Capítulo II

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Notas do Autor

Desculpa pela demora na postagem desse capítulo, mas ele ficou maior do que o normal e não tava conseguindo ter tempo para revisá-lo. Tomara que se divertam — ou sofram — lendo tão quanto eu me divirto escrevendo essa história. Fiquem sabendo que vou postar o próximo capítulo o quanto antes ( focado no Noah ).

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— Mack. — chamou Nicky — Mack?!

Mark não estava nem mesmo escutando o irmão o chamando enquanto pensava em mil e uma maneiras de como contar ao tio que a entrega da semana estava mais uma vez atrasada — e em como enfrentaria o espancamento que certamente o aguardava ao fim da discussão. Provável que ele acabaria com umas costelas quebradas ou receberia tantos socos que nem mesmo conseguiria levantar tão cedo do chão. 

Lembrava ainda do medo que sentiu quando atrasou a entrega pela primeira vez e mandou os irmãos dormirem escondidos no sótão da casa. Mark escondeu naquela noite a cordinha que puxava a escada do sótão e seguiu para o quarto de Robert — o antigo da mãe. Pouco relembrava daquela noite além da dor dos socos e chutes do tio após ser espancado até quase ser mandado a emergência. Mark ficou com medo e resistiu firme por conta do que poderia acontecer com os irmãos se continuassem trancados no sótão — sem água e comida e com um Nicky ainda neném — até ele voltar do hospital. Sem contar que o tio poderia encontrá-los e machucá-los enquanto ele estivesse internado no médico. Sabia que nunca conseguiria juntar os cacos de Noah se o tio botasse as mãos nele ou mesmo em Ashley ou até mesmo em Nicky.

Mark ainda carregava hematomas daquela madrugada. Sorte — ou azar — que a maioria das cicatrizes e ferimentos ficavam escondidas embaixo das roupas e que o tio evitava marcá-lo no rosto. O medo dele de se envolver com alguma menina aumentou ainda mais quando que as cicatrizes e hematomas foram surgindo com o tempo. Sabia que acabaria assustando elas quando tirasse a camisa e doeria demais ver o medo marcado nos rostos inocentes de cada uma delas. Preferiu admitir que nunca mais amaria ninguém e se dedicaria ao máximo em cuidar dos irmãos para acalmar a solidão que lentamente o destruía.

Pelo menos aquela noite serviu para descobrir que o tio espancaria qualquer um que aparecesse na frente dele enquanto continuasse com raiva e desequilibrado.

Proteger os irmãos menores se tornou uma missão complicada em sua vida desde então. Mark mandava os irmãos dormirem cedo ou escondia ambos em algum lugar da casa — normalmente no sótão ou trancados no banheiro. Robert ficava descontrolado quando recebia a notícia de que a entrega estava mais uma vez atrasada e espancava o sobrinho até os punhos doerem.

Mark tentou ao máximo não atrasar as entregas nesses últimos meses, mas ficava cada vez mais difícil arranjar um emprego nas redondezas. Os patrões não costumam gostar de funcionários que tem três irmãos menores e dependentes. Sem contar que ele não tinha ninguém para cuidar de Nicky enquanto estava trabalhando na maioria das vezes — além de uma vizinha bondosa que nem sempre estava disponível.

Perigo na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora