Qual a importância e quanto vale um sigilo médico?
Bom, o lema de Vegas também pode se aplicar nessa história:
O que acontece em um consultório, fica em um consultório.
Ou será se fica na cama? No carro? Nos corredores do Besiktas?
A obra está mar...
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Era inevitável não perceber aquele incêndio que ocorria entre eles.
Se Iara não estivesse lutando incansavelmente para não permitir que Ricardo a tivesse tão facilmente, com todas as certezas e convicções desse mundo, ela estaria em seu colo nesse exato momento, deliciando-se com o aroma proibido que a enlouquecia.
Como estivesse lendo os seus pensamentos, pode sentir sua cadeira sendo puxada, aproximando-a o suficiente para que pudesse embriagar-se com o hálito fresco que vinha dele. Fazendo-a sobressaltar e perceber que se encontrava anteriormente de olhos fechados, inerte no carinho pervertido que ele mantinha em uma de suas pernas.
— Quaresma, — Ela pigarreou, tentando firmar o tom de voz. — tu sabes que o que temos é extremamente profissional. — Tentou falar sério.
Só tentou mesmo, porque era difícil ser levada a sério por aquele que explodia em uma risada de escárnio, arrepiando-a até o último fio de cabelo.
Precisou força-se para abrir os olhos, encontrando-o com uma expressão e as mãos travessas, dessa vez as mantendo em suas coxas e apertando-as sensualmente. Não tinha — e não queria — controle nenhum para se livrar daquele toque que a atentava até a alma, e não se surpreendeu ao senti-lo deslizar para as laterais de suas pernas, passando a segurá-las firmemente e impulsionando-a para que se acomodasse em cima dele.
Movimento esse manipulado tão facilmente, permitindo-a sentir-se como uma pena.
— Tu mesmo disseste seres minha psicóloga. — Ronronou, subindo as mãos para dentro do tecido fino que ela vestia e sentindo-a queimar como uma brasa. — E pelo que me recordo, recebi alta essa manhã. Então pergunto, ainda temos algo profissional?
Iara grunhiu alto, não conseguindo encontrar nenhum tipo de protesto que o fizesse parar, pois Quaresma era anos-luz à frente do seu inútil controle perante a um homem tão gostoso.
Sentiu as mãos ásperas deslizarem por toda a extensão de sua pele, arranhando-a sutilmente e fazendo-a desejá-las em outras áreas de seu corpo. A respiração quente era despejada em seu decote enquanto a sensação de arrepio se dava por ter o nariz raspando por sua zona erógena, vulgo pescoço. Ela infelizmente estava em um piloto automático, os braços soltos ao lado do corpo, e as pernas abertas, encaixadas perfeitamente no colo acolhedor que ele tinha.
— Caso estejas realmente preocupada, — Ricardo voltou a murmurar, aproveitando para deslizar a língua sobre a pele adocicada até lhe alcançar o maxilar travado — podemos usar, ao nosso favor, o velho "sigilo médico".
Sussurrou divertido, percebendo-a com os olhos fechados e a respiração descompassada, aproveitando assim para depositar uma mordida sobre o queixo perfeitamente desenhado e sentindo-a se remexer incomodada.
— Se tu não falares nada, prometo que ninguém saberá desta consulta particular.
— Tu és tão... — Começou respondendo-o entre dentes, tentando vasculhar qualquer palavra que não fosse gostoso e seus derivados. — Tão mundano!