Uma Chance Para Amar

Capítulo 30

- Luca -

É preciso que leia duas vezes o papel que tenho em minhas mãos para compreender o que estava acontecendo. A palavra em negrito se embaralha em minha mente. Olho para Emma ainda atônito com a notícia. Vou ser pai de um filho da mulher que amo. Sinto as lágrimas enchendo os meus olhos ao mesmo tempo que um sorriso brota em meus lábios.

_ Isso é verdade? _ deixo o papel de lado e minha mão vai até a sua barriga ainda lisa _ Tem um pedacinho nosso crescendo aqui dentro de Você? _ ela afirma claramente tão emocionada quanto eu _ Eu te amo. _ colo nossas testas.

_ Eu também te amo. _ fala tocando o meu rosto e então tomo os seus lábios com os meus em um longo e profundo beijo.

Minhas mãos passeiam por seu corpo e começo a livra-la de suas roupas. A primeira peça foi a camisa, que joguei para longe. Me livrei também de suas calças e fiquei admirando por um tempo o seu corpo que agora abriga o fruto do nosso amor. Deposito um beijo casto sobre o seu ventre e trilho com beijos o caminho de volta até seus lábios.

Com pressa Emma me ajuda a me livrar de minha camiseta. Mesmo com o sangue pulsando de desejo em minhas veias fui com calma. Beijo o pescoço de Emma e a mesma suspira o meu nome. Vejo o seu corpo reagir a cada toque meu e o mesmo acontece comigo quando ela me toca. Nossos movimentos são lentos e aproveito a cada segundo. Então o mundo some a nossa volta e não existe dor ou tristeza.

_ Me faz um homem feliz a cada dia. _ digo acariciando suas costas enquanto a mesma faz desenhos circulares em meu peito _ Ainda não consigo acreditar que vamos ser pais. _ ela ergue a cabeça para me olhar _ Será que machucamos ele?

_ Tenho certeza de que não. _ responde sorrindo _ Mas deixamos ele com fome. _ agora sou eu a sorrir.

_ Então vamos logo resolver isso. _ nos levantamos, visto a minha calça que estava jogada sobre a mesinha de centro e Emma veste a minha camiseta que estava sobre um abajur.

Comemos entre beijos e risadas. Planejamos uma forma animada de contar aos amigos sobre o início de nossa família. Ficou decidido que contaríamos a dona Cassandra ainda esta tarde, faremos uma chamada de vídeo com os meus pais para lhes contar assim que voltarmos e reuniríamos os amigos de trabalho amanhã em uma confraternização aqui em casa.

Queria dizer que a reação de Cassandra foi a de uma típica avó de primeira viagem, mas foi o completo oposto. Ela disse o quanto a filha poderia se arrepender disso no futuro. Nem preciso falar que isso arrasou com Emma. Sei que mesmo dizendo que está bem, no fundo ainda esta frágil com os últimos acontecimentos.

_ Não fica assim meu amor. _ lhe puxo para um abraço _ O nosso filho vai ser muito amado por nós e meus pais. _ acaricio seus cabelos _ Tenho certeza que a sua mãe também vai ama-lo.

_ É o que espero. _ suspira e então arruma a postura de repente.

_ O que foi? _ a encaro preocupado _ Você está pálida. _ seguro a sua mão _ E gelada também.

Ela faz menção de responder, mas então sai correndo em direção as escadas. A encontro debruçada sobre a privada vomitando. Fico ao seu lado e lhe ajudo a se recompor. Ela parece está um pouco fraca e não arrisco a me afastar dela. A levo até a cama e lhe entrego um copo com água para hidratar.

_ Está melhor? _ pegunto sentando na ponta da cama lhe acariciando o rosto que aos pouco volta a ganhar cor.

_ Foi só um Enjoo. _ sorri fraco _ Estava achando estranho que ainda não tivesse enjoado até agora. _ coloca o copo cobre o móvel ao lado da cama _ Acho melhor esperar um pouco antes de ligar para os seus pais.

_ Do jeito que a dona Lisa é dramática, não duvido que pegue o último voo para cá. _ brinco e a mesma sorri mais abertamente.

Deito ao seu lado e a mesma se aconchega em meus braços. Ficamos ali por algum tempo e então peguei o computador e fizemos a chamada tão esperada. A reação da minha família superou o que estava esperando. Mamãe chegou a chorar de tanta emoção. Oliver nos felicitou e contou que conseguiu o emprego em São Francisco. Ash também nos mandou felicidades e papai alguns conselhos antes de encerramos a ligação.

Ao final da noite o clima está bem mais leve. No dia seguinte, a comemoração foi geral quando contamos aos nossos amigos mais próximos a nossa grande novidade.

Durante o resto da semana trato de tudo para transferir a cede do escritório para San Diego e manter uma filial aqui em Seattle. Expandir os negócios se faz necessário para o crescimento e uso o dinheiro que Adam me deixou para o investimento inicial. Sei que vai ser um pouco difícil encontrar clientes por lá, mas tenho uma boa fixa. Só preciso falar com Emma sobre o que ela acha dessa mudança.

Afinal de contas, aqui é onde está a mãe dela e onde seu pai está enterrado. Também tem o trabalho no hospital que está crescendo. Participo de reuniões atrás de reuniões para decretar um representante meu aqui na cidade e também atualizo o trabalho que ficou um tempo parado durante o período de luto.

_ É aqui que o advogado mais lindo dessa cidade? _ Emma entra iluminando a minha sala.

_ Que surpresa maravilhosa. _ dou a volta na mesa, envolvo sua cintura e lhe dou um beijo _ Estava pensando em você. Quero falar com você.

_ Sobre o quê? _ enlaça os braços em meu pescoço.

_ O que acha de nos mudarmos para San Diego? _ pergunto como quem não quer nada _ Eu transferiria a cede para lá e manteria um escritório aqui.

_ Acho seria bom trocar de ares e também estava fazendo planos de abrir uma clínica em San Diego com o dinheiro que Adam chegou. _ conta com os olhinhos brilhando _ Essa clínica seria especializada para pessoas com doenças como a dele. Ajudaríamos as famílias dos pacientes e daríamos suporte para os mesmos.

_ Esse é um projeto muito nobre meu amor. _ coloco uma mecha de cabelo seu atrás da orelha _ Posso considerar que isso é um sim? _ ela afirma _ Também podemos começar a planejar o nosso casamento.

_ Mal posso esperar para nos tornarmos marido e mulher. _ trocamos um outro beijo _ Eu te amo, Luca Carter. _ fala me olhando no fundo dos olhos.

_ Eu te amo, Emma Simmons. _ respondo no mesmo tom.