• Capítulo 35 •

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Cobra P.V.O

Já estou a horas sentado nessa merda de cadeira, já revisei a droga do plano tantas vezes que nem lembro.

Vejo os meus vapores andando apressados pelo morro, me apoio na varanda, o vento frio da noite me pega em cheio. O sol começa a aparecer.

Respiro fundo e saio do nosso quarto, e pensar que em outra ocasião a Julia estaria nua na minha cama, mas não. A minha mulher e mãe do meu cria, está nas mãos daquele verme.

Desço a escada e paro em frente ao Dado, o mesmo está olhando pra porta. As meninas estão sentadas no sofá, a Thaís está com o Davi dormindo no colo dela.

Olho pro Davi dormindo e imagino a minha loira com o nosso cria, eu juro por Deus, se alguma coisa acontecer com eles, eu vou matar os filhos da puta da pior forma possível.

Cobra: eu preciso trazer a minha mulher pra casa. - falo. - não vou ficar aqui sem fazer nada.

Pirata: ja temos a localização da Jujuba, agora é hora de ir buscar ela. - falou.

KJ: aquele desgraçado vai se arrepender de ter nascido. - diz ajeitando a arma.

Fernanda: eu vou ligar pra ele. - diz e eu olho pra ela. - não tenho escolha.

Vinicius: não acho que seja uma boa ideia, meu amor.  - fala tocando na mão dela.

Adriana: ele irá ajudar, mas vai querer algo em troca. - diz me olhando.

Bruna: de quem vocês estão falando, mãe? - pergunta.

Cobra: não é uma boa hora, irmã. - falo e sorri fraco. - quanto menos vocês souberem, melhor.

Fernada: licença. - diz saindo da sala, ela sobe a escada e some do meu ponto de visão.

Cobra: irei esperar 5 minutos, já deixei a minha mulher e o meu filho esperando demais. - falo e todos me olham.

Kim: como assim filho?. - pergunta espantada.

Thaís: a Julia está grávida e só sabemos disso agora? - fala levantando.

Cobra: isso cabia apenas a mim e a Julia. - falo com o pouco de paciência que tenho. - ela não quis contar e eu aceitei.

Dado: agora está ainda pior. - diz. - é do meu sobrinho que está falando, mesmo que tenha sido uma decisão dela, deveríamos saber, ainda mais pela segurança dos dois.

Vinicius: não é hora pra falar quem está certo ou não, a Julia ainda está lá e não vai ajudar muito se formos só ficar de conversa fora. - diz sério e eu balanço a cabeça.

Adriana: tudo bem, agora precisamos tirar eles daquele lugar, em segurança e vivos. - diz e eu abaixo minha cabeça e respiro fundo.

Brun: essa conversa ainda não acabou. - fala.

Fernada: tudo pronto. - diz descendo a escada. - o que foi gente, que caras são essas? - pergunta.

Kim: vai Santiago, fala pra tia Nanda o que aconteceu. - fala e eu fuzilo ela com os olhos.

Fernada: ok, a hora de falar é agora.

Cobra: a Julia está grávida. - falo e ela vem até mim.

Fernada: A MINHA FILHA E O MEU NETO/NETA ESTÃO NAS MÃOS DAQUELE MERDA E SÓ DIZ ISSO? - pergunta vindo até mim, Vinicius segura ela. - Me solta.

Vinicius: brigar não vai mudar nada. - diz segurando ela.

Fernada: mas isso não muda a vontade que to de meter o tiro nesse garoto. - fala me olhando.

Reviro meus olhos.

Adriana: nada de tiro na família, isso deu errado em vez, lembra Fernanda? - pergunta e eu olho pra ela.

A Fernanda fica parada e me olha.

KJ: vamos falar sobre o plano que é bem melhor. - diz.

Fernada: certo, ele disse que já chegará soldados. - diz pra mim.

Começamos a falar sobre o plano....

Cabaré P.V.O

Eu conheci a Julia e me apaixonei de cara, ainda eramos crianças, mas meu coração ja era dela.

Salvei a loira de morrer afogada, eu estava em uma parte afastada do lago em Niterói, eu vi a menina loira se afogando e não pensei duas vezes e pulei no lago.

Assim que vi aqueles lindos olhos verdes, meu ar parou. Sabia que ela ainda séria minha.

Meu pai era dono da Correia, descobri  que a Julia era afilhada do inimigo do meu pai, mas isso não me impediu de me apaixonar por ela.

Os tempos foram passando, eramos amigos, saimos muitas vezes, mas o Cobra descobriu e fez com que a Julia parasse de me ver, nos afastamos.

Era muito muleque, meu pai fez minha cabeça e eu o ajudei a invadir o Alemão. Vi meu velho morrer e não pude fazer nada.

Um novo sentimento nasceu dentro de mim, ódio, a sede de vingança me dominou.

Estava esperando o momento certo, depois que a Julia voltou pro Brasil, vi o momento certo pra me vingar, pegar tudo que o Cobra sempre teve de mão beijada.

A Carla apareceu no meu morro, pediu a minha ajuda, dei uma casa pra vadia, a puta mamou em agradecimento.

Tudo estava indo conforme os meus planos, mas parece que o Cobra tem os dele também.

Julia P.V.O

Eu me sinto suja, não consigo nem abrir os meus olhos, não consigo olhar pra ele, foram os piores minutis da minha vida, minutos que mais pareceram horas. Meu corpo doi, minha alma está partida, como eu queria estar em casa, deitada e em segurança.

Permaneço parada no chão, as minhas lágrimas já saem descontroladamente, tudo que eu mais quero é a minha mãe, passar horas deitada em seu colo e fingir que tudo vai ficar bem.

Coloco as minhas mãos na minha barriga e me abraço.

Cabaré: Julia? - me chama e tenta tocar em mim.

Julia: nunca mais, nunca, toque suas mãos imundas em mim. - falo abrindo meus olhos.

Carla: cala a boca, sua voz me irrita. - diz e eu nem se quer olho pra ela.

Julia: o que você quer? - olho pra ele.

Cabaré: precisamos sair daqui. - fala e eu levanto a minha cabeça.

Julia: está com medo? - falo. - cadê o homem da porra de minutos passados?

Carla: merece um tapa na cara. - diz chegando perto de mim.

Julia: a conversa não está com o puteiro, então não se mete. - digo séria. - respondi Cabaré.

Cabaré: quer saber. - diz e eu olho pra ele. - ele que venha, meus soldados iram matar os dele e eu vou tomar tudo do seu Cobra.

Sinto meu estômago revirar por dentro, respiro fundo e os barulhos de tiros começa.

Julia: acho que ele chegou...

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🚫Capítulo não revisado🚫
Demorou mais saiu o cap, desculpa a demora viu😑

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Amo vcs❤❤

Meu AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora