Dirigi sem destino, a minha mente estava a tropeçar na linha entre a realidade e a fantasia.
Eu tentei fazer de tudo, eu dei tudo de mim a Liam.
Tentei ultrapassar o meu passado por ele, enquanto que ele só me queria ajudar. Mas na verdade, quem mais precisava de ajuda era ele.
Aquelas palavras no consultório tinham sido a gota de água.
Era impossível acreditar que ele estava mesmo a propor que eu fizesse aquilo.
Dei voltas e mais voltas à minha mente tentando arranjar algo para me agarrar.
Tentava em vão arranjar uma desculpa que justificasse o comportamento dele.
Mas era impossível, Liam nunca mudaria. E eu tinha ficado mal na fotografia a partir do momento em que pensava que ele mudaria.
Eu estava bem com as maneiras estranhas e peculiares dele, eu estava bem com a definição de prazer dele.
Mas uma coisa não estava bem, a confiança e o respeito.
Devíamos ser mais unidos que qualquer outra pessoa, algum maníaco estava por aí à solta e se juntos não o conseguíamos derrotar. Afastados seria muito pior.
Quando dei por mim ia a caminho de Central Park, de uma maneira estranha e rápida, aquele lugar fazia parte da nossa história,
Talvez tivéssemos errado aí, fomos muito rápidos.
Ou talvez fizemos tudo certo, mas não foi suficiente.
O destino não estava a nosso favor, eu acreditava que nunca tinha estado.
Se existisse algo que nos pudesse ajudar, com certeza seria um milagre.
E se nem o susto pelo qual estava a passar melhorava as coisas. Nada iria melhorar.
Estacionei o SUV e entrei no Central Park inspirando o ar puro e a calma que aquele local transmitia.
Andei às voltas tentando organizar as ideias que teimavam em ficar confusas.
Cada vez que fechava os olhos a imagem de Liam atormentava-me, eu só queria que tudo fosse diferente.
Sentei-me num banco olhando disfarçadamente para o casal que estava uns bancos à minha frente.
A mulher usava um vestido bege tinha os cabelos castanhos apanhados. Enquanto que o homem usava um terno.
Engoli em seco, ao ver um carrinho de bebê no meio deles.
Ele beijou os lábios da esposa que respondeu com um sorriso alegre e cheio.
Segurando a menina nos braços o homem brincava com ela arrancando gargalhadas perfeitas dela.
Eu sorri mas ao mesmo tempo sentia as lágrimas a correr pelo meu rosto.
A mulher deitou a cabeça no ombro do marido e eles ficaram ali a brincar com a sua menina de cabelos loiros e olhos claros.Engoli o nó que tinha na garganta, porque as coisas tinham que ser tão difíceis.
Eu não podia voltar a misturar as coisas, entre Liam e mim não havia nada sólido. Ponto final.
Os detalhes não importavam mais, nós os dois já tínhamos pagado o preço.
E ele havia sido alto demais.
Nem no meu momento menos lúcido eu quereria algo mais sério com uma pessoa que não dava valor a nada.
Nem a si próprio.
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Luxúria Submissiva
Любовные романы1 Edição 2014 Copyright© Mónica Ponte Emily Sloan é a típica rapariga comum, recém formada em Administração. A sua ida para Nova York foi marcada por uma relação abusiva que deixou marcas permanentes. Emily teve direito a uma segunda oportunidade...