Eu tô é morta porque fiz aquela pergunta e esqueci que tinha esse capítulo aqui já no rascunho kkkkkkkk Vamos fingir que não aconteceu nada e eu deleto aquele aviso lá! 😳
Vejam pelo lado bom da coisa, a bomba vai ficar toda pra amanhã. Não me batam!
Faltava menos de uma hora para pousarmos e Giovanna continuava dormindo. Ela tinha dito que morria de medo de voar e deixei que tomasse um calmante, capotando meia hora depois no sofá ao lado da minha poltrona. Bastava esticar o braço para tocar seu rosto, se quisesse. Estava deitada de lado, coberta com minha manta e abraçada a um travesseiro. Parecia um anjo de boca aberta, mas era uma verdadeira peste.
Afaguei seu cabelo, pensativo. Passei tantos anos digerindo o fato de que existia alguém no mundo que era minha dona, mesmo sem ainda ser. Quando pensava friamente no assunto, sentia-me mal pela diferença de idade, mas no fundo sabia que em algum momento, quando ela crescesse, não seria mais uma coisa absurda. Conseguia me enxergar casado com a dona dos olhos azuis, ciente de que minha vida nunca seria monótona ao lado de alguém tão impulsiva e enérgica. E agora, eu estava prestes a abrir mão dela. Cheguei à conclusão de que era mais fácil deixá-la ir. Não queria ser o responsável sua infelicidade e foi justamente como me senti durante os poucos dias de convivência. Acreditava em destino, em karma e sabia que, se fosse para acontecer, então aconteceria. Eu a soltaria e se ela fosse realmente minha, retornaria para mim. Quem saberia o que o futuro nos reservava?
Deixei que Giovanna despertasse por conta própria e próximo do aeroporto ela começou a se mexer. Sonolenta, sentou-se e olhou pela janela. Parecia distante e saudosa, mas não sabia dizer ao certo. Ouvi o som de sua respiração pesada e deixei meu tablet de lado para observá-la melhor.
— Dormiu bem? — perguntei ao ser o alvo dos olhos azuis.
Sem falar, ela balançou a cabeça e se espreguiçou. Senti vontade de tocar no cabelo bagunçado e dizer que ela ficaria bem, mas sabia que seria rechaçado. Ocupei-me em preparar minhas coisas e colocar o cinto quando o piloto avisou que estávamos liberados para pousar.
∞
— É exatamente como eu me lembrava — disse Giovanna, ao meu lado, enquanto olhava para a mansão Greco. — Engraçado que eu achava que a casa era grande porque eu era pequena. Mas continua sendo grande.
Minha mãe apareceu na porta, usando um vestido floral leve e ostentando uma rosa branca no cabelo ruivo. Seu jeito de dizer que estava feliz com meu retorno, pois começou a cultivar rosas brancas depois que nasci.
— Mio caro! — Ela levantou os braços e se aproximou. — Por quanto tempo pretendia ficar parado aqui fora enquanto eu esperava lá dentro?
VOCÊ ESTÁ LENDO
[DEGUSTAÇÃO] Chefe da Máfia - SOPRATTUTO LIVRO 1
RomanceLIVRO COMPLETO NA AMAZON. Aos sete anos, Giovanna Mancini foi apresentada ao homem com quem um dia se casaria, dezesseis anos mais velho. De uma família tradicional da Sicília, ela crescera sendo treinada para respeitar e obedecer ao futuro marido...