Acordei sobressaltada com o toque do despertador, aquilo não era o meu despertador.
Tinha dores de cabeça, definitivamente eu e o vinho não nos dávamos bem.
Fui abrindo os olhos devagar e só aí me lembrei de onde estava, estava no quarto dele.
Sorri quando senti que estava dolorida, aquele homem sabia o que fazia.
Virei-me para o lado e ele não estava lá.
Será que ele saiu mal adormeci?
Queria acreditar que não, queria acreditar que dormimos abraçados a noite inteira, alguma coisa foi porque nunca dormi tão bem como dormi hoje.
Olhei para o relógio eram 6:30 da manhã, estava explicado o meu cansaço eu nunca acordava a essa hora.
Tentei mexer-me na cama mas doía-me tudo, estava completamente dolorida.
A noite tinha deixado as suas marcas, e eu sorri, eu adorava ter algo para me lembrar dele.
Fiquei na cama a esperar que ele aparecesse, queria tomar banho, mas não sabia onde deveria fazê-lo.
E se fosse só de roupa interior e alguém me visse no corredor?
Não queria passar por tal humilhação.
Senti a porta a abrir, finalmente.
Olhei e era uma mulher, cobri-me com o lençol instintivamente, quem era aquela mulher?
Ela trazia uma bandeja na mão, suspirei de alivio ao ver que era a empregada, eu segurava o lençol contra o meu corpo.
Meu deus que vergonha, o que aquela mulher ia pensar de mim?
O jeito dela era maternal, imaginei que ela de certa forma é que cuidava dele.
Com um sorriso reconfortante ela pousou a bandeja na cama, merda aquela sorriso carinhoso dava-me saudades da minha mãe.
Ia ter mesmo que falar com ela o mais rápido possível, ela deve estar para lá de furiosa.
Mudei de número e perdi o contacto com ela, Dominic aconselhou-me a afastar-me da minha família, seria o melhor para mim, porque eles só me atrasavam, dizia ele.
Mas agora via que não, a minha mãe e o meu pai sempre quiseram o meu melhor, sempre lá estiveram nos bons e nos maus momentos, e eu à primeira oportunidade virei-lhes as costas.
Eu havia-me me transformado no tipo de pessoa que sempre odiara, mas agora ia recomeçar de novo, ia concertar tudo, começando pela minha mãe.
"Bom dia Srta. Sloan."
Bolas a voz dela era ainda mais doce do que pensava, ela não era velha, longe disso, devia ter uns quarenta e poucos anos, cabelo preto apanhado em um coque, com olhos cor de avelã, mas ela transmitia-me algo que nem eu sabia explicar.
"Bom dia Sra...?"
"Pode chamar-me Mary, tem aqui o pequeno almoço, vou limpar os cacos da casa de banho, para poder ir arranjar-se."
Ela foi em direção à casa de banho e tive tempo de analisar o pequeno almoço, sumo de laranja, panquecas, café e salada de fruta, muita fruta aliás, tinha um pouco de tudo, uvas, manga, kiwi, morango.
Tinha um aspecto delicioso, noite perfeita de sexo, e agora pequeno almoço exótico na cama, Emily Sloan sua sortuda!
Ela saiu da casa de banho e foi abrir as cortinas.
A manhã ainda não estava muita clara, mas via-se o suficiente para se perder o fôlego com a vista dos arranha céus e luzes de Nova York.
Vi que uma das janelas dava para uma varanda, com uma mesa e cadeiras, já sabia onde ia tomar o pequeno-almoço.
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Luxúria Submissiva
Romantizm1 Edição 2014 Copyright© Mónica Ponte Emily Sloan é a típica rapariga comum, recém formada em Administração. A sua ida para Nova York foi marcada por uma relação abusiva que deixou marcas permanentes. Emily teve direito a uma segunda oportunidade...