O castelo estava em puro silêncio. Todos já estavam dormindo. Apenas, os candelabros estavam acesos.
Adrien acordou no meio da noite, faminto. Teve bastante cuidado para não fazer barulho e acordar alguém indesejado.
Ao chegar à cozinha, ficou surpreso com o que viu.
Ou, melhor, quem viu.
— Chloé? — se aproximou.
— O que faz acordada?
Ela deu de ombros.
— Aqui está, Srta. Bourgeois.
Ele olha para a frente e vê Marinette colocando uma bandeja sobre o enorme balcão.
Chloé apenas olhou a garota com uma expressão neutra e depois para seu banquete.
Haviam omeletes e um croissant.
A loira pegou o talher ao seu lado e começou a comer.
Sem dizer, uma palavra sequer.
— Marinette — Adrien direcionou seu olhar à garota. — O que faz acordada a esta hora?
— A princesa precisava dos meus serviços — deu de ombros.
— Ela te acordou no meio da noite?
Marinette meneia levemente a cabeça.
— Chloé, qual é o seu problema? — olha furioso para ela.
— Dá um tempo, Adrien! — sua voz é irritada.
— Não. Dá um tempo você! Aposto que nem estava com fome. Só a acordou para tirar-lhe o sono.
— Acha que se eu não estivesse com fome não estaria comendo? — o fuzila com o olhar.
Adrien não responde, só a observa.
Chloé terminou sua refeição, pediu licença e se retirou.
Marinette o olhou com uma expressão de surpresa.
— Perdão minha ousadia, mas, por que está acordado a esta hora?
Adrien olhou fixamente para os olhos da garota, e então respondeu:
— Fome.
— Oh... — fez um barulho com a boca. — E, o que vossa alteza deseja comer?
— O que estiver mais fácil para você. Não quero que fique muito tempo acordada, me servindo.
— É o meu trabalho agora, não é? — sorri tristemente.
Adrien observou a expressão triste e infeliz em seu rosto.
Sentiu um aperto no coração ao vê-la daquela forma; mesmo não entendendo o porquê de tamanha preocupação.
A garota deixa escapar um suspiro entre os dentes, e caminha em direção ao fogão.
Minutos depois, ela pôs no balcão, uma bandeja com omeletes e pães de queijo.
— Merci, Marinette. — ele acena com a cabeça.
Ela apenas sorri de forma singela.
— Tome. Coma um. — ele lhe estende uma omelete.
— N-não. E-eu não posso aceitar.
— Vamos. Eu sei que está com um pouco de fome.
— Adrien...eu não posso.
— Eu sou seu superior. E eu digo, você deve comer, sim.
Ela engole em seco e pega um prato de louça, colocando a omelete em cima em seguida.
— Obrigada. — sorri sem jeito.
.
— O baile é em dois dias — Adrien comenta.
— Então, poderei ir para casa? — Marinette o olho de soslaio.
— Você quer mesmo ir?
Ela deu de ombros e mordeu o lábio inferior.
— Perdoe-me. Mas, eu tenho que cuidar da minha casa e em breve, minha mãe vai voltar.
— Ah, sim...claro.
— Bem...o senhor precisará deais alguma coisa?
— N-não. Pode voltar a dormir, se quiser.
— Sendo assim...boa noite, vossa alteza — ela o reverenciou.
— Boa noite, Mari — Ele sorri para ela.
A garota ajeita a barra de seu vestido e passa perto de Adrien.
De repente, ele sente uma mão a segurando pelo seu antebraço.
Sem dizer uma palavra sequer, ela apenas olha para o rosto do jovem príncipe.
Expressava desespero. É como se ele estivesse suplicando para ela, algo que não era muito de seu conhecimento.
Ele mergulhou em seus profundos olhos azuis celeste, e conseguiu ver sua angústia e ansiedade.
Ambos tinham problemas a lidar. De diferentes dimensões. Mas, naquele momento, souberam da dor um do outro.
Adrien puxou levemente a garota para um abraço caloroso. Ao qual, ela resistiu à princípio, mas, logo cedeu. E quando menos esperou, Adrien já estava limpando suas gélidas lágrimas, que escorriam pelo seu rosto angelical, fazendo os mais delicados contornos possíveis.
Suas enormes mãos envolviam o rosto de Marinette, apalpando suas bochechas rubras. Os olhos dela estavam vermelhos devido ao choro, e ela soltava silenciosos soluços.
— Não se preocupe. Tudo vai ficar bem... — ele sussurrou em seu ouvido. — Eu prometo.
Ela apenas o encarou e fungou. Levou suas mãos até as mãos dele e deslizou levemente por aquela região.
Marinette fechou os olhos, e se sentiu segura e cansada.
Adrien se aproximou devagar, até seu rosto ficar próximo ao dela.
Quando Marinette abriu os olhos, o loiro pôde ter oo vislumbre melhor deles.
Ele esticou os lábios para um largo sorriso.
Dava para sentir a respiração ofegante e desesperada da menina.
Ela não recoou e nem tomou iniciativa de nada.
Logo então, Adrien se aproximou mais ainda, e conseguiu romper o espaço que havia entre os lábios dele para os dela.
O que estava acontecendo com ele?
Beijar uma mera criada?
Quem na terra que era nobre já havia feito tal coisa?
O beijo foi se intensificando.
A língua de Adrien ultrapassou a barreira, pedindo permissão para passar, e Marinette cedeu.
Ele deslizava-a dentro da boca dela, sob e sobre sua língua e dentes. O loiro mordia e chupava seu lábio inferior como se sua vida dependesse daquilo.
Marinette sentiu um leve formigamento, e sentiu suas pernas perderem a força.
Adrien logo a segurou em seus braços e sussurrou em seu ouvido:
— Acho melhor irmos para um outro lugar.
Ela só concordou com a cabeça e Adrien a levou para fora da cozinha.
...
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Minha Princesa - Miraculous
Fiksi PenggemarMarinette é uma garota do campo que vende pães com sua mãe para sobreviver. Longe das pessoas da vila, ela se sente deslocada em meio a tanta gente. Adrien é um jovem príncipe, prestes a fazer 18 anos em um baile arranjado pelo seu pai para lhe proc...