Capítulo 5

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Entramos no restaurante e nos sentamos numa mesa perto da janela que dava de vista pra algumas árvores

- Bom dia. O que vão querer? - Uma garçonete morena e alta nos perguntou

- Pode nos trazer o cardápio, por favor? - Dona Laura pediu

- Claro. - Ela disse e se retirou

- Então, Anne. Me diga, o que aconteceu? - Dona Laura me perguntou e eu respirei fundo, então comecei a contar tudo o que aconteceu - Nossa, nunca imaginei que sua mãe fizesse isso. - Ela disse desapontada

- Nem eu. Mas por favor tia, jura pra mim que você não vai contar nunca, nunca mesmo pra ninguém? - Perguntei

- Por favor Anne, você não precisa nem pedir. Sabe que eu jamais abriria um milímetro da minha boca sobre isso. -

- Muito obrigada. - Agradeci, e Bruna soltou um suspiro forte

- Ai gente! Tô com fome. - Ela disse e nós Rimos

- Ok. Escolham seus pratos. - Dona Laura disse nos passando os cardápios

- Eu vou querer... um prato feito desse aqui. - Bruna disse apontando pra um que daria pra umas duas pessoas comerem

- Tá morta de fome? - Dona Laura perguntou e Bruna bufou

- Sim. -

- Tudo bem, então. Anne? -

- Ah... este. E um suco de laranja. - Apontei para o meu prato e ela chamou a garçonete

- Mãe! Eu quero cerveja - Bruna disse brincando

- Cerveja, vai ver a cerveja na sua cara Bruna. - Dona Laura disse a encarando séria e nós Rimos

- Pois não? - a garçonete disse sorrindo ao nosso lado

- Um prato feito deste, um desse aqui, e um X-Picanha. -

- COMO ASSIM VOCÊ VAI COMER LANCHE E A GENTE NÃO? - Bruna brigou e Laura riu

- Eu não vou dançar. Vocês precisam de comida, pra sustentar e não passar mal. -

- lanche não é comida não? - Bruna disse emburrada.

- Sim, mas é muito pesado. Olhem vocês, corpinhos perfeitos. Eu tô gorda de qualquer jeito, nem faz mal. - Parou por um instante e se virou pra garçonete que se segurava pra não rir - Então, pode ser esses três, um suco de laranja e uma Coca litro. - Ela anotou e saiu

- Isso não é justo. - Bruna disse

- A vida não é justa. - comecei a rir e dei um tapa nas costas dela

- Menina você tá maluca? Tá rindo do que? - E eu continuava rindo como uma hiena enquanto as duas me olhavam assustadas.

- Anne, você tá bem? - Laura perguntou não sabendo se se tratava de brincadeira ou se precisava mesmo fazer alguma coisa, até que eu respirei fundo

- Nem eu sei do que tô rindo, desculpa gen... - E comecei a gargalhar como uma louca de novo

- Você pôs alguma coisa no café mãe? -
Bruna perguntou um pouco seria

- Eu juro que não. - Ela disse me olhando com estranheza. Respirei fundo mas não adiantou, continuei rindo, tentei respirar fundo de novo e voltei a ser sóbria

- Desculpa de verdade, eu não sei o que foi isso. Deve ser crise de risos sei lá. - Falei me controlando e então elas começaram a rir - Ah não. - Falei imaginando que elas estariam sem controle como eu, mas logo voltaram ao normal

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