Capítulo IX

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Notas do Autor :]

Olá! Tudo bem com vocês? Espero que sim.

Tem um capítulo grandinho pra vocês antes do natal! Mas tenho que avisar que posso demorar um pouco mais do que o normal para postar novos capítulos nesse fim de ano. Tudo deve voltar ao normal ainda no comecinho de Janeiro! 

Fiquem com o capítulo. 

Boa leitura!

Boa leitura!

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Mark entendeu que estava muito fodido quando estacionou o carro na garagem e olhou para o banco do passageiro. Tudo parou por um momento e ele apenas se perguntou em seus pensamentos — "Cadê a merda da cerveja?". Todo aquele medo de perder o irmão menor fez com que ele não se lembrasse do carrinho de compras e da cerveja lá dentro. Robert não era um homem muito compreensivo e acabaria dando umas boas porradas nele por ter atrasado mais uma vez. Pelo menos achou que os problemas não poderiam piorar ainda mais. Mas descobriu que estava bem errado quando a porta de entrada abriu e ele acabou dando de cara com os gêmeos parados no batente.

Noah estava com um semblante de pânico e fechava as mãos em punhos. Ashley botou uma mão na boca para não berrar quando viu o irmão menor desmaiado no colo do mais velho. Mark não entendia como explicar o que aconteceu no mercado ou se deveria mesmo contar e botar ainda mais medo nos irmãos.

Nicky parou de responder e entrou em um estado completamente desacordado desde que saíram do mercado. Temia ainda que fosse algo permanente e que o irmão nunca mais acordasse para chamá-lo de "Mack" ou para pedir um pirulito no lugar da salada de frutas no café da manhã.

Que merda? — murmurou Noah.

— Sótão. — mandou Mark. Ele de pôs a subir a escada de madeira com uma mão enquanto a outra mantinha o irmão menor aninhado no colo.

Mark entrou engatinhando para dentro do sótão envelhecido da casa. Sentia um mal pressentimento por estar entrando nesse "quartinho" mais uma vez em menos de vinte e quatros horas. Tudo de ruim que acontecia na casa acabava sendo resolvida dentro desse sótão: Noah indo ali quando surtava de ansiedade ou mesmo eles se escondendo ali quando o tio se descontrolava por mil e um motivos.

Mark levantou com um pouco de dificuldade por ter o irmão ainda desmaiado no colo e pelos machucados que se derramavam nas ataduras e manchavam de vermelho sua camiseta. O sótão estava empoeirado e parecia um labirinto por conta das milhares de caixas empilhadas e móveis quebrados. Ele cambaleou para trás de um amontoado de caixas de madeira, que serviam de "baús" para as relíquias e tranqueiras que a mãe tanto amava e colecionava antes de ser sequestrada. Tudo o que ele encontrou ali atrás das caixas foi um saco de dormir estendido e empoeirado, umas garrafinhas de água vazias e uns pacotes abertos de bolacha. Mark duvidava que não teria como pegar mais um pouco de comida e água para os irmãos antes do tio notar que a "encomenda" continuava atrasada e que precisaria tomar medidas mais duras — violentas — contra o sobrinho.

Perigo na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora