Capítulo 02

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O Madrid Clube era temático, com remixes perfeitos das músicas dos anos 80 e 90 para animar os empresários. O clube abria as portas às 22 horas em ponto, um diferencial grande. O clube era muito pontual. Tinha uma área para os sócios, onde a maioria das dançarinas ficavam dançando, e uma área para o público que pagava uma boa quantia para ficar assistindo a algumas dançarinas com suas performances no palco. O lugar era bom, sem brigas, badernas e confusões, os chefes da segurança eram conhecidos como Bruce Lee e The Rock. Você pode imaginar o porquê, os homens eram brutos, grosseiros e extremamente fortes. 
Passou dos limites? Infelizmente era jogado para fora como um animal. 
Tocar nas dançarinas sem permissão? Não podia! Tudo aqui precisava de autorização do diretor. Arthur era um sem-vergonha com doutorado, mas as regras foram criadas por ele. Era só um clube para dançar, existiam várias boates de prostituição em São Paulo, eu aconselharia a saciar o seu desejo em outro estabelecimento. Todas as mulheres que trabalhavam aqui amavam o dinheiro, mas principalmente a dança. 
O clube era dividido em três andares; o primeiro andar acessível para o público, com um bar incrível e o palco para as dançarinas destruírem os corações; o segundo andar era área dos sócios e o terceiro andar o bar privado: com sofás, mesas, coquetéis, uma varanda para os fumantes e até mesmo uma piscina térmica com cascata. 

― Ruiva ― gritou Karen, sentada a uma mesa.

― Você demorou para chegar ― exclamei e me sentei na cadeira ao seu lado.

― Precisei resolver um assunto na loja.

Karen era uma empresária, proprietária das lojas Óticas Karolla.

― Tudo bem, o lugar está ficando lotado. ― Observei a multidão de homens e mulheres. ― Sabe quem está desejando uma noite de sexo delicioso e selvagem com você?

Karen bateu as mãos na mesa, curiosa.

― Quem, queeeeeem?

― O meu tatuador.

Um silêncio. Depois risadas histéricas.

― Oh Deus! Jonathan? Não, ele é sexy, gostoso, e aqueles braços tatuados... Jesus. ― Abanou-se. ― Mas ele quer um relacionamento sério, eu quero apenas diversão.

Karen fugia de relacionamentos, ela acreditava que um relacionamento nos trazia critérios inegociáveis e limitações.

― Você pode dizer antes que só quer sexo ― sugeri. 

― Humm, Humm! E depois? Ele vai querer novamente. E comigo será apenas uma noite e nada mais.

Concordei com a cabeça.

― Tudo bem, eu entendo. Agora tenho novidades. ― Karen me olhou curiosa. ― O magnata Logan Campbell está de volta.

― AAAAAAAAHHHH.

Droga, meus tímpanos… 
Por que ela tinha que ser tão escandalosa? 

― Você está louca? ― perguntei, rindo da sua reação.

― Até que enfim um homem por quem vale a pena acreditar nessa baboseira de amor.

― Ele voltou para resolver assuntos pessoais com a noiva ioiô ― relatei.

― Acho o Logan um pouco confuso. Estava lendo uma entrevista dele para a revista Invest e Logan deixou claro que estava solteiro e que odiava mulheres fúteis.

Como? 
A Frozen turca era a rainha da futilidade. 
Dei risada, só podia ser brincadeira. 

― Ele é um homem ridículo!

― Alana, desculpa discordar, mas Logan Campbell é o ápice da beleza.

Não conhecia Logan pessoalmente, nesses três anos vivendo na mansão Campbell e aprendendo a amar meu novo lar, nunca senti curiosidade de vasculhar fotos ou conhecer mais sobre ele. 

Vivendo Com Um Magnata (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora