➝ capítulo onze

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F O T O G R A F I A


— Kessie?! — Chim segura a jovem pelos ombros. — Está me ouvindo? — ele pergunta preocupado.

— Ela parece estar em transe... — Tae se aproxima.

Kessie continua olhando para a parede, reproduzindo toda a cena na sua cabeça. Seus olhos se enchem de lágrimas rapidamente, ela os fecha comprimindo as lágrimas, tentando impedi-las.

— Ei... — Chim a balança gentilmente. — ...Precisamos que acorde, temos que sair daqui, consegue me ouvir? — a voz de Chim não era irritada como ele costumava a se dirigir a Kessie, mas era calma e atenciosa.

— O-ok... — ela gagueja abrindo os olhos devagar.

— Ótimo, ótimo. — ele gira o ombro de Kessie para a janela, para que ela não olhasse mais a parede. — Não fique encarando aquilo...

Chim olha para o lugar.

— O que aconteceu aqui? — ele pergunta para Tae.

— Não fui eu... Quando abri a porta já estava assim.

— Alguém veio aqui antes de nós. — ele diz, se aproximando da parede. — Encontrou algo?

— Sim, esse envelope. — Tae estende um envelope para Chim que o encara confuso. — Falamos melhor no Banker. — Tae olha para Kessie ainda abatida.

— Certo, vamos sair daqui o mais rápido possível. — ele encara a porta. — Eu vi alguns guardas dentro da casa, eles podem ter visto nosso carro, melhor sairmos.

— Afirmativo. — Tae sorri.

Os dois se aproximam da janela, Chim a abre com cuidado sem fazer barulho. Tae desce primeiro se certificando de que o caminho está limpo para os demais. Chim chama a atenção de Kessie mas ela não se mexe.

— Kessie... — diz calmamente. — Vem, vamos descer.

Kessie não tinha visto esse lado manso de Chim antes, não parecia a mesma pessoa. Ela o olha confusa, depois para em frente à janela respirando fundo.

— Devagar. — ele adverte. — Tae te segura lá embaixo.

Ela não responde, apenas se joga e Tae a segura do outro lado. Chim pula em seguida caindo no gramado com jeito.

— Vamos, fizemos muito barulho com essa saída.

...

O grupo chega no Banker, alguns minutos depois de deixar a mansão Yang. Kessie não disse nada durante o trajeto e nem quando chegou. Ninguém fez perguntas a ela, o que facilitou muito as coisas para Kessie. Apesar de falarem bastante os meninos sabiam quando não deveriam incomodar. Ela passa por eles indo até o quarto com a bolsa e a joga na cama com fúria.

No quarto Kessie chora um pouco mais descarregando tudo o que estava preso desde que entrou na sala do pai e a viu daquela forma. Ela sentia raiva, saudade, dor, tudo misturado em uma confusão na sua cabeça e no seu coração. Foi até o espelho e se olhou analisando cada detalhe seu, triste e cansado. Em sua cabeça, Kessie só pensava em uma coisa no memento, descobrir o autor disso tudo e vingar o seu pai.

Saiu do quarto mais calma, foi até o banheiro e lavou o rosto. Assim que chegou a sala de operações notou que os rapazes conversavam sobre o que Tae tinha encontrado na casa. Kessie se senta e escuta a conversa deles.

— O cara nessa foto... — Joon segura um pedaço de papel nas mãos. — Nunca o vi antes... — suspira frustrado.

— Foto? — Kessie se pronuncia.

Clube Dos Sete • The System Black | BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora