Capítulo 11

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Quando Bruna terminou de se vestir nós saímos para irmos pra escola

- Uau, vocês estão lindas! - Laura disse

- Obrigada. - Falamos e saímos. Quando chegamos na escola (ao contrário do que acontece nos filmes) nenhum menino ficou mandando piscadelas, nenhuma menina ficou nos encarando surpresas com cara de inveja, e o vento não ficou balançando nosso cabelo. Quando chegamos tudo foi perfeitamente normal. Algumas amigas disseram que realmente estávamos bonitas mas nada demais. A aula foi normal como sempre.

- Eu te disse que não precisava de tudo isso. - Cochichei no ouvido de Bruna e ela Revirou os olhos.

Quando a aula acabou chegamos em casa e encontramos Dona Laura com uma blusa preta Decotada, saltos e jóias.

- Ué, onde a senhorita vai? - Bruna perguntou

- Não posso sair? Vou me encontrar com minhas amigas. - Bruna riu

- Apenas amigas né mãe? -

- Sim, Bruna. Apenas amigas. Agora tchau. -

- Tchau. - Dissemos

- Ah, o almoço tá pronto. - Falou por final e saiu.

Eu e Bruna almoçamos e saímos de casa um pouco. Pegamos nossas bicicletas e fomos até o lago. Era um lugar tranquilo e calmo.

- Quer sorvete do que? - Bruna perguntou

- um picolé de limão. - Bruna me entregou - Obrigada. - Então nós sentamos e ficamos olhando pro nada. Fomos embora antes de escurecer.

- Vamos assistir um filme? - Bruna perguntou

- Tá. -

Então ficamos assistindo filmes. Eu dormi na metade deles mas Bruna parece nem ter percebido. Acordei ao ouvir o som da porta ser aberta por dona Laura.

- Oi meninas. - Ela disse com um sorriso

- Oi. - Falamos

- Olha o que eu trouxe pra vocês! - Ela disse tirando um pacotinho transparente de dentro da bolsa. - São "pulseiras da amizade". Quem quer ficar com a lua? -

- Eu. - Falei.

- E eu fico com o sol. - Bruna disse e pegamos as pulseiras. - Obrigada. - Falamos

- Por nada. - Dona Laura disse e subiu pro seu quarto

- Que lindas né. Minha mãe tem bom gosto como eu. - Rimos

- Claro. - meu celular começou a vibrar - Oi mãe. - Falei

- Anne? Anne, querida, parabéns! -

- Obrigada. -

- E então... quando vai voltar? -

- Eu não vou voltar. -

- O que? -

- Eu já disse sei lá quantas vezes! Eu não vou voltar. Eu vou sair daqui pro aeroporto. -

- Você não pode. Anne, você não pode. Nem pra vir comemorar com a gente você não veio. Como tem coragem? Sou sua mãe. Preciso te ver. -

- Você já não me vê o suficiente me espionando na saída da escola? -

- Você entendeu o que eu quis dizer. Eu sou sua mãe, Anne! -

- Isso não faz você ganhar pontos pelo que fez. Apenas lembre do que eu já disse: Eu não vou voltar. De qualquer modo, você vai ser feliz. Apenas me tire da sua cabeça do mesmo jeito que eu te tirei da minha.

- Isso não é justo comigo, Anne! Você está sendo infantil! -

Respirei fundo e desliguei. Na cara dela. Eu sabia que estava certa. Meu celular tocou novamente então desliguei.

- Você está fazendo o certo, Anne. - Bruna disse

- Eu sei - Sorri pra ela e me deitei. Ainda estava cedo mas eu estava muito cansada.


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