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— Jimin! — O garoto se virou e eu percebi que não era o Jimin que eu conhecia. — M-me desculpe... foi um engano. — Me curvei e corri para dentro da cafeteria, morrendo de vergonha.

— Yeri o que foi isso garota? — Sunmi me perguntou assustada. — Você saiu tão rápido que nem vimos o que aconteceu direito.

— E-eu pensei que fosse uma pessoa... daquele mundo. — Peguei um dinheiro e deixei na mesa. — Obrigada pelo café. — Saí da cafeteria, esperando que as pessoas que presenciaram a cena não estivessem mais ali.

Quando eu abri a porta, alguém me pegou pelo braço e eu, por reflexo e costume do jogo, dei um chute na pessoa.

— Oouuch... — Gemeu colocando a mão no joelho. Só então que percebi que era o mesmo garoto de antes.

— Ai me desculpa, novamente! — Coloquei as mãos na cabeça, demonstrando desespero.

— Não, tudo bem... eu acho. — Disse rindo.

— M-mas porque você pegou o meu braço? Ou melhor, esperou eu sair da cafeteria?

— É que você citou o nome do meu irmão então... você deve ser alguma amiga dele, não? — Olhou nos meus olhos.

Ele tem o mesmo olhar que Jimin...

— Eu sou... Mas espera... você é irmão dele?! — Arregalo os olhos.

— Bem, segundo minha vida, sim. — Eu estava surpresa.

Que sorte foi essa que caiu em mim?

— Você pode me dizer onde ele está? Eu quero vê-lo... — Sorri meio triste. — Ele e os outros...

— Me desculpa mas, você é alguma amiga de infância dele? E qual seu nome?

— Yeri, Moon Yeri. — Deixei a mesma fala que eu disse pro Jimin sair. — Não sou uma amiga de infância mas... digamos que eu era uma amiga dele em um jogo...

— Você está falando do SAO? — Sua expressão era assustada.

— Sim...? — Não entendi o motivo de tal reação.

— Ele comentou bastante desse jogo comigo. — Fez um sinal para eu seguir ele e começou a andar, obviamente eu fui atrás. — Ele me disse que conheceu pessoas legais naquele jogo, e que uma garota havia usado cheat pra conquistar ele. — Negou e eu ri.

— Eu que salvei seu irmão. — Ele me encarou surpreso.

— Sério? — Abriu um sorriso. — Obrigado mesmo. — Apenas sorri em resposta.

Nós continuamos a conversar até chegarmos em uma casa bem bonita e grande, muito grande.

— Vocês... moram aqui? Sério? — Me lembro que eram os ricos que tinham os consoles.

— Sim ué... a sua não é assim? — Seguranças abriram o portão da casa e nos cumprimentaram, mas quando eu retribuí, eles ficaram sem-graça. — Por que os cumprimentou? Não precisava fazer isso. — Disse depois que passamos pelo portão.

— Seria falta de educação não cumprimentar.

— Eu nunca fiz isso. — Abriu a porta da casa. — Cheguei! — Exclamou. — Pode entrar Yeri.

Pedi licença e entrei.

Tudo era grande, espaçoso e bonito, com várias mobílias muito bonitas, que traziam um ar de riqueza na casa. Me senti um pouco desconfortável em ficar em um ambiente tão chique assim, mas eu queria vê-lo.

— Pode se sentar no sofá se quiser, eu vou no meu quarto colocar meu celular pra carregar. — Tocou meu ombro e subiu as escadas.

Andei um pouco pela sala vazia, sentindo que eu estava sujando a casa, de alguma maneira.

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