Akai ito: O fio vermelho do destino

Capitulo 5:

Com o passar do tempo, fui criando uma certa intimidade com os rapazes. A presença deles já não me incomodava mais, muito pelo contrário. Eu amava estar com eles e me divertia muito.

Fazia algo em torno de uns 20 dias que Taehyung não parava de me cobrar sobre minha promessa de fazer os tais hambúrgueres brasileiros, e hoje não foi diferente. Cheguei na sala de treino, e Namjoon, Jungkook, Yoongi e Hoseok estavam discutindo sentados em um canto o que parecia uma nova letra de uma música, Jin e Jimin estavam praticando uma coreografia na frente o grande espelho. Passei os olhos pela sala duas vezes antes de entrar a procura de Taehyung e nada. Entrei pensando onde aquela criatura estaria.

- Bom dia, pessoal – Disse para todos.

- Bom dia – responderam em um único som

Quando de repente sinto alguém me abraçar por trás por cima do meu ombro e dizer:

- Sabe o que deixaria meu dia ainda melhor? – Aquela voz rouca e suave, eu a reconheceria em qualquer lugar, só poderia ser Taehyung – Hambúrgueres brasileiros feitos por minha noona favorita que só me iludiu com eles – Ah Taehyung, mal sabe que quem está me iludindo é você.

- Se continuar me assustando desse jeito, vai acabar ficando sem seus preciosos hambúrgueres porque vai me fazer ter um ataque e me matar do coração. – Fingi estar zangada rindo logo em seguida.

- Desculpinha – me beijou na bochecha e saiu correndo para se juntar a Jimin e Jin – não quero ficar sem meus hambúrgueres.

Hoje nosso dia de trabalho seria mais curto, então resolvi que faria os tais hambúrgueres antes que Taehyung me enlouqueça – mais do que já anda enlouquecendo por outros motivos – no final do expediente anunciei:

- Pessoal, hoje eu farei os tais hambúrgueres brasileiros antes que Taehyung me mate, então não jantem e estejam aqui na sala de treino as 19h okay?

- Até que enfim esse dia chegou, não iria aguentar fechar um mês com Taehyung falando sobre hambúrgueres – reclamou Jimin.

- Ah noona, jura????? – Taehyung perguntou muito animado – você é a melhor, vamos eu vou com vocês.

- Vai comigo a onde? – Perguntei rindo desconfiada

- Fazer os hambúrgueres ué, ou vai me iludir com isso também? – Perguntou fingindo estar ofendido

- Ah verdade – fingi revirar os olhos antes de rir – vamos

- Nem acredito que esse dia finalmente chegou – disse todo animado colocando um braço por cima do meu ombro me trazendo mais perto de si para um abraço enquanto caminhávamos para fora – Tchau tchau – despediu-se muito animado

Meu coração estava acelerado, parecendo que iria explodir ou sair pela boca a qualquer momento, ultimamente ele estava mais próximo de mim as vezes me surpreendendo com seus ataques de fofura, como ele acostumava chamar, Taehyung realmente é alguém muito especial. A maioria das vezes é só um garoto preso no corpo de um homem (e que corpo) tem um coração enorme cheio de bondade, porém essa sua personalidade fofa, se altera as vezes, dando lugar a um deus da beleza e da sensualidade. E eu? Exatamente fico aqui sem saber como lidar como toda essa informação.

No caminho até o mercado, ele não parava de falar o quão ele estava empolgado e que até mesmo sonhou que fazíamos hambúrgueres, mas interrompeu sua história meio envergonhado mudando de assunto quando eu quis saber o que tinha acontecido depois da pausa que ele deu sobre estamos amassando a carne para fazer os discos de carne. Depois de comprarmos tudo o que era necessário, seguimos em direção ao meu apartamento.

- Tae, antes de chegarmos, preciso te falar que eu não moro sozinha e que preciso fazer uma ligação avisando que estou te levando para a casa comigo.

- Ah, a noona tem um namorado? Eu entendo – Era impressão minha ou toda animação tinha ido embora do seu rosto deixando ali um Taehyung meio que... decepcionado?

- Oh, não – ri sem graça me apressando em explicar o mal-entendido – como você sabe, não tenho família na Coreia, então moro com duas amigas e um amigo. Meu amigo bem provavelmente ainda não está em casa, mas minhas amigas estão. O ponto que eu queria chegar é, elas são armys e bem provavelmente vão ter um ataque antes mesmo de você passar pela porta. Então preciso prepara-las né, pois posso perder duas amigas infartadas, ou até mesmo meu emprego por ter te exposto a tamanho perigo – fingi uma expressão preocupada fazendo-o rir, não sei se foi impressão minha, mas a animação havia voltado ao seu rosto.

- Ah não acredito, esse deve ser um dos melhores dias da minha vida, vou fazer hambúrgueres com a minha noona e minhas army. Sem dúvidas eu sou um homem muito feliz – sorriu satisfeito.

E eu sorri também, eu ficava extremamente boba perto dele.

Chegando na frente de casa, estacionei o carro, peguei meu celular e liguei para Nay, que não atendeu. Então liguei para Lorena.

- Alô, Lô vocês estão em casa?

- Uhum, a Nay estava pintando o cabelo, agora ela está no banho. Por que?

- Bem, é que eu tenho uma coisa para contar, mas por favor não surta tá?

- O que? Você vai deixar a gente e fugir com o circo e realizar seu sonho de ser palhaça? – Riu

- Não otária, te vendi para um circo dos horrores, a mulher barbada – rimos, Lorena e eu tínhamos intimidade e maturidade (ou não) o suficiente para brincar dessa forma sem que ninguém ficasse ofendido, mas éramos praticamente irmãos naquela casa, então a gente se amava. – Então, falando sério agora, você sabe que eu trabalho na equipe do BTS agora ne?

- Nossa, jura? Descobri hoje – riu

- Me deixa falar mulher barbada – rimos mais uma vez – então, lembra que contei para vocês que havia prometido fazer hambúrgueres com o Taehyung?

- Uhum, e????

- E acontece que ele e eu estamos parados na frente do prédio enquanto eu ligo para preparar vocês psicologicamente antes de entrar com ele e causar um apocalipse – disse de uma vez, talvez rápido demais para Lorena processar.

- Espera, o que? Você está brincando né? – Pausa – AI MEU DEUS, VOCÊ NÃO TA BRINCANDO NE????? NAAAAAAY CADÊ VOCÊ? CORRE AQUI, DANE-SE SEU BANHO. A OLLIE TA AQUI EM CASA E O V ESTÁ COM ELA...

- LORENA NÃO SURTA – ri de sua reação, enquanto ouvia Nay surtando no fundo – vou esperar as madames surtarem, aí vou entrar com ele. Façam de conta que vocês são normais e não duas doidas psicopatas que estão berrando no apartamento, aish provavelmente vamos ser despejadas depois disso.

- Ollie – era a voz de Nay agora – você não está brincando com a gente né amiga? Porque eu to sofrendo de problemas cardíacos agora.

- Não amiga, não estou brincando, posso subir com ele?

- Pode, mas quanto ao "agir normalmente" podemos fazer comentários sobre ele em português? Ele não vai entender mesmo, juro que vamos ficar com cara de quem está ignorando os puns do Jimmy quando a gente vai no mercado.

- Combinado então – ri da comparação – estamos subindo. E não se esqueçam, hajam normalmente, ok?

- Okay – desliga o telefone rapidamente.

- Olha Tae, já quero logo avisar que elas não são normais ta? – Falei como quem pede desculpas.

- Ah jura? Que legal, eu também não – rimos