Julia P.V.O
Sinto meu corpo todo doer, minha garganta está seca, abro meus olhos devagar, tudo doi, me sinto morta.
Olho pro meu braço, a agulha na minha veia, o aparelho de oxigênio logo ao lado.
Que merda...
Viro a minha cabeça pro lado e vejo um homem sentado na cadeira. Ele nota que estou acordada e levanta ainda me olhando.
Julia: quem é você? - minha voz sai rouca e baixa. - o que faz aqui?
Tento sentar na cama, sinto uma dor horrível na barriga e deito novamente. Começo a lembrar de tudo o que aconteceu.
Julia: meu filho. - sussurro e coloco minha mão por cima da minha barriga.
Eu juro que eu vou matar a vagabunda da Carla, só eu sair desse hospital.
Xxx: eu te ajudo. - o homem diz e eu reconheço sua voz.
Ele anda até mim e me ajuda a sentar na cama, seu cheiro me traz muitas lembranças, coisas que eu nem lembrava mais.
Julia: você. - sussurro. - você falou comigo à algumas horas atrás.
Xxx: minha Ana Julia. - diz e pega no meu rosto. - não sabe o quanto eu esperei por isso.
Fecho os meus olhos e abaixo a minha cabeça, ele levanta a minha cabeça e eu olho em seus olhos verdes, eu me lembro desses olhos, são apenas coisas vagas, mas ainda sim, eu lembro.
Julia: quem é você? - pergunto e ele me olha e me abraça.
Xxx: sou seu pai. - diz e eu empurro ele. - você pode se machucar.
Julia: ou você usou muita droga ou bateu com a cabeça na parede. - digo e me afasto dele. - meu pai é o Robert.
Xxx: Robert foi apenas um idiota que sua mãe escolheu pra ficar com você, a Fernanda mentiu pra você, ela me fez ser preso, passei 10 anos naquela maldita prisão e me afastou de você.
Julia: é uma história bastante interessante, mas eu quero ouvir os dois lados da história. - falo e ele sorri, senta na cadeira ao lado da cama e pega na minha mão.
Xxx: não era pra ser assim, você é minha menina, merece o mundo, não deveria está nesse hospital e muito menos com essa cicatriz na barriga. - diz e eu olho pra ele.
Julia: me diga seu nome. - peço e quando ele ia falar o Santiago entra no quarto.
Cobra: o que faz aqui Escorpião? - diz sério e eu puxo a minha mão.
Julia: Escorpião? - falo olhando pro homem ao meu lado. - isso só pode ser brincadeira.
Escorpião: acho melhor calar essa boca, moleque. - diz sem demonstrar sentimento algum.
Diz e eu viro o meu rosto pra olhar pro Santiago. Ele me olha e sorri, seus olhos vão até onde a minha mão está e logo seu sorriso some.
Julia: eu quero falar com a minha mãe. - falo após uns segundos em silêncio. - Santi, chama ela pra mim.
Fernanda: ja estou aqui. - diz encostada na porta. - o que diabos você faz aqui? - pergunta olhando pro Escorpião.
Julia: vocês podem sair, por favor. - peço olhando pros dois. - quero falar apenas com a minha mãe.
Escorpião: nossa conversa ainda não acabou. - diz e beija na minha testa. - até mais Fernanda. - fala e sai do quarto.
O Santiago vem até mim e sussurra perto do meu ouvido.
Santiago: eu te amo. - diz, beija na minha bochecha e sai.
Eu olho pra minha mãe e a mesma vem até mim e me abraça, seu cheiro adocicado me invade e eu finalmente me permito chorar.
Fernanda: eu sinto muito meu amor, você não deveria passar por isso. - diz e eu a abraço mais forte ainda.
Julia: doi tanto mãe, sinto que eu estou morta. - choro mais ainda. - eu juro, com todas as minhas forças, eu vou matar aqueles dois, nem que seja a última coisa que eu faça.
Fernanda: não é bom pensar nisso agora, você precisa descansar meu amor. - diz e eu saio do abraço.
Julia: quando eu vou poder sair desse lugar? - pergunto ignorando suas palavras.
Fernanda: vai ter que ficar em observação, sai daqui a dois dias. - diz e eu olho pra porta.
Conversamos por um bom tempo.
O celular dela toca.Julia: pode atender, mãe. - falo e ela olha pro celular dela. - chama o Santi, por favor.
Fernanda: ok filha. - diz e sai.
[...]
Cobra: eu sinto muito meu amor. - diz eu me beija.
Sinto um líquido salgado entre nossos lábios, percebo que ele está chorando. Paramos o beijo e eu olho pra ele, limpo as lágrimas.
Fico apenas olhando pra ele, Santi faz carinho no meu rosto, fecho os meus olhos e me encosto no peito dele.
Ficamos alguns minutos em silêncio, eu me afasto dele e olho pra porta.
Julia: pega água pra mim, to morrendo de sede. - falo e ele levanta.
Cobra: as meninas estão vindo. - diz vendo no celular dele. - já volto.
Ele deixa o celular dele em cima da cama, o mesmo vibra e vejo a barra de notificações, várias mensagens de uma tal de Olivia.
Bruna: oi oi coisa linda. - aparece junto com a Kim e a Thaís.
Thaís: caralho, cê ta muito acabada. - diz e eu ri.
Julia: vocês não estão melhores, podem ter certeza. - digo e o celular vibra novamente.
Desbloqueio o celular e vejo as mensagens. Um ódio me sobe na hora.
______________________________________________Olívia: chego aí semana que vem, meu gostoso🔥. (17:45)
Olívia: vou querer ser bem recebida, do jeito que eu gosto e você sabe bem 😈. (17:45)
Olívia: tenho uma surpresa pra vc. (17:46)
Olivia: mudanças de plano, to chegando hoje viu gostoso ❤. (19:00)
Olivia: até depois meu amor. (19:00).
________________________________________Julia: QUE FILHO DA PUTA. - grito de raiva e aperto o celular na minha mão.
As meninas me olham assustadas.
Kim: o que você leu aí nesse celular? - eu olho pra ela e me ajeito na cama.
Julia: eu realmente vou matar o Cobra. - digo e ele entra no quarto.
Cobra: me matar por quê? - pergunta e eu jogo o celular pra ele.
Julia: quem é Olivia? - pergunto e ele me olha.
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Obgda meus amores.🚫Capítulo não revisado🚫
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Meu Alemão
Подростковая литератураNosso futuro sempre foi incerto. Mesmo sabendo do errado, nunca quis fazer do certo. Desde de moleque falei que tu seria minha e ninguém iria mudar isso. Ana Julia nasceu pra ser minha e eu nasci pra ser dela. Essa é a verdade e farei disso minha le...