Capítulo 7

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O filho da puta me mandou tomar banho onde, claramente, era o banheiro dele

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O filho da puta me mandou tomar banho onde, claramente, era o banheiro dele. O diabo em pessoa. Não ousei entrar no ofurô que devia ter fluidos de todas as mulheres da cidade, preferi o chuveiro.

Sendo assim, fiz questão de usar todo o shampoo que estava à disposição e esvaziei o frasco do sabonete líquido — no corpo e, depois, no ralo. Tudo parecia ser muito caro, então eu o faria sofrer. Quando terminei o banho e parei diante do espelho, vi que sobre a bancada de mármore branco, havia oito frascos de perfumes diversos e fiz questão de perfumar o encanamento com um deles.

Enrolei-me num roupão, rezando para que estivesse bem limpo, e saí do quarto. Soube que Diavolo esteve rondando o recinto porque havia uma muda de roupas sobre a cômoda ao lado da porta. Puxei-a com pressa e voltei a me trancar no banheiro. Vesti a camiseta e a calça de moletom, sentindo-me bem com elas. Eram do meu tamanho, pelo menos.

Quando voltei a abrir a porta, passei com pressa pelo quarto e então, parei. Para onde iria? Não conhecia nada naquele apartamento e não sabia onde o diabo encarnado estava.

— Está com fome? — pulei com o susto ao ouvir a voz bem atrás de mim. Minhas costas se chocaram contra a parede e o encarei, ofegante. — Sua aparência está melhor, mas acho que antes de se deitar, deveria comer alguma coisa.

— De onde você saiu?

— Estava no closet.

Sem querer, meus olhos me traíram e correram pelo corpo escultural à minha frente. Pietro tinha trocado o terno por uma camisa surrada e uma calça de moletom. Portanto, tudo levava a crer que ele curtia mesmo aquele tipo de roupa. Era a primeira vez que eu via seus braços de fora. Estava sempre de terno e, mesmo no carro quando tirou o paletó, eu não cheguei a prestar atenção. A pele ostentava um brilho dourado e veias protuberantes tomavam conta de seus pulsos, estendendo-se até os cotovelos. Estava descalço e parecia quase normal. Quase, porque a aura de Don filho da puta ainda o cercava.

— Aceito a comida — disse, ajeitando meus ombros. — E prefiro conversar hoje mesmo, para poder ir embora o quanto antes. Assim que amanhecer, de preferência.

— São duas da manhã. — Ele simplesmente passou por mim e caminhou na direção do que eu esperava ser a cozinha. — É uma conversa séria demais para tratarmos a essa hora e, ainda por cima, com você estando alcoolizada.

Bufei, sentindo que ele estava me tratando como uma criança que precisava obedecer a ordens. Paramos no que devia ser a sala de jantar, com uma mesa parcialmente posta, com suco, pão e algumas frutas. Nem esperei me sentar antes de agarrar uma maçã e mordê-la com vontade. Diavolo se juntou a mim, puxando uma cadeira ao lado e esticando os pés sobre outra. Até os pés do desgraçado eram bonitos. E eu não conseguia acreditar que estava reparando nos pés dele.

— Por esta noite, você dormirá em meu quarto e eu ficarei no escritório. Amanhã vou providenciar uma cama para colocar lá e, aos poucos, transformaremos aquilo em algo parecido com um quarto de uma moça.

Engasguei com um pedaço de maçã e lacrimejei, achando que morreria. Por fim, quando consegui me recuperar, enxuguei os olhos e o encarei. Pietro tinha um rosto másculo, maxilar marcado e lábios tão delineados que faziam você sentir vontade de contorná-los com o dedo. O cabelo era da mesma cor que eu lembrava, um castanho médio que carregava um reflexo dourado igual ao de sua pele. E a barba. A barba! O homem era mesmo um diabo, com aquela penugem serrada que devia ser macia ao toque, mas áspera o bastante para arrepiar a pele.

Debrucei-me sobre a mesa e bati a testa no tampo de vidro, querendo morrer. Eu devia estar traçando uma rota de fuga, não delirando com a beleza de alguém que eu detestava.

— Acho que surtou por achar que ficarei nesta casa, sob o mesmo teto que você — comentei, de cabeça baixa.

— Você vai morar aqui, Giovanna — declarou a voz grossa ao meu lado. — Na nossa casa.

Ergui a cabeça com tanta pressa e força, que senti um choque no pescoço. Pietro exibia um olhar tranquilo demais para quem tinha acabado de pronunciar tamanha asneira. Será que tinham colocado alguma substância alucinógena na minha bebida e eu estava delirando? Será que eu ainda estava na boate, deitada em alguma poltrona, enquanto sonhava com Pietro?

— Nossa casa? Não somos casados. Aliás, não quero mais me casar com você.

A cadeira foi arrastada com rapidez quando ele se levantou, pairando sobre mim. O homem era alto e grande, obrigando-me a jogar a cabeça para trás e encará-lo. Espalmou as mãos no vidro da mesa e desceu o rosto para se aproximar do meu. Com a beleza que possuía, poderia se passar por um modelo fotográfico, caso não encarasse a pessoa nos olhos. Porque em seu olhar, estava estampado todo o poder que somente um chefe da máfia italiana poderia ostentar.

— Acho que não entendeu, então vou repetir — disse, ameaçador. — Sua casa será esta, sem negociação. E nosso casamento acontecerá tão logo complete dezoito anos. Não tenho o pulso fraco de seu tio, não tente me enfrentar. Eu estou sendo gentil e compreensivo por sua condição de órfã, mas não tolerarei esse comportamento por muito tempo. Posso vir a ser seu amigo, esposo e protetor. Ou posso me tornar seu pior inimigo, Giovanna. Sangue da Soprattutto corre em suas veias, portanto, deve respeito à famiglia. E eu sou seu Don. 

 

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Manda quem pode, obedece quem tem juízo, né? 

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Manda quem pode, obedece quem tem juízo, né? 

Eu só sei que de nada sei e não faço ideia de quem vai ganhar essa disputa. 

Não deixa de votar, please please please! E obrigadinha a todos que passam por aqui e deixam um comentário, tô amando a companhia ❤️

Eu volto no final de semana, ok? Algo me diz que vocês irão merecer o bônus.

Bjs!

Por hoje é só ;)

[DEGUSTAÇÃO] Chefe da Máfia - SOPRATTUTO LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora