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— Mas todas as pessoas que morriam no jogo, teriam seu cérebro fritado! Não há como sairmos todos vivos! — Digo.

Ela pega seu celular e procura por algo.

— Kayne e Nux deram uma entrevista para alguns noticiários e revistas. — Estendeu seu celular.

No artigo que minha mãe me entregou questionava os criadores do jogo sobre como eles tiveram essa ideia louca de criar um jogo capaz de prender as pessoas nele.

"Nós não criamos o jogo para matar as pessoas, queríamos apenas ver o quanto elas lutavam por suas vidas. Fizemos um teste com elas fazendo-as acreditarem que se morressem no jogo, também morreriam na vida real, mas isso é apenas uma mentira."

— Desgraçada! — Apertei o celular tentando conter minha raiva.

— Não quebra o meu celular.

— Mãe, preciso encontrar alguém que eu conheci no jogo. Preciso encontrar todas as pessoas que cuidaram de mim enquanto eu estava naquele jogo! — Coloquei os pés no chão e tentei me levantar, quase caindo no solo.

Estou fraca demais... Não posso nem sequer me levantar. Eu estava tão acostumada com a minha leveza no jogo que acabei me esquecendo desse peso na realidade.

— Não se levante... você vai acabar se machucando. — Me pôs de volta na cama.

— Não posso... Eu prometi. Prometi a Jimin que eu iria o encontrar. — Abaixei minha cabeça. — Prometi à Ann que iríamos nos encontrar... Quero ver todos, abraçar todos, reencontrar, conviver... principalmente Jimin.

Onde eu iria achá-lo? Como eu faria isso? O que eu faço...?

— LYN! — Me assusto quando vejo Ann na porta, com as roupas hospitalares, iguais às minhas.

— Ann! — Me levantei rapidamente e corri para lhe dar um abraço apertado. — Como me achou?

— Eu acordei antes de você, e a primeira coisa que eu fiz foi ir até a recepção para ver se havia alguma "Moon Yeri", e por sorte tinha. — Desfizemos o abraço.

— Foi bom eu ter dito meu nome para você não é, Yoon Hyori?

Depois de tanto drama por nossa parte, ela percebeu a presença da minha mãe no quarto e comprimentou ela meio envergonhada.

— Mãe, ela foi uma das pessoas que cuidou de mim. A principal delas. — A mulher sorriu e eu recebi um soco no braço pela garota.

— Obrigada por ter cuidado da minha filha. — Minha mãe se curvou, fazendo uma reverência como agradecimento.

— Na verdade, ela pode ter cuidado mais de mim do que eu dela. — Ann disse.

— Ann, precisamos encontrar os outros... — Juntei minhas mãos como se pedisse um favor. — Eu imploro, me ajude a achar eles!

— M-mas... Eles não deveriam estar... — A interrompo.

— Tudo que nos disseram no jogo era mentira, tanto que você está aqui agora. — Sua expressão virou assustada.

— Consegue andar? — Mexo minha perna com dificuldades, mas eu queria muito conhecer os garotos.

— Yeri. — Minha mãe me chamou, como se estivesse me repreendendo por estar saindo da cama sem a permissão de algum médico.

— Mãe... Eu posso...? Por favor! — Disse olhando para ela, que soltou um suspiro e cruzou os braços.

— Faça o que quiser, além do mais, você já tem dezoito anos. — Eu sorri e a agradeci.

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