Capítulo 16 - Saudade que dói.

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André chegou em casa respirando felicidade. Era algo que ele vinha sentindo falta há alguns dias, pois estava com um sentimento de vazio, o qual foi preenchido totalmente por Rayssa.

Tentou fazer o mínimo de barulho possível ao entrar em casa, sem deixar indícios nenhum do horário que estaria chegando.

A semana passou voando, e eles se quer conseguiram se encontrar pra se ver. Rayssa trabalhou fazendo foto para algumas marcas durante todos os dias e André também a outras de sua cidade.

Era sábado e André acordou era quase uma da tarde. Tomou um banho e desceu para almoçar com a família. O Rio já havia voltado ao seu estado de calor normal, e o dia estava pra lá de quente.

—Fala família!!! Bom dia. O dia tá lindo hoje. Ótimo pra uma praia. —chegou dizendo.

—Bom dia irmão? —Max seu cunhado brincou. —Acho que tu tá meio enganado, não ta não?

—Será? —ele riu. —Eai brother? como você tá? —cumprimentou o cunhado, juntamente de sua irmã também.

—eu to bem, tu que parece que tá feliz demais. Aconteceu alguma coisa que eu não to sabendo essa semana?

—Não, não aconteceu nada não, eu to normal ué. —desconversou.

—eu também to percebendo um sorrisinho que não via há algum tempo hein filho. —sua mãe não perdeu a oportunidade de falar.

Ela que vinha acompanhando aqueles dias não tão bons que ele havia passado, então qualquer sorriso já era de se notar.

—Que isso mãe, é só alegria de viver. —ele a respondeu.

O almoço já estava posto a mesa e eles logo se sentaram para comer.

—O dia tá muito lindo hoje né. —a irmã de André comentou.

—podíamos ir à praia! —ele insistia na ideia.

—O calor tá de matar e eu to precisando pegar uma cor. —ela completou.

—Vocês topam? eu topo fácil, vocês sabem. —ele logo disse.

—Eu topo também. Nada como pegar umas ondas pra acabar com esse calor.

—Em qual podemos ir? Hoje é sábado, então já viram né... —ela questionou.

—temos que escolher a menos movimentada possível, por favor. —André falou.

—é né, vai que o nosso galã de novela aí seja assediado por alguma fã doida. —Max brincou com o cunhado.

—Tu tá cheio das gracinhas hoje né, ô sem graça.—André retrucou.—Eu conheço uma ótima e que é pouquíssimo frequentada.

—Ótimo. A gente vai precisar voltar lá em casa pra buscar as coisas. —Camille disse enquanto eles saiam da cozinha.

—De boa, eu também vou precisa ir buscar uma pessoa. —seu irmão respondeu.

—Uma pessoa? que pessoa? —ela questionou.

—Eu sabiaaa que essa felicidade toda não era atoa!!!! Tinha uma explicação e eu já até sei quem é.—o cunhado disse todo empolgado.

—Ih, sabe nada, fica na sua aí. Eu encontro com vocês lá na entrada da estrada ta?! Eu mando a localização pra você Cami.

—Mas me fale quem é essa pessoa? —é claro que ela ficaria curiosa.

—Lá você verá. —ele seguiu rumo ao seu quarto pra pegar sua roupa e logo saiu em direção a casa de Rayssa.

Ele estava empolgado para ir à praia exatamente pelo fato de tal ideia ter vindo dela mesma, Rayssa, que assim que acordou, o falou por mensagem onde disse que queria muito ir à praia com ele, pra matar a saudade, é claro, e pra tirar um pouco do calor que estava fazendo na cidade, porém tinha receio pela possível exposição que isso poderia trazer a eles caso os vissem juntos e sozinhos, ainda mais que agora André estava solteiro e Rayssa seria a primeira na lista de possíveis affairs do menino. E mesmo indo em uma praia mais retirada, apenas os dois, ainda os dava medo. Ele disse então que tentaria falar com o cunhado e a irmã que almoçariam em sua casa naquele dia e a avisaria caso eles topassem ir. Assim que eles toparam, ele pegou o celular na mesa e a avisou que havia dado certo e eles iriam. Ela logo se aprontou e disse que o esperaria.

Chegando no seu prédio, mandou uma mensagem avisando que já havia chegado. Ela se apressou a descer. A saudade estava grande. Ele estava escorado na porta do carro a esperando, com aquela carinha meio de bravo que só ele sabia fazer. Não a esperou dentro do carro porque necessitava sentir o seu abraço e o seu corpo colado no dela.

Ela veio vindo, lindamente, vestindo uma saída de praia, que cobria seu biquíni por baixo e com o cabelo preso num coque, que ela sabia que ele adorava.

Ela foi se aproximando, o coração foi batendo mais forte e a carinha meio de bravo dele foi dando lugar a um sorriso maravilhoso de orelha a orelha que só ela conseguia arrancar dele. Ela chegou já sorrindo, não só com a boca, mas com os olhos, que ficavam miúdos quando o sorriso se abria.

O momento do abraço foi um alívio. O braço dele a envolvia completamente, e o seu rosto se perdia no meio do seu pescoço, onde foram depositados alguns beijinhos, já que os da boca ali não poderiam ser executados. Ela passava suas mãos nos poucos cabelos que haviam em sua cabeça fazendo alguns carinhos.

—A saudade chegou a doer. Nunca mais se desgruda de mim. —ele disse no pé do ouvido.

—Nunca mais. Te quero pra sempre perto de mim. —ela sussurrou ao seu ouvido.

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