Capítulo XXVIII

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Notas do Autor :]

Enfim, temos um capítulos novo! Desculpa pela demora na atualização da história, mas nas últimas semanas eu não tô conseguindo escrever praticamente >>> nada <<< e a frequência de postagem realmente caiu, porém, a história vai continuar normalmente até termos um desfecho para a história dos Collins. A frequência vai continuar afetada por um tempo até eu lidar com esse bloqueio que tá me fodendo bastante (e até resolver alguns problemas pessoais).

Capítulo XXVIII — 12/04


Noah e Ashley quase acordaram atrasados. O celular estava tocando pela terceira — com uma música chamada "Getaway Car" da Taylor Swift — quando eles levantaram da cama em um sobressalto. Ashley deu um gritinho e empurrou o irmão; Noah tombou no assoalho e levantou reclamando: "Que merda... ? " murmurou ele. Ashley estava com os cabelos emaranhados; camisa amassada; além da maquiagem borrada — esqueceu do demaquilante antes de dormir. Ela pegou o celular no criado-mudo e mostrou a tela para ele com um semblante em pânico: olhos arregalados e boquiaberta. A única coisa que disseram quando encararam um ao outro: "Puta que pariu... vamos perder o ônibus"

Noah botou as primeiras roupas que encontrou no armário: um casaco velho por cima de uma camiseta vermelha desbotada; além de uma jeans com rasgos nos joelhos e bolsos esburacados; e um tênis surrado. Noah então se arrumou em menos de cinco minutos e pegou a mochila largada ao lado da cama antes de caminhar de encontro a cozinha. Buscou logo na "dispensa" algo que ele e Ash poderiam comer no ônibus: duas barrinhas de cereal; guardou ambas nos bolsos laterais da mochila e tentou dar um jeito nos cabelos na frente da geladeira espelhada — e um tanto quanto enferrujada. Quando voltou para o corredor, encontrou Ashley se maquiando, passando um batom vermelho. A sombra levemente clara dava um lindo contraste em seus olhos escuros — como uma bela noite de inverno — e nos cílios recurvados. "Como ela se maquiou assim em menos de dez minutos?" pensou ele.

— Ônibus em cinco minutos. — anunciou Noah. Ele pegou duas luvas no bolso do casaco e entregou uma para a irmã, lembrando ela do corte entalhado em suas mãos; Ash aceitou e guardou na mochila. — Pode botar minha luva pra ninguém descobrir nosso juramento. — murmurou Noah enquanto tampava a mão machucada com ela.

Ashley guardou a necessaire de maquiagem na mochila e a pendurou no ombro; Noah pegou na mão dela e sairam juntos de casa, trancando a porta de entrada antes de correr para o ponto de ônibus a uma quadra de distância — pouca coisa, mas parecia muito mais quando ambos estavam cansados e doloridos por dormirem juntos em uma cama de solteiro.

Quanto eles chegaram no ponto de ônibus, uma estrutura de vidro com um banco metálico, um ônibus amarelo com detalhes em pretos estava virando no cruzamento e adentrando na rua deles em alta velocidade. Noah então caminhou ainda mais depressa ao lado de Ashley e gesticulou para o ônibus fazer a parada — ou precisariam ir andando até a escola: uma longa caminhada de dez minutos. O motorista rabugento deu uma porrada na buzina — "estamos quites" rosnou quando se lembrou que ontem mostrou o dedo do meio para ele — e freou abruptamente, cantando pneu e engasgando o motor. As portas logo abriram com um rangido, Ashley entrou primeiro, dando um "Bom-dia" gentil para o motorista velho, que revirou os olhos e resmungou "adolescentes... "; Noah entrou logo em seguida, mas não disse merda nenhuma para o velho mal-educado.

A primeira coisa que ele encontrou quando pisou no corredor estreito do ônibus... Rony Gonzales.

Rony não estava sentado no fundão do ônibus, notou Noah, mas no bem no meio, longe dos amiguinhos mal-educados que batiam nos mais fracos como uma forma de... "entretenimento". Seus cabelos platinados estavam emaranhados de desarrumados de uma maneira... maravilhosa. Rony usava um casaco de moletom preto por cima de uma camisa azul — combinando com a cor de seus olhos — e uma jeans escura. Noah notou que o "amigo" estava distraído ou mesmo mergulhado em pensamentos: Rony admirava de uma maneira pensativa a paisagem passando pela janela do ônibus; com seus braços cruzados e dando uma mordidinha de leve no lábio inferior.

Perigo na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora