É o nosso último ano.
Pagar mico faz parte né?
Para alguns são mais de 8 anos juntos, para mim foram 3 inesquecíveis.
Depois daqui é faculdade, temos que criar as melhores memórias dos nossos últimos momento juntos.
Devíamos ter começado a pensar nisso muito antes, mas estamos sozinhos nessa. Ninguém quer um baile tradicional de formatura (é muito caro e super chato).
A diretora disse que não deixaria passar em branco, mas não autoriza que façamos nada do nosso gosto. As ideias de adultos e adolescentes sempre entram em conflito, e no fim, raramente chegamos a um acordo onde todos fiquem satisfeitos.
A única saída que encontramos foi organizar a nossa própria festa, sem os adultos do colégio interferirem. Algo só nosso, para que ninguém estrague. Vick sedeu o salão de eventos do seu prédio para que a confraternização acontecesse. Beatrice, Alexia, Agatha e eu nos tornamos responsáveis por organizar tudo.
Para quase todos foi uma surpresa eu querer ajudar, (até para mim) levando em consideração de que detesto festas. A ideia não foi minha (Jamille que insistiu bastante na verdade), mas caramba, é o ÚLTIMO ano, todos estão reavaliando o que não gostam, e testando coisas novas. Fui convencida a fazer o mesmo.
Ninguém quer dizer que teve um último ano sem graça. As pessoas sentem necessidade de ter histórias para contar no fim.
Colegas, amigos, juntos a tanto tempo, devem lutar por algo que vale a pena, por algo que merecemos. Todos querem isso, todos devem fazer dar certo.
Pena que é só na teoria!
As pessoas não concordam com nada, querem uma festa Neon inesquecível, com comida e decoração fantásticas. Mas só sabem reclamar do preço (que nem é tão caro).
O acordo era que nenhum professor deveria sequer saber de nada sobre isso, mas alguém abriu a boca e um deles acabou sendo convidado. Esse foi Carlos, o professor de Educação Física, que tem a mesma maturidades que nós, porém é maior de idade e supostamente, seria responsável caso algo acontecesse.
"Mas aí vem aquela história né, chamou um, tem que chamar todos!"
Era o que um dos alunos dizia, reclamando e incitando os outros a fazerem o mesmo.
Uma observação importante é que nem ele mesmo queria todos os professores na festa (imagine a Mônica de História num ambiente assim), só 1 em específico, que "é como um pai para mim e muitos outros alunos" segundo ele.
Acontece que todos conhecem esse professor, ele é um homem admirável, porém muito tradicional, então, a coordenação da festa (eu e as meninas) não achou uma boa ideia convidá-lo, pelo simples fato de que ele não iria se sentir a vontade. Sem contar que o mesmo, provavelmente nos diria que não devíamos estar fazendo algo assim sem o consentimento da diretora ou qualquer responsável pela nossa formatura.Estávamos em frente a sala tentando explicar tudo. Mas ninguém parecia querer nos ouvir, apenas gritavam e reclamavam.
- Pessoal! Prestem atenção por favor - Alexia subiu em uma cadeira e começou a falar alto para que todos prestassem atenção - Essa festa está sendo organizada exclusivamente pelos alunos, - agora todos estavam atentos - ninguém maior de idade vai interferir. "Ah mas o Marco é igual um pai pra mim". E o pai de algum de vocês se sentiria CONFORTÁVEL em ficar em um salão escuro com música alta e vários adolescente rebolando a BUNDA?! - a sala ficou em silêncio - Atá pensei.
Ela desceu da cadeira e me sedeu a palavra.
- Gente, por favor, queremos fazer algo legal, e precisamos da colaboração de vocês. Estamos nos esforçando para fazer isso dar certo, e vocês precisam ajudar!
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Uma adolescente totalmente comum
Novela Juvenil"Na verdade, a adolescência é uma droga! Você sofre críticas de todo mundo, você tem que estudar e ainda ouvir que a única coisa que você faz na vida é estudar, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Você sofre por amor, sofre por baixa autoest...