É simplesmente inacreditável.
Não fazem nem dois minutos.
Estava conversando com o Matt em frente ao seu prédio como de costume, quando sinto um puxão, e numa velocidade absurda, vejo um maluco montado na minha bicicleta, que antes estava em meus braços, e se distanciando o mais rápido que conseguia.
Não tive tempo de pensar em nada, tentei dar um chute na roda traseira, na tentativa de fazê-lo perder o equilíbrio, mas falhei miseravelmente.
Ele fugiu!
A essa altura já pode estar em qualquer lugar da cidade!
Matheus se manteve estático, assustado e com os olhos arregalados.
Um misto de pânico e ansiedade tomaram conta de mim.
Ouvi uma alta gargalhada inesperada e me assustei notando que era a minha. Ela soava desesperada e confusa.
Aaaaaahakajssk
Não é a primeira vez que me roubam uma bicicleta. Só esse ano perdi cinco.
Das outras vezes já chorei, gritei, taquei coisas longe, as reações eram variadas a cada roubo.
Mas hoje, eu já estava tão cansada de tudo isso, que não consegui fazer outra coisa senão rir.
Matheus se espanta com a minha reação, e saia de seu transe.
E apesar de não entender nada, começa a rir também, estranha e descontroladamente.
Não sei ao certo a quanto a quanto tempo ficamos nesse estado patético, mas eu simplesmente não conseguia parar sozinha.
Não até ver uma figura conhecida cruzar a calçada, e nos fitar com seus olhos de esmeralda.
Ela para de caminhar e nos observa, com uma interrogação estranha na cabeça.
- Roubaram minha bicicleta - digo, e por algum motivo, me ouvir afirmando a situação em voz alta me faz rir ainda mais.
Ela arqueia as sobrancelhas em desconfiança, e olha para Matt, que agora está enxugando as lágrimas depois dessa crise estranha.
- É verdade! Você está vendo a bicicleta dela aqui? - não decifrar sua expressão.
Alexia murmura alguma coisa sobre precisarmos nos tratar e depois sai andando.
Garota estranha (sub)
Não sei como, ou porque, mas Matheus pega em meus ombros e começo a me conduzir.
Acho que só consigo me dar conta de onde estamos, quando vejo ele abrir a porta e me dar passagem para entrar.
Observo o ambiente, percebo que agora estou em sua sala de jantar, em um canto vejo dois sofás organizados em "L", me jogo num deles, sem pensar muito.
Matheus volta com um copo d'água.
Ignoro o motivo de estar ali, apenas pego o controle e começo a rodar os canais, procurando qualquer coisa que me distraia na TV.
Ele vai pra cozinha, e eu só percebo que saiu, quando o mesmo retorna com um balde cheio de pipoca em mãos.
Ele se senta do meu lado, e começamos a comer, ignorando qualquer coisa que tenha acontecido lá fora, nesse momento, eu só quero que a realidade se mantenha distante de nós.
[...]
- É que já está tarde....- ouvi uma voz abafada - Ela não pode dormir aqui? Sim, no quarto da minha irmã, óbvio. - tomo coragem de abrir os olhos, meu cabelo está bagunçado e a última coisa que me lembro é de estar encostada no ombro do meu melhor amigo vendo um filme bem ruim - Tudo bem, eu entendo. Vou chamar um Uber para ela.
- Quem bom que acordou bela adormecida - ele vira pra mim - sua mãe estava quase maluca te procurando. Já expliquei tudo que aconteceu, ela não está brava.
Suspiro fundo, me lembrando que agora não tenho mais bicicleta.
- Eu tenho que ir pra casa - solto um bocejo e ele ri da minha lentidão.
- Eu queria que você ficasse aqui, a minha mãe não está, mas ela não liga.
- Quantas garotas você já chamou pra dormir aqui?- arqueio uma sobrancelha.
- Nenhuma, eu não trago ninguém aqui pra casa. Acho que você é a primeira.
Faço uma reverência como se me sentisse honrada, me levanto e começo a me arrumar. O motorista a essa altura já deve estar chegando.
*****
Nunca achei que conseguiria concluir uma obra.
Quando eu era pequena, escrevia inúmeras histórias de magia e fantasia, mas nunca encontrava um final.
Até hoje estão todas paradas, aguardando que eu volte e as termine. Não sei se isso vai acontecer.
Pela primeira vez eu realmente sei como concluir essa obra. Pensei em desistir, mas quero continuar.
Eu sei q eu sou insuportável, sumo por meses sem dizer nada, mas eu amo vocês, de coração, Megg e Matt marecem um final.
Vou me dedicar nisso!!Bjs, de todo universo ❤️
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Uma adolescente totalmente comum
Ficção Adolescente"Na verdade, a adolescência é uma droga! Você sofre críticas de todo mundo, você tem que estudar e ainda ouvir que a única coisa que você faz na vida é estudar, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Você sofre por amor, sofre por baixa autoest...