A minha amizade com Rander começou em uma noite horrível, era minha primeira semana na mansão. Estava amedrontada e triste com todas as revelações feitas. Os pesadelos me perseguiam:
“Eu estava em um hospital, o ambiente era cinza e me passava uma sensação de solidão, os pacientes andavam perdidos nos corredores. Eu estava perdida, gritava desesperada, chamando por minha mãe, conseguia ouvir sua voz doce e calma em meio àquele lugar cinza, sem vida e assustador, mas não conseguia encontrá-la, corria pelos corredores, carregando a esperança de vê-la novamente. Lembrava-me que todos os pesadelos eram exatamente iguais, sempre terminava em um corredor com uma imensa porta dupla de madeira, e no instante em que adentrava, me deparava com um cemitério assombroso.”
Acordava gritando, chorando e agoniada, era a sensação mais terrível que sentia. Ninguém estava lá para me acalmar e me ajudar. Até que em uma certa noite, alguém entrou em meu quarto e parecia assustado também.
Meus gritos não paravam e o Rander, com todo carinho do mundo, me abraçou.
Nunca vou esquecer da frase me dita:― Calma, Alana. Eu estou aqui, somos uma família. Você está em casa agora, tudo vai acabar bem.
Agarrei-me com todas as minhas forças em cada palavra, eu acreditei nele. Acreditei que ele era a minha família, que estava em casa e precisava manter a promessa feita para minha mãe. Eu amei o Rander naquele instante, honestamente, eu ainda amava Rander Campbell, ele era a minha família, meu melhor amigo, meu primo tão amado. E ser ignorada por ele estava me machucando.
― Arthur ― chamei, gesticulando com a mão para aproximar-se.
Karen nos observava de longe, bastante apreensiva.
― Vermelhinha, em que posso ajudá-la?
― Você não vai acreditar... Hoje os meus primos compareceram ao clube para prestigiar o meu trabalho ― menti, demonstrando muita animação.
― Que incrível! Meus parabéns! Você merece esse reconhecimento da sua família ― declarou, sorridente.
― Exatamente! Eu estou tão feliz. ― Eu era uma ótima atriz. ― Quero agradecer a presença deles, você poderia colocar o nome Logan Campbell para apreciar o Lap Dance?
― Calma aí! ― Fez um sinal de espera com a mão. ― Logan Campbell? O proprietário das cervejarias RealChampbell? Você é parente dele?
Ah, não!
Eu esqueci o quanto esse homem era conhecido, mordi o lábio inferior, afirmando meio constrangida.― Meu Deus, você precisa convencê-lo a tornar-se sócio do clube. ― Arthur passou a mão no rosto, procurando Logan Campbell no local. ― A lista já está completa, mas vou dar um jeito.
― Aaaahhh. ― Dei um beijinho na sua bochecha. ― Você é o melhor.
Olhei de esguelha em direção aos meus primos. Rander estava conversando atento com outros clientes, mas Logan estava… Não, é claro que não. Ele não estava me encarando, não estava com um sorrisinho debochado no rosto.
Disfarçadamente, observei ao redor para procurar uma suposta pretendente, não encontrando nenhuma mulher próxima a mim.
Então… ele está mesmo me devorando com os olhos.
Eu sou muito boa nisso, rapaz.
Na real, eu amava a conquista pelo olhar. Um olhar sedutor pode ganhar qualquer homem, até mesmo homens como Logan Manoel Campbell. No jogo da sedução, a troca de olhares era a peça-chave para a conquista, provocando diversas sensações.
Sentei-me na cadeira, cruzando as minhas pernas, deslizando delicadamente as pontas dos dedos nas minhas coxas, fazendo círculos preguiçosos… um singelo convite!
Mordi meu lábio inferior, não cortando contato visual.
Logan não cedia, apenas tomava a sua cerveja e ficamos os dois com o olhar firme, nos encarando sem pudor. Meus lábios se abriram em um sorriso sedutor e, para a minha surpresa, Logan retribuiu o sorriso.
Senti o ar ficar preso em meus pulmões.
Meu Deus...
Ele era deslumbrante, acreditava que estava de frente com um anjo caído, um anjo que carregava o pecado e a malícia, que foi expulso do paraíso e agora estava aqui, me fazendo arder de desejo.
As íris de seus olhos tinham um tom meio dourado, chegando aproximadamente de um mel.
Aquele olhar transmitia o perigo de um tigre.
A pele clara e a barba por fazer circulava o seu belo rosto. O cabelo negro em corte top knot, moderno e charmoso. Ele estava usando um terno azul-escuro, nos seus dedos havia grandes anéis masculinos.
Logan era alto e musculoso, como todos os Campbell.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vivendo Com Um Magnata (DEGUSTAÇÃO)
Literatura FemininaTem certos momentos em nossas vidas, que podem nos levar a rumos completamente diferentes do qual sonhávamos. Deixando marcas profundas em nossa alma. Alana, terá a trajetória da sua vida mudada quando recebe uma carta da mãe em seu leito de m...