A Gata e o Rato

18° Capítulo: Manhanttan.

POV Cait

Estava sozinha na Agência quando recebi a ligação de Donal, finalmente voltaria para Manhattan, finalmente voltaria para minha casa.
- Achei que ficaria mais feliz com a noticia, não era isso que você queria. – Donal disparou do outro lado da linha, com certeza percebeu meu pouco entusiasmo .
- Sim a noticia é maravilhosa Donal, é que não posso falar muito agora – menti - eu estou em uma reunião para me livrar da Agência de Detetives, quero voltar pra casa sem nenhum vinculo com esse local.
- Está certo! Você pode ir hoje mesmo se quiser, pedi para deixarem tudo pronto pra te receber.
- Obrigada Donal, por manter sua palavra.
- Você vai seguir com sua parte no acordo né.
- Sim ! Estou fazendo isso nesse exato momento.
Desliguei o telefone, não tinha estomago para continuar conversando com ele, só queria acabar logo com tudo isso e curtir minha vida com Sam, por falar em Sam, onde será que ele se meteu, nenhuma ligação sua nas últimas horas já estava começando a ficar preocupada, abri a porta da sala e César estava do outro lado com um pote de sorvete na mão, ele me encarava com um sorriso estranho.
- Você sabe onde está o Sam, ele já deveria ter voltado do encontro com a Mackenzie.
- Ele está preparando a Arielle para a festa de hoje a noite, acho que não vem mais pra Agência.
- Que Festa? Ele não me disse nada.
- Foi de última hora, a Mackenzie conseguiu um trabalho com um cache de dar inveja a qualquer Top Model, ela convidou várias modelos e Arielle está entre as convidadas, Sam achou que era uma ótima oportunidade já que Tony estará lá.
- Ele poderia ter me ligado, passei o dia todo aqui sem fazer nada.
- Ah! Talvez ele não quisesse te incomodar, ele está meio chateado, esses dias.
César se arrependeu do que falou assim que fechou a boca.
_ Chateado com que?
- Com nada, é melhor você falar com ele, eu já vou indo.
- Você só sai daqui quando terminar o que começou. Quero saber porque ele está chateado?
- Esse lance ai, ter que ficar andando atrás da Mackenzie, e também você vai voltar pra Manhattan , pra sua vida, acho que ele não está muito feliz com isso. Você não vai mais vir na Agência todo dia, e sei lá, ele meio que já se acostumou com você aqui todos os dias. - Falou dando de ombros.
- Ele te disse isso?
- Não! Ele não é muito de se abrir, mas dá pra perceber que desde que você entrou por aquela porta mudou a vida de todo mundo aqui dentro, principalmente a dele.

Voltei para casa pensando no que César falou, Sam sabia que era tudo uma farsa, Donal deveria acreditar que eu não tinha mais nada com Agência ou com Sam.
Encontrei Sam nocauteado no sofá de seu apartamento, ele estava dividindo as tarefas com César e Steven, mas ficou com a pior parte tinha que aguentar todo ataque de estrelismo da Mackenzie.
Meus dedos percorreram seu maxilar traçando suas feições, ele se remexeu no sono, mas não acordou, olhei para bloco de notas esquecido na mesa de centro, “ela vai voltar pra casa”, ele circulou a frase e colocou vários pontos de interrogação, senti um aperto em meu coração, o bloco caiu da minha mão fazendo um barulho oco no chão, fazendo Sam acordar.
-Ei! - Sua voz era rouca de sono estendeu a mão e acariciou minha bochecha.
- Como foi seu dia?
- Nada de mais, fiquei na agência esperando noticias suas e recebi uma ligação do Donal ele está cumprindo com sua palavra.
- Então você vai voltar para Manhattan.
- Bem, esse era o plano, se quisermos pegar o Tony e acabar com toda essa farsa devemos segui-lo, não é?
-Sim, eu acho melhor você voltar pra sua vida de antes, você fica mal humorada quando tem que acordar cedo .
- Eu não fico mal humorada, bem pelo menos não agora, pois já me acostumei com sua rotina, mas eu vou continuar indo na Agência todos os dias, ou você acha que vai se livrar de mim assim tão fácil, ainda mais com a Mackenzie andando por ai atrás de você.
- Está com ciúmes Balfe? - Sam estava começando a se divertir com a situação.
- Balfe? Quanta formalidade Sr. Heughan, eu não estou com ciúmes, só não confio nela perto de você.
- Então você confia em mim, eu nunca teria nada com aquela garota, tivemos um pequeno affair isso eu não posso negar, só que eu não tenho mais nada com ela e com mais ninguém.
Estreitei os olhos diante da palavra “ninguém”, não tínhamos definido e nem rotulado nada em nosso relacionamento nós nunca nem discutimos sobre isso, e agora eu me sentia incomodada pelo fato de que não sabia dizer o que éramos.
- Falando em Mackenzie eu tenho que me arrumar, ela está dando uma festa e fiquei de passar por lá, ela vai me apresentar para umas pessoas. Cait, você está me ouvindo?
Saí do meu transe quando Sam chamou meu nome mais de uma vez.
- Desculpe, estava só pensando no que você disse.
- No que eu disse? Sobre a Mackenzie?
- Deixa pra lá Sam ! Você tem razão é melhor você se preparar para sua festa, a Mackenzie detesta esperar.
Caminhei a passos largos queria sair dali o mais rápido possível não queria olhar na cara do Sam, não queria chorar na frente dele.
- Ei o que deu em você pra que essa pressa agora? - ele me alcançou já na porta puxando gentilmente meu braço me fazendo olhar em seus olhos.
- É só uma festa Cait, eu não vou ficar lá muito tempo, só preciso circular com a Mackenzie e fazer o Tony acreditar que estamos juntos.
- Sim você já deixou isso claro e eu entendi perfeitamente que você não está com ninguém no momento.
- Do que você está falando, eu estou com você, nós estamos juntos, não estamos?
- É melhor eu ir embora.
- Você não vai a lugar nenhum antes de me responder, nós estamos juntos nessa e você sabe disso, não sabe?
- O que você quer que eu diga? Que estou com ciúmes? Pois você está se arrumando pra ir a uma festa com ela quando você deveria ficar aqui comigo ou que você passou o dia todo correndo atrás dela com esse maldito sorriso sendo que você deveria estar em qualquer lugar do mundo menos com ela, ou que você acabou de dizer que não tem ninguém na sua vida sendo que eu estou aqui, fazendo coisas que nunca imaginei fazer pois eu amo você.
- Você me ama? – ele se aproximou mais prensando seu corpo ao meu, fazendo minha respiração falhar e minhas pernas perderem a força.
- Sim eu te amo! Droga! Tá feliz?
- Muito, eu também te amo Cait minha morena, eu estava aqui apavorado pensando em você do outro lado da cidade de volta pra sua vida de antes, talvez você se sinta mais feliz lá com tudo o que está acostumada.
- Eu só vou ficar feliz se você estiver comigo, só você e mais ninguém.