REVIRAVOLTAS

Capítulo 22 - Autocontrole.

~Rayssa on~

Aquele momento foi extremamente necessário para a nossa relação. Ver o quanto o André me respeitou com relação a minha decisão, foi o divisor de águas pra eu realmente assumir que amava ele; pra eu entender que amor vai muito além de sexo. Amor é se entregar a outra pessoa, não só sexualmente, mas diariamente, nas nossas decisões, escolhas, na vivência mesmo e  principalmente respeitar um ao outro. Fazia tempo que eu não sentia isso. Não vou negar que há um medo em mim do que pode acontecer daqui pra frente com a gente, porque só hoje tivemos um tanto de provas de que nosso namoro não será fácil, mas eu sei que o nosso amor é muito maior do que qualquer coisa desse tipo.

Pouco tempo depois do ocorrido, ele foi ao banheiro tomar uma ducha rápida e eu fui logo em seguida. Como tudo aconteceu na hora que chegamos e depois vim direto tomar banho, esqueci-me do pijama. Sai daquele cômodo enrolada na toalha atrás de algo pra me vestir.

—Não, mas ai tu sair desse jeito do banheiro é covardia demais. —sabia que ele não iria perder a oportunidade de brincar com a situação.

—Deixa disso menino... —sorri pra ele.

—E ainda sorri desse jeito eu não aguento. —Começou a me puxar pelo braço pra mais próximo dele.

—André, para!!! É sério, a gente precisa dormir. —eu precisava controlar a situação, por mais que minha vontade era tirar aquela toalha e me jogar nos braços dele novamente.

—Ok! Parei! —Ele levantou as mãos em sinal de redenção. —Mas anda logo pra por essa roupa, porque se não já já eu não respondo por mim.

Peguei sua camiseta que estava jogada no chão do quarto e vesti. Me deitei na cama, enrolei minhas pernas na dele e encostei minha cabeça em seu peito. E foi assim que nós adormecemos. Foi uma das minhas noites mais bem dormidas.

Ao amanhecer, quer dizer não tão manhã assim pois o relógio já marcava onze horas, percebi que eu estava sozinha na cama. Me movimentei por ela, olhei em volta e nada dele.

Ele não seria louco de ir embora sem me avisar né?! pelo menos eu espero que não. De repente ouço alguém abrindo a porta do quarto devagar.

—Bom dia minha preciosa. Vamos levantar?! —foi entrando no quarto.

—Bom dia amor.

—Amor é? —sentou na beirada da cama.

—Claro. Você é o meu amor.

—assim eu não aguento. —veio em direção a mim pra me beijar, mas o impedi.

—naaaao!! eu não escovei os dentes aindaaa!

—deixa de besteira menina, vem aqui logo. —me beijou e finalizou com um beijo em minha testa.

—Pensei que tivesse ido embora. —respondi com preguiça.

—E porque eu faria isso? —ele riu.

—sei lá. —ri sem graça.

—Relaxa linda. Você não vai se livrar de mim tão cedo. Agora vamos levantar que o almoço até já está pronto.

—Você fez almoço? —eu realmente não acreditava que ele havia feito aquilo.

—Claro!!! Você merece.

Me levantei da cama, e fomos juntos até a cozinha que exalava um cheiro maravilhoso. E a comida não poderia ser diferente.

—Eu estou impressionada com esse seu dom. —disse, me levantando da mesa e indo ao seu encontro.

—Viu só como eu posso te surpreender. —ele disse enquanto me recebia sentando no seu colo.

—Obrigada! Eu nunca imaginei que me jogar nessa história poderia dar tão certo como tem dado.

—Eu é que te agradeço. Foi você que abriu os meus olhos e me fez enxergar o verdadeiro amor. —Nos beijamos delicadamente.

—Bom, deixa eu levantar pra lavar essa louça aqui, porque afinal quem cozinha não lava louça né?! —me levantei do colo dele.

—Depois você faz isso, antes vem terminar o que a gente começou.

Ele se levantou e me agarrou pela cintura me levando em direção ao sofá. Me colocou sobre o móvel e se deitou em cima de mim. Sua língua buscava cada canto da boca e sua mão passeava pelo meu corpo. Me senti anestesiada, não queria que o momento parasse, mas temia não resistir àquele menino. Era demais pro meu autocontrole. Ele pressionava o corpo sobre mim, e suas mãos prendiam meu cabelo, do jeito que ele sabia que me deixava louca.

Mas eu precisava contornar a situação. Até porque mais uma chegada dessa dele em mim, e eu não resistiria. 

Prontamente, me levantei, deixando ele doido no sofá.

—Agora já deu né?! Tem uma louça que precisa ser lavada e tem que ser agora.

—amooor!!!!! Você ainda vai me enlouquecer.