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Baekhyun retirou o pirulito de seus lábios, passando a folha de seu livro. Estava tentando se distrair, pois, o dia havia chegado. Hoje, completava oito anos desde a morte de sua mãe. Poderia estar calmo, sem lágrimas em seu rosto, ou dizendo para si mesmo que era culpado pela morte dela, mas estava destruido por dentro.

Sua atenção foi direcionada para a porta de seu quarto, alguém estava batendo na mesma. Pediu para que a pessoa entrasse, logo seu pai entrou, com a camisa social branca, seus óculos de grau, e sua maleta. O loiro fechou a página do livro, olhando para o mais velho novamente.

- Você está bem? - Perguntou, olhando bem para o filho.

- Sim, estou - Abriu um sorriso triste, engolindo em seco. O homem colocou sua maleta em cima da escrivaninha, indo em direção a cama do filho. Baekhyun passou a língua entre seus lábios, sentindo seus olhos começarem a lacrimejar. - Pai, não. Eu tô bem, de verdade

O mais velho suspirou, sentando-se na cama. Colocou suas mãos em cada lado da cama, apoiando o seu corpo. Por mais que nunca demonstrasse estar triste, ele sentia a falta dele, e doía como fogo.

- Sabe, quando eu e a sua mãe nos casamos, nos nossos votos, eu tinha dito para ela que a protegeria, de que nada a machucaria - Baekhyun fechou os olhos, sentindo as primeiras lágrimas rolarem por seu rosto. Odiava chorar, principalmente na frente dos outros. Sentia-se fraco.

- Me desculpa - Fungou, abraçando suas pernas. - A culpa foi minha, se não fosse por mim, ela estaria aqui agora

O homem virou-se em direção ao filho, o olhando por completo. Era estranho vê-lo triste, e não sorrindo, brincando com seus amigos como sempre fazia. Passou sua mão pelos fios loiros, fazendo cafuné nos mesmo.

- Sua mãe surtaria se ouvisse você dizer isso agora - Soltou uma risada nasal, olhando para a parede do quarto, imaginando a cena. - A culpa não foi sua, pare com isso. Sua mãe daria a vida por você, de acordo com ela, você foi o melhor presente que ela teve

O mais novo ergueu seu rosto, olhando para o pai. Seu nariz estava vermelho, e as lágrimas ainda corriam por suas bochechas. Ficou de joelhos na cama, o abraçando em seguida. Ele o abraçou, encostando sua testa no peito do filho.

- Com licença - A atenção do mais velho foi para o corredor. Chanyeol estava parado no mesmo, com uma mochila em suas costas. - Senhor Byun, a minha tia ligou para o senhor?

- Sim - Levantou-se da cama, respirando fundo. Baekhyun por sua vez, passou a manga de seu moletom pelo rosto, tentando limpar os resquícios das lágrimas. - Pode entrar

- O que ele está fazendo aqui a essa hora? - Perguntou o loiro, fungando em seguida.

- A Choonhee irá viajar a trabalho, e pediu para que ele ficasse aqui nesse tempo

ngm sentiu falta mas eu to de volta a

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