Clube Dos Sete • The System Black | BTS

➝ capítulo quarenta e oito

D E S M O R O N A N D O

Kessie toma um banho quente, depois de uma noite maravilhosa ao lado de Chim. Ela não conseguiria imaginar, nem em um milhão de anos, que tudo aquilo poderia acontecer. Sempre que tocava em um lugar, no qual Chim havia tocado, ela sorria. "Foi perfeito...". Ela suspira ao desligar o chuveiro. Kessie sabia que não poderia ficar o dia todo ali, longe dos outros. Mesmo sendo adulta, ela estava morrendo de vergonha. Os seis, se tornaram sua família. "Irmãos que nunca tive". Era o que ela repetia a si mesma, quando se referia aos demais.

Chim era o namorado badboy, que o pai odiaria conhecer em outros tempos, mas seu comportamento era completamente contrário à sua aparência rebelde, e isso, o conquistaria, sem esforço algum. Kessie não poderia estar mais segura, ela podia sentir isso, ao lado da equipe de mercenários.

Saindo do quarto, ela notou que todos estavam reunidos na sala, seria uma péssima escolha ir até lá, sem ter certeza do que estava fazendo. Kessie resolve tomar outro caminho, um que talvez ela se arrependesse mais tarde. Isso iria depender do que ela encontraria lá embaixo, no porão, onde seus pensamentos vagavam de tempo em tempo.

De fininho, Kessie abre a porta que dá acesso ao porão, onde a equipe estava mantendo Jae Yang preso. Já fazia um bom tempo que Chim à estava viajando, para que ela não pudesse ir até lá. Bem la no fundo, Kessie também não queria ir, talvez não estivesse pronta para ouvir o que o tio teria a dizer. Mas ela sentiu que toda insegurança estava sendo deixada para trás, depois de sua primeira noite com Chim.

Ao entrar, a porta rangeu fazendo um leve barulho, no qual a deixou tensa, a ponto de desistir e voltar, mas não voltou. Kessie desce as escadas ansiosa, a cada degrau.

— Olha só quem está aqui. — Jae rapidamente encontra a sobrinha, ao vê-la descer as escadas com cautela. — A queridinha dos bandidos, Kessie Yang.

A feição de Jae estava péssima. Ele estava amarrado a uma cadeira, sentado, parecendo estar bem desconfortável, "Ele merece", ela pensa ao se aproximar cada vez mais. Seus tornozelos estavam presos a uma corrente de ferro, com uma proteção interna, para não agredir a pele. "Não parece tão ruim", ela analisa o objeto, parecendo ser bem pesado.

— Me tire daqui Kessie, esses caras... Eles são perigosos, vão me matar.

Ela ri, não conseguiu segurar.

— Você tem a coragem... — Kessie vira o rosto, demonstrando sua aversão a Jae. — ...Você fez isso tudo!

— Eu? — ele ri. — Eu não fiz nada! Você é ingênua demais, acredita em qualquer coisa que ouve.

— Olha, chega, você não me conhece mesmo, acha que pode me manipular com essas baboseiras. Nem perca seu tempo!

— Eu não te quero morta Kessie, mas se continuar com eles, eu não poderei fazer nada.

— Você já não fez nada, ou... — ela se vira para ele, com fogo nos olhos. — ... Ou você mesmo organizou isso tudo.

— Não seja tola, eu sou apenas um subordinado, não dou as ordens.

— Mas também não as impede!

— Você cresceu em uma bolha. Festas, dinheiro, universidades... — ele debocha. — ...Acorda, o mundo tem muito mais do que isso garota!

— Eu sei...

— Não, você não sabe. Isso... Isso está em toda parte!

— O que você quer dizer?