criam vida. Descubra agora