Luxúria Submissiva

Capitulo 27 - Parte V

- Dá-me a chave. - eu abri a mão para receber a chave do Audi R8 Spyder que estava estacionado nas traseiras do restaurante.

- Nem penses. - ele levantou a sobrancelha surpreso.

- Não tens os teus métodos? Eu tenho os meus. E os meus incluem levar o carro até à tua casa.

- Está a jogar baixo Srta. Sloan.

- Touché Sr. Clark. - eu pisquei o olho recebendo a chave na mão.

Entramos no carro e eu dei partida, entusiasmada por ter consigo fazer a minha primeira exigência bem sucedida.

- Só cedi dessa vez para que fique bem claro, o resto da noite vai correr como eu quiser.

- Depois sou eu que jogo baixo? - eu perguntei surpresa encaixando a mudança no carro.

- Eu prefiro não jogar hoje. - ele levou a mão até à minha perna e eu contorci-me tentando não me distrair na condução.

- Não estou a perceber Liam.

- Sabes exatamente do que estou a falar Baby, não quero ir para o quarto que tu sabes.

- Porquê? - eu perguntei sentindo um nó no estômago, o que aquilo queria dizer? Ele já não me queria mais? A minha viagem pelo Bdsm tinha acabado mesmo antes de começar?

- Eu estive a pensar e percebi que te levei para lá cedo demais, não estavas preparada, e talvez isso é que começou essa situação toda.

Engoli o nó que tinha garganta mas o da minha cabeça continuou a lá estar.

Ele queria tanto fazer com que as coisas resultassem e depois de um momento para o outro diz que eu não estava preparada.

Aquilo era uma brincadeira, só podia ser.

- Mas eu quero ir, não achas que cabe a mim decidir se estou preparada ou não? - mandei tudo para fora da minha cabeça de uma só vez. E recebi dele um olhar de desaprovação.

- Gosto do teu entusiasmo Baby, mas não quero fazer nada que quebre o que estamos a reconstruir.

- Acho que não vais fazer tendo em conta que nas duas vezes que tentamos fizeste a mesma coisa.

Levantei a sobrancelha, sim eu estava a desafiá-lo, e não me queria arrepender de o fazer.

- Isso é um desafio Baby? Já te provei hoje que não nego fogo.

Abanei a cabeça sorrindo.

- Não negas fogo mas também não o apagas Liam.

- Isso é o que veremos Srta. Sloan.

- Ansiedade é o meu nome do meio Sr. Clark.

*

Não podia evitar sentir-me poderosa, sim poderosa acho que era a palavra perfeita para descrever a avalanche em que Liam me colocara.

Cá estava eu, a menina que nunca confiara em si próprio, a conduzir um carro de luxo, vestida a rigor.

E com o homem mais perfeito e mais quente que já tinha conhecido no banco do passageiro.

Isso era uma afronta à minha sanidade, sentia o sangue a correr-me nas veias, podia ouvir nos meus ouvidos o meu coração a palpitar.

Revirei os olhos ao perceber que estávamos em silêncio à quase uma eternidade.

- Revirando os olhos Srta. Sloan?

Esbocei um sorriso e fui correspondida.

- Cada um com os seus hábitos, eu reviro os olhos, você acorrenta e espanca.