Fascinação

A Proposta

Naquela noite de sábado, Emma saiu da delegacia exausta, depois de voltar do almoço com Henry e Regina, parecia que Seattle havia entrado em estado de alerta; muitas ocorrências e uma emergência que a fez ficar horas após seu horário. No entanto, Emma havia encerrado seu turno com a sensação de dever cumprido. Como fazia em dias assim, nos quais cada célula do seu corpo gritava as dores do cansaço exacerbado, Emma não foi para a mansão dos Swan, mas para seu apartamento, que ficava só a alguns minutos da delegacia.

Quando abriu a porta, Swan tirou a jaqueta, jogou seus pertences na mesa de centro e se deixou desmoronar no sofá. Ficou ali por cerca de meia hora, voando em pensamentos. Sorriu ao recordar da melhor parte de seu dia: a visita inesperada. — Jamais imaginou que os veria novamente e que seria de forma tão agradável — Emma não sabia o porquê, mas tanto Henry quanto Regina despertaram sua curiosidade, sua inexplicável afeição repentina. Henry, sem dúvida, por ser um garoto especial, carismático, mas sobretudo, por Emma se ver refletida nele, quando tinha sua idade; os mesmos sonhos inocentes: o de ser um super herói, de fazer o bem. Para Emma aquilo era sinônimo do coração carregado de boas intenções que Henry detinha. Já Regina, a loira ficava mais confusa. Sua impressão era de que já havia visto a morena antes, impressão essa que se realçou nos momentos que compartilharam.

Desanuviando sua mente, Swan se levantou do sofá, balançando a cabeça de um lado para o outro.

— Você está pensando coisas sem sentido demais, Emma Swan — Falou consigo. — Tudo que preciso agora, é banho e oito horas de sono. — Antes de rumar para o quarto, Emma pegou seu celular, sobre a mesinha de centro, dentre as muitas mensagens e ligações perdidas — a maioria de sua mãe —, verificou que havia uma mensagem de um número desconhecido por ela. Abriu de imediato. Não pode conter o sorriso ao verificar o conteúdo e o remetente daquela mensagem — "Eu não poderia deixar que quebre uma promessa, senhorita Swan. Ainda mais se ela foi feita ao meu filho." - Regina Mills — A loira respirou fundo, não poderia negar que se sentiu aliviada, pois, aquela mensagem significava um sim da parte da morena; ela poderia ver Henry novamente. Elas se veriam novamente. Sem perda de tempo, Swan salvou o número de Regina, mas não enviou nenhuma resposta, ela o faria, mas não agora.

***

— David, você não disse que iriamos atrás do presente máster de Emma... — Elsa revirou os olhos — Por que estamos neste bar?

— Porque é aqui que está o presente que darei à Emma. — O loiro diz com um sorriso sacana, sentando-se em uma das mesas.

— Aqui? Não entendi. — questiona em tom de confusão — David, não vá aprontar nada, você sabe que a Emma detesta surpresas. — Elsa pontua.

— Tenho certeza que essa, ela vai adorar. Eu só preciso achar a pessoa certa. — David passeia com o olhar a procura de uma garçonete. Ao avistar quem queria, ele imediatamente busca chamar sua atenção, levando alguns minutos para conseguir.

— David! — A linda garçonete de longos cabelos com as pontas vermelhas, lhe cumprimenta sorridente — Vocês aqui, e duas noites seguidas? — Complementa em tom brincalhão.

— Vê como são as coisas, Ruby? Acho que estou viciado no seu maravilhoso atendimento — Responde brincalhão.

— Desculpe a demora, mas hoje estamos com baixa no quadro de funcionários. — A garçonete relata, enquanto pega o bloco de pedidos — E então, o que vão querer?

— Eu quero um blueberry flutuante. Um não, dois. Por favor. — Elsa responde, ganhando o olhar incrédulo de David — O que foi? Eu realmente gostei daquilo — Elsa responde, fazendo referência à bebida da noite anterior.