Prólogo

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Notas do Autor :]

• O livro pode conter gatilhos emocionais.

• Os capítulos serão postado semanalmente. 

• Comentem e votem para me incentivar ainda mais a continuar publicando — quem sabe com ainda mais frequência.

Boa leitura! 

Mark se olhou no espelho sujo

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Mark se olhou no espelho sujo. Ele não aguentava mais. Lágrimas já escorriam de seus olhos, como de costume, as bochechas estavam umedecidas e levemente avermelhadas, enquanto um lindo sorriso se destacava em meio a tristeza. Passou um dedo nos lábios, marcando o falso sorriso e enxugou as lágrimas com a toalha de banho. Mark não deveria mostrar fraqueza na frente dos irmãos menores, mas ficava cada vez mais difícil esconder o quanto estava se destruíndo de dentro para fora, dia após dia, não aguentando nem mesmo ver o próprio reflexo.

Sofreu como nunca nos últimos três anos e chorou em silêncio no banheiro em cada uma das manhãs, antes de criar a coragem diária de enfrentar o tio alcoólatra e cuidar dos irmãos menores da melhor forma possível. Todos acreditam em seu falso sorriso e no encanto dos olhos que escondem cada um dos demônios que vivem dentro dele. Talvez fosse depressão, mas não havia saída, um suicídio só faria com que os irmãos fossem separados e mandados aos orfanatos da região. Ele botaria a própria mão no fogo se fosse para proteger os irmãos e nunca faria algo que pudesse prejudicá-los de alguma forma. Por isso ele enfrentava o tio e encarava cada um dos hematomas como prêmios por manter os irmãos juntos mais um dia.

Elizabeth — sua mãe — sumiu há três anos e ele acabou ficando encarregado de cuidar dos três irmãos menores desde então. Nicholas — Nicky — é o menor e adorava dormir na cama pequena e aconchegante de Mark. Ashley — Ash — e Noah são os irmãos do meio e gêmeos enquanto Mark é o mais velho. 

Só não foram mandados a um orfanato quando a mãe desapareceu porque convenceram o tio a morar e "tomar" conta deles. Mark nunca achou que Robert faria eles trabalharem para dar um engradado de cerveja semanal a ele em troca de manter a guarda de ambos. Os gêmeos vendiam jornais nas ruas e revistas em uma banquinha enquanto Mark aceitava qualquer emprego para arranjar algum dinheiro.

Mark fechou os olhos e tentou controlar o medo e o desespero. 

— Mark...

— Mark

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Perigo na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora