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Ele parou em frente a casa, e amarrou a redia de seu cavalo numa árvore próxima.

— Obrigada, por me salvar. Se não fosse por você eu já estaria... morta. — diz um tanto envergonhada.

— Mais cuidado da próxima vez, princesa. E lembre-se: pegar atalhos é ruim.

Eles riram.

— Está frio. Venha, vou fazer um chá pra gente. — ela i convida a entrar.

Adrien sorri largamente e entra.

— Bem-vindo à minha humilde casa, alteza. — faz uma reverência e olha em volta.

— Por favor, não me trate assim, com essa diferença toda.

— Mas, és o príncipe. O futuro rei de Paris... Devo me curvar diante de vossa ima-...

— Não... — ele se aproxima dela. — Você não precisa dessas formalidades comigo. Somente, diante de meus pais e outras pessoas.

Eles riem.

.

— Aqui está vosso chá. — ela se estende uma pequena xícara lascada de porcelana.

Ele toma um gole.

— Chá de camomila?

— Sim. — confirma ela.

— É o meu preferido.

— Também é o meu. — sorri.

Adrien olhou para a xícara e notou que lhe faltava um pedaço.

— Você parece que vive no mundo dos contos de fadas. — arqueia uma sobrancelha, brincalhão.

— Por que diz isso? — fica confusa com o comentário do loiro.

— Primeiro, trabalhadora, lutando para realizar um sonho de viver bem, como Tiana. Em seguida, tomando atralhos pela floresta, como a Chapeuzinho Vermelho e agora, uma xícara lascada como a Bela e a Fera. Você é fascinante. — toma mais um gole de seu chá.

— Ora...são apenas coincidências da vida. — sorri achando graça daquilo tudo.

— Veremos... — disse mais para si do que para ela.

.

Já estava bastante tarde, e Adrien estava pensando aonde dormir.

— Bom, vou-me indo.

— Oh, meu Deus...as horas se passaram rápidas. Me perdoa ter-lhe tomado o tempo. — recolhe a louça. — Vossa majestade deve estar uma fera com você.

— Antes de eu sair do palácio, ele já estava, e me expulsou de lá por uma noite. — deu de ombros.

— Que...coisa... — baixa os olhos e olha para os pés, com receio de dizer alguma bobagem. — Não sei se vais aceitar, mas...podes dormir aqui esta noite. Não temos camas sobrando mas, o sofá-...

— Obrigado, Marinette. O sofá me agrada muito. — pousa suas mãos nos ombros da garota.

Ela lhe sorri carinhosamente, sem mostrar os dentes.

— Vou pegar alguns lençóis limpos e uma roupa que era de meu pai para ti. — se afasta dele, subindo as escadas rangedoras.

Minutos depois, volta com lençóis e uma roupa. Forrou o sofá e estendeu-lhe a leve roupa.

Adrien a pega e encara.

— A-ah, me esqueci deste detalhe. — se aproxima do rapaz. — Vocês da realeza possuem aias e criados para lhe ajudarem com a roupa.

— N-não precisa se incomodar com isso. Eu me viro. Mas, obrigado.

— B-bom, tudo bem então. — se vira de costas para ele. — Pode se trocar agora.

Adrien tirou seu colete de couro e desamarrou a blusa de manga comprida.

Deu um pequeno gemido de dor ao contrair as costas.

— Está tudo bem? — Marinette pergunta, ainda virada.

— Será que...poderia me ajudar a tirar a blusa?

O rosto da azulada cora e ela morde o lábio inferior com força. Em seguida, se volta para ele e se aproxima, devagar.

Suas mãos vão para a barra de sua blusa, e ela puxa para cima com delicadeza. Ao retirá-la por inteira, Marinette não consegue evitar o olhar direto para o abdômen do rapaz, o fazendo corar.

— A-ah...desculpe. Deve achar que sou louca. Eu vou...me virar novamente. — assim ela faz, e se insulta mentalmente por sentir atração pelo príncipe.

— Pode se virar, princesa. — ouve a voz de Adrien.

Ao se virar, ele está quase de costas para ela, pronto para vestir a blusa enorme.

— Meu Deus, Adrien...isso foi o lobo? — com os olhos arregalados, ela aponta para as marcas de arranhões em suas costas.

— Sim, mas não se preocupe. Não está doendo mais... — tenta suavizar a situação.

“Por isso não conseguiu tirar a blusa!” — pensa ela.

Ela se aproxima dele e toca suas costas com as pontas de seus dedos, o fazendo gemer de dor.

— Ainda dói. — pronuncia ela. — Sente-se um momento.

Ele a obedece.

— A princípio vai arder um pouco, mas depois passa, eu prometo. Aí, ficará novinho  folha amanhã ao regressar ao palácio.

— Eu suporto. — disse.

Ela se sentiu em um banquinho atrás dele, e foi passando um pequeno algodão com água nas feridas. Ele contraía as costas pela ação.

— Cuidado. Se se contorcer demais, suas costas podem sangrar. Os arranhões ultrapassaram a primeira camada e a segunda é sensível.

Adrien a olha com admiração.

— Você é bastante inteligente, princesa.

— Obrigada. Meu pai já foi médico. Aprendi com ele. — sorri.

Ele retribui com outro sorriso, e Marinette volta a cuidar de seus ferimentos.

Ao final, ela enfaixa suas costas e deposita um leve beijo no local, chamando de "beijinho que cura dores”.

— Obrigado, Mari. — a abraça.

Ela fica surpresa, mas depois o abraça de volta, cuidadosamente.

— Boa noite, princesa. — beija sua bochecha, a deixando sem reação.

— B-boa noite, príncipe. — acena com a cabeça e sobe para um pequeno quarto.

Deita na cama, e adormece.

...

Hehehe
Demorei...mas trouxe o restante para vocês. Ficou bem clichê e etc, mas eu sou dos clichês e sem eles, nada teria graça ou sentido!
(Seria ótimo se alguns acontecessem na minha vida, mas, Okay)
Au revoir sucrettes!🍬

;)

Minha Princesa - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora