A viagem

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################################Olá galera, começo o capítulo de hoje já me desculpando pelo atraso na atualização, eu tive o último mês bem corrido, não sobrando um tempo disponível para escrever esse capítulo, portanto, agradeço de coração à todos que leram, a todos que comentaram e que deram seu "gostei" no capítulo 26.
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No capítulo anterior:
Carmen, após contar aos "seus" filhos(Samuca e Elmo) as agressões que sofria do pai de Samuel, propõe à Dom Sabino que os dois vão morar longe, mas algo inesperado acontece.

Fique agora, com a atualização de hoje:

4 horas depois ouço a campainha....

-Carmen, o "símbalo".

-o quê amor?- acordo assustada, e vou rapidamente ao encontro da porta do quarto, e sinto Dom Sabino logo atrás de mim- acho que os meninos não ouviram.

-também acho que não Carmen- a gente vai o percurso em silêncio, e Carmen olha pela câmera disponível na parte superior da parede, e ve que era Vanda, eu fiquei mais tranquilo por segundos, mas logo ela vem com uma notícia não muito agradável.

-Vanda, entre!-falo lhe dando dois beijinhos e fechando a porta o mais rápido possível.

- Carmen, Dom Sabino, eu fui na sua casa Carmen, e o porteiro disse que você havia saído, e que não havia mais voltado, então imaginei que estaria aqui, Carmen o Samuel está?

-Sim, você quer falar com ele também?

-Não precisa Carmen, vamos deixar para falar isso a ele amanhã, Bem Carmen, como eu vinha dizendo, estou aqui com uma certa urgência-lhe entrego alguns papéis-, aqui consta um nome diferente na direção de posses da Samvita, e ele é o maior acionista presente no corpo da empresa, Carmen você e o Dom Sabino são apenas os compradores e não representantes de suas ações, lê aí!

Carmen então começa a ler sem entender muitas coisas, mas segue sua leitura um pouco espantada, digamos não tanto quanto a Vanda esperava.

Carmen, conseguiu entender?-falo em um tom de dúvida.

-sim Vanda, acontece que esse Nivaldo, é o pai do Samuel.

-como é que é Carmen?

Os dois se sentam na mesa e Carmen permanece de pé:

-então, há alguns anos, o pai do Samuel nos procurou, ele queria ter uma conversa com meu filho, se apresentar e essas coisas todas de pai que abandona na hora do aperto, e quando está crescido vem de atrás, eu me achei esperta e quis comprar o silêncio dele, mas como no dia eu não tinha dinheiro reservado em casa, eu passei para ele algumas ações, pouquíssima coisa. Porém, a capital de giro e a compra de ações é livre na empresa, e não temos o real controle de quem compra, vende ou distribuí em partes, para pessoas de total confiança, só ficamos sabendo através de reuniões e afins. Condignamente, ele agradeceu e foi embora, voltou agora tentando se reaproximar dele, bem ele ser dono de uma das ações não iria nos prejudicar, mas agora vejo que fiz burrada!- sento no sofá, um pouco mais longe deles e vejo Dom Sabino sentando ao meu lado, me dando ombros para encostar a cabeça.
-meu amor, a gente vai reverter isso, eu tenho um plano.

-como assim ?- Vanda e Carmen levantam rapidamente e preguntam espontâneamente a mesma frase.

Então......... Dom Sabino conta o plano e as duas se olham.

-você não terá ciúmes?

-desde que venha aqui para a casa de Samuel e aluga aquele apartamento para mim- olho para ela que faz uma cara feia por ter que vir morar com o filho, mas logo concordo com essa condição, é para salvar a Samvita.

-beleza Carmen, eu vou deixar vocês aí, os papéis eu levo para evitar algum conflito com o Samuel logo cedo- dou um sorriso amarelo e dois beijos no rosto de Carmen e a mão eu estendo ao Dom Sabino, logo mais já me vejo adentrando o elevador.

- que enrascada Dona Carmen.-olho para ela meio desaprovando as atitudes, mas eu entendo ela, faria de tudo para proteger minhas filhas.

-vem cá, me abraça- desabo a chorar, pois mais uma vez, vejo a Samvita ao rés do chão.

-vamos para o quarto, te faço uma massagem bem relaxante.-olho para ela com um sorriso, e profundamente em seus olhos, vejo ela se alegrar com a proposta.

- vamos- dou um selinho em seus lábios e pego em sua mão, desligamos as luzes e indo em direção ao quarto, sinto Dom Sabino me puxar até a varanda.

- o quê queres aqui?

-lembra do dia em que seu filho estava aqui com a Marocas?

- Lembro- dou um sorriso.

- vamos tomar um banho aqui amanhã, logo ao amanhecer?

-quer dizer, agora? Já está amanhecendo.

-não, mais depois, agora vamos para o quarto.

-claro.

Os dois vão em direção à porta e vêem que ela havia trancado, e não estava no manual.

-acho que ficamos trancados aqui.-dou um sorriso para ele- Amor?

O quê meu bem?-olho profundamente em seus olhos de jabuticaba.

- nós queríamos viajar, lembra? Você queria na verdade fugir, porque antes de colocarmos nosso plano em ação, a gente não vai para Gramando na Serra Gaúcha? Lá está quente de dia, mas pela noite a temperatura cai, ainda mais nessa época do ano.

- e temos dinheiro para isso?

-temos meu amor, por enquanto, não estamos no aperto, até o Nivaldo começar a por seus planos em prática.

- vamos amanhã cedo.

-por que não hoje a noite? Vamos, de avião e chegaremos lá mais rápido.

-avião Carmen?

- quando eu fiz minha primeira viagem, eu também tive medo, muito medo inclusive, mas depois acostuma, as 17h a gente vai para o aeroporto, reservo a passagem para nós dois pelo celular, e de Porto Alegre, a gente vai para gramado de táxi.

- é longe amor?

- uns 130km mais ou menos amor.

- e hotel?

- calma eu farei a reserva provisória para nós dois em um hotel de lá.

- está bem meu amor, agora venha aqui- puxo ela rapidamente- me beija?

-precisa pedir?- olho para ela com uma cara safada e lhe dou um beijo que é contribuído com mais beijos que ficamos ali por alguns longos minutos.


Carmino/ O Tempo Não ParaOnde histórias criam vida. Descubra agora