CAPÍTULO 1

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Nathaly

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Nathaly

Acordo sentindo uma dor de cabeça dos infernos, definitivamente não foi uma ideia muito inteligente, tomar todos aqueles drinks. Mas, quando você se da conta de que o objeto dos seus desejos mais profundos, nunca será seu, a melhor alternativa é tentar supera-lo ou, beber até esquecer o seu próprio nome.

Durante boa parte da minha infância e adolescência, eu me considerava o patinho feio da minha família. Mesmo com um monte de tratamentos, meu rosto vivia coberto por espinhas, usava um aparelho ridículo, meus seios se assemelhavam a duas jabuticabas e meu tamanho, me fazia ser constantemente confundida com uma criança. Minha auto estima beirava á depressão.

Até que em um belo dia, o garoto mais "popular" da escola, me convidou para sair. Me lembro de passar horas escolhendo uma roupa e treinando em frente ao espelho, como ser divertida e descolada. Fomos a sorveteria e ele me levou até em casa depois, se despedindo com um selinho. Mal consegui dormir aquela noite, só para no dia seguinte, descobrir que fazia parte de uma aposta e que o meu primeiro beijo, estava sendo motivo de piada por toda a escola.

Naquele momento, percebi o quanto às pessoas podiam ser más e prometi a mim mesma, que ninguém me faria de piada novamente. No ano seguinte, as espinhas acabaram, o aparelho se foi e meus seios resolveram dar o ar de sua graça. De patinho feio, passei á cisne. Os garotos da minha idade, já não me enteressavam mais, e foi nesse momento, que comecei a prestar mais atenção nos pais deles. Eu queria um homem, experiente e maduro.

Eric Thompson, sempre esteve presente na vida da família BKS, seja como o chefe da nossa segurança ou por ser primo da tia Aurora. Nunca havia prestação atenção nele, até o dia em que o encontrei sem camisa na sala do meu pai. Ele tinha derrubado café na própria roupa e papai tinha saído para pegar uma camisa reserva em algum lugar. Fiquei sem palavras diante de tantos músculos e meus sonhos passaram a ser povoados com imagens daqueles braços fortes me agarrando de todas as formas. Infelizmente, essa atração nunca foi recíproca.

Alguns anos depois, já mais velha e independente, me tornei a ovelha negra da família. Não tenho filtro e não sei se isso é uma bênção ou maldição, costumo viver intensamente sem pensar nas consequências, afinal, a vida é curta de mais para arrependimentos. Gosto de ser livre, leve e solta!

Abro os olhos e ao contrário do que imaginei, vejo que estou no meu quarto e meu único pensamento nesse instante é, como diabos eu vim parar aqui? A última coisa de que me lembro, é de ter subido em uma mesa para dançar, todo o resto é apenas um borrão confuso.

Levanto da cama e preciso de alguns segundos para que o mundo pare de girar. Me arrasto até o banheiro e tomo um banho frio, desesperada para me sentir humana novamente. Escovo os dentes cinco vezes, tentando tirar aquele gosto de lixo, da boca. Coloco apenas uma calcinha e minha camiseta especial para dias como esse, alguns números maiores e com um baby Groot estampado na frente. Penteio meu cabelo e deixo que seque naturalmente.

Entrega - Série Domados ▪ Livro 5 (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora