07. Wouldn't It Be Nice?

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Nota: Oi, meninas! Eu queria saber se vocês teriam interesse em fazer parte de um grupo no whatsapp sobre a história, para compartilharmos spoilers, novidades, e principalmente para amarmos juntas esse casalzão da porra! Se alguém tiver interesse, manda por mensagem o número que eu coloco lá! Beijos e boa leitura. xo, Ava

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Nadia não fazia promessas que não tinha a intenção de cumprir, mas era mestre em enrolar o máximo que conseguisse quando a promessa em questão lhe preocupasse em algum aspecto. Prometera a Bucky que diria tudo que ele quisesse saber sobre Steve Rogers, mas, por algum motivo, sentia-se receosa sobre a conversa. Não tinha como saber que tipo de pergunta ele faria, e muito menos se ela seria a melhor pessoa para respondê-las — claro, tivera algum contato com o Capitão enquanto agente da SHIELD e, uma vez que estava livre de lavagens cerebrais e apagamentos arbitrários de memória há duas décadas, sabia tanto sobre Steve Rogers quanto se podia, desde o momento em que ele fora pescado do gelo até o momento atual. Mas o que se podia saber sobre ele, afinal, além do fato de que ele era um ótimo líder e um vingador excepcional? Ela nunca fora próxima do herói, e não queria decepcionar Bucky com uma possível falta de respostas.

Claro que a única forma de resolver aquilo era fugindo, então desde o momento em que chegaram em casa pós-compras no fim de tarde de sábado até aquele momento, noite de domingo, Nadia mal havia se mexido dentro de casa. Cada vez que ouvia alguém andando do lado de fora tinha medo que ele fosse bater em sua porta, e também temia que se colocasse o pé para fora, ele abriria a porta e a intimaria para a conversa que estava adiando.

A Netflix era confortável, ela conseguiria ficar ali até o dia seguinte, quando poderia alegar que estava atrasada para o trabalho quando o visse, e ganhar tempo até que ele se esquecesse que ela havia prometido aquilo. Com a memória frágil de James, aquilo também não deveria demorar muito. Mas apesar das suas tentativas, até então bem sucedidas, ela sabia que teria que sair de casa em algum momento.

Salvo a exceção do dia em que havia sido quase morta e o que se sucedeu a esse, Nadia era 150% contra fumar dentro de casa, ainda mais quando tinha cortinas tão lindas e queridas que ela odiaria que ficassem fedendo a fumaça. Então esperou até a madrugada de domingo para segunda-feira e vestiu seu casaco, pronta para descer até a entrada do prédio e repetir um de seus hábitos, que era sentar ali nos momentos de insônia com seu maço de cigarros e algum trocado no bolso para caso se inspirasse para um passeio noturno.

Estava já com a mão no corrimão da escada quando ouviu a porta se abrir. Ergueu o olhar e encontrou o dele.

– Ei – ele disse.

– Olá – respondeu parando no lugar, mas sem soltar o corrimão de madeira.

– Descendo pra fumar? – questionou.

– Depende, você vai me criticar por isso?

Ele soltou uma pequena risada negando com a cabeça. – Você pode fumar aqui, você sabe. Eu não ligo para a fumaça e você não precisa descer os sete andares.

Ela mordeu a bochecha internamente. Remexeu as moedas no bolso de forma inquieta com a mão livre e então acenou sutilmente com a cabeça, concordando. Subiu de volta os dois degraus que tinha descido e caminhou na direção do 703, entrando no apartamento e indo direto para a porta da pequena varanda da escada de incêndio. Se escorou no batente vendo-o se sentar no chão da cozinha com as costas apoiadas na bancada, não muito longe dela. Não se falaram enquanto ela fumava o primeiro cigarro. Ele parecia bastante distraído com um dos cadernos que confeccionava conforme se lembrava das coisas e ela o observava com cuidado.

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