Rotina e algo a mais

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A rotina do dia a dia, para muitas pessoas, pode ser monótona, cansativa e sufocante, mas para Regina Mills — apesar do cansaço recorrente das agitadas noites de trabalho —, o soar necessário do despertador, impreterivelmente às 6:45 da manhã, não lhe beirava ao suplício; pelo contrário, para Regina, era uma das melhores horas do seu dia. Sem fazer hora, a morena levantava-se e seguia para o banheiro, onde permanecia por alguns minutos fazendo sua higiene pessoal.

Durante cinco dias da semana, Regina fazia o mesmo ritual: saía de seu quarto e adentrava no dormitório que ficava ao lado do seu, caminhava pelo espaço — totalmente decorado pela temática do Harry Potter —, e seguia até a janela onde abria a persiana deixando que a luz do sol entrasse, clareando o ambiente.

Vagarosamente se aproxima da cama, sentando-se na beirada, não conseguia deixar de sorrir ao estacionar seu olhar sobre o leito e contemplar o pequeno corpo ressonando. Esse era um dos momentos mais preciosos para a morena, raramente tinha a oportunidade de colocá-lo para dormir, por isso, fazia questão de que o primeiro rosto que Henry visse ao abrir os olhos fosse o seu. Regina beijou a cabeça do garoto.

— Está na hora, meu amor. — Regina sussurrou próximo ao ouvido do menino, beijando sua face.

— Eu não quero ir à escola, mamãe. — Henry resmunga, manhoso. — Ainda estou com sono.

— Bem, então, eu suponho que tenhamos que suspender o game noturno do Harry Potter para que você vá para a cama mais cedo. — Regina diz, sabendo exatamente o efeito que isso causava em seu pequeno.

— Isso não vale, mamãe. — Henry fala, sentando-se na cama, esfregando os olhos e bocejando. Arrancando uma gargalhada da mulher.

— Venha! Vamos tomar um banho e escovar esses dentes, ou se atrasará. — Regina pega Henry nos braços e se dirige ao banheiro.

Banho tomado, uniforme colocado; coisas rotineiras para uma mãe, mas que para Regina chegavam a transbordar emoção; poder cuidar de Henry, lhe dar um beijo de bom dia, levá-lo à escola... Relembrou do quão difícil foi seu período de gestação e do terrível momento em que pensou que perderia seu bebê. Então, hoje, para Regina, ver um sorriso estampado na face de seu pequeno príncipe, era sua coisa favorita no mundo. Henry era a personificação real do sentido do verdadeiro amor.

— Por que está sorrindo, mamãe? — Henry a tira do transe.

— Porque você é o homenzinho mais lindo, charmoso... — Regina beija diversas vezes a face do filho, enquanto Henry ria do gesto carinhoso da mãe — E encantador que eu já conheci em toda minha vida. E porque eu te amo muito, muito, meu pequeno príncipe.

— Eu te amo mais! — Henry exclama.

— Não, eu te amo mais, Henry. — Era comum a brincadeira entre mãe e filho sobre quem amava mais quem, mesmo tendo a convicção de que tal amor é imensurável.

— Eu amo mais porque eu te amo além do infinito, mamãe. Então, eu ganhei. — Henry finaliza.

— Está bem, mocinho. Como sempre, você ganhou. — Regina diz, meneando a cabeça negativamente — Agora pegue sua mochila e vamos tomar café.

Henry pega a pequena mochila, personalizada de seus personagens favoritos e segundos depois, ele e Regina saem do quarto, rumando para a cozinha, onde encontram uma mesa já posta com uma variedade de frutas, sucos e pães.

— Bom dia meus, amores! — Cora diz, sorrindo ao visualizar a filha e o neto adentrando a cozinha.

— Bom dia, mamãe! — Regina cumprimenta, sentando-se em sua cadeira de costume.

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