• Capítulo 39 •

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Julia P.V.O

Sinto meu corpo todo doer, minha garganta está seca, abro meus olhos devagar, tudo doi, me sinto morta.

Olho pro meu braço, a agulha na minha veia, o aparelho de oxigênio logo ao lado.

Que merda...

Viro a minha cabeça pro lado e vejo um homem sentado na cadeira. Ele nota que estou acordada e levanta ainda me olhando.

Julia: quem é você? - minha voz sai rouca e baixa. - o que faz aqui?

Tento sentar na cama, sinto uma dor horrível na barriga e deito novamente. Começo a lembrar de tudo o que aconteceu.

Julia: meu filho. - sussurro e coloco minha mão por cima da minha barriga.

Eu juro que eu vou matar a vagabunda da Carla, só eu sair desse hospital.

Xxx: eu te ajudo. - o homem diz e eu reconheço sua voz.

Ele anda até mim e me ajuda a sentar na cama, seu cheiro me traz muitas lembranças, coisas que eu nem lembrava mais.

Julia: você. - sussurro. - você falou comigo à algumas horas atrás.

Xxx: minha Ana Julia. - diz e pega no meu rosto. - não sabe o quanto eu esperei por isso.

Fecho os meus olhos e abaixo a minha cabeça, ele levanta a minha cabeça e eu olho em seus olhos verdes, eu me lembro desses olhos, são apenas coisas vagas, mas ainda sim, eu lembro.

Julia: quem é você? - pergunto e ele me olha e me abraça.

Xxx: sou seu pai. - diz e eu empurro ele. - você pode se machucar.

Julia: ou você usou muita droga ou bateu com a cabeça na parede. - digo e me afasto dele. - meu pai é o Robert.

Xxx: Robert foi apenas um idiota que sua mãe escolheu pra ficar com você, a Fernanda mentiu pra você, ela me fez ser preso, passei 10 anos naquela maldita prisão e me afastou de você.

Julia: é uma história bastante interessante, mas  eu quero ouvir os dois lados da história. - falo e ele sorri, senta na cadeira ao lado da cama e pega na minha mão.

Xxx: não era pra ser assim, você é minha menina, merece o mundo, não deveria está nesse hospital e muito menos com essa cicatriz na barriga. - diz e eu olho pra ele.

Julia: me diga seu nome. - peço e quando ele ia falar o Santiago entra no quarto.

Cobra: o que faz aqui Escorpião? - diz sério e eu puxo a minha mão.

Julia: Escorpião? - falo olhando pro homem ao meu lado. - isso só pode ser brincadeira.

Escorpião: acho melhor calar essa boca, moleque. - diz sem demonstrar sentimento algum.

Diz e eu viro o meu rosto pra olhar pro Santiago. Ele me olha e sorri, seus olhos vão até onde a minha mão está e logo seu sorriso some.

Julia: eu quero falar com a minha mãe. - falo após uns segundos em silêncio. - Santi, chama ela pra mim.

Fernanda: ja estou aqui. - diz encostada na porta. - o que diabos você faz aqui? - pergunta olhando pro Escorpião.

Julia: vocês podem sair, por favor. - peço olhando pros dois. - quero falar apenas com a minha mãe.

Escorpião: nossa conversa ainda não acabou. - diz e beija na minha testa. - até mais Fernanda. - fala e sai do quarto.

O Santiago vem até mim e sussurra perto do meu ouvido.

Santiago: eu te amo. - diz, beija na minha bochecha e sai.

Eu olho pra minha mãe e a mesma vem até mim e me abraça, seu cheiro adocicado me invade e eu finalmente me permito chorar.

Fernanda: eu sinto muito meu amor, você não deveria passar por isso. - diz e eu a abraço mais forte ainda.

Julia: doi tanto mãe, sinto que eu estou morta. - choro mais ainda. - eu juro, com todas as minhas forças, eu vou matar aqueles dois, nem que seja a última coisa que eu faça.

Fernanda: não é bom pensar nisso agora, você precisa descansar meu amor. - diz e eu saio do abraço.

Julia: quando eu vou poder sair desse lugar? - pergunto ignorando suas palavras.

Fernanda: vai ter que ficar em observação, sai daqui a dois dias. - diz e eu olho pra porta.

Conversamos por um bom tempo.
O celular dela toca.

Julia: pode atender, mãe. - falo e ela olha pro celular dela. - chama o Santi, por favor.

Fernanda: ok filha. - diz e sai.

[...]

Cobra: eu sinto muito meu amor. - diz eu me beija.

Sinto um líquido salgado entre nossos lábios, percebo que ele está chorando. Paramos o beijo e eu olho pra ele, limpo as lágrimas.

Fico apenas olhando pra ele, Santi faz carinho no meu rosto, fecho os meus olhos e me encosto no peito dele.

Ficamos alguns minutos em silêncio, eu me afasto dele e olho pra porta.

Julia: pega água pra mim, to morrendo de sede. - falo e ele levanta.

Cobra: as meninas estão vindo. - diz vendo no celular dele. - já volto.

Ele deixa o celular dele em cima da cama, o mesmo vibra e vejo a barra de notificações, várias mensagens de uma tal de Olivia.

Bruna: oi oi coisa linda. - aparece junto com a Kim e a Thaís.

Thaís: caralho, cê ta muito acabada. - diz e eu ri.

Julia: vocês não estão melhores, podem ter certeza. - digo e o celular vibra novamente.

Desbloqueio o celular e vejo as mensagens. Um ódio me sobe na hora.
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Whatsapp

Olívia: chego aí semana que vem, meu gostoso🔥. (17:45)
Olívia: vou querer ser bem recebida, do jeito que eu gosto e você sabe bem 😈. (17:45)
Olívia: tenho uma surpresa pra vc. (17:46)
Olivia: mudanças de plano, to chegando hoje viu gostoso ❤. (19:00)
Olivia: até depois meu amor. (19:00).
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Julia: QUE FILHO DA PUTA. - grito de raiva e aperto o celular na minha mão.

As meninas me olham assustadas.

Kim: o que você leu aí nesse celular? - eu olho pra ela e me ajeito na cama.

Julia: eu realmente vou matar o Cobra. - digo e ele entra no quarto.

Cobra: me matar por quê? - pergunta e eu jogo o celular pra ele.

Julia: quem é Olivia? - pergunto e ele me olha.






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Obgda meus amores.

🚫Capítulo não revisado🚫

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