epílogo

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Julie

Um ano depois

Estava fechando a minha escola de línguas, quando ouvir Matt chamar meu nome. Sorrir, vendo que ele descia do carro e caminhava até mim. Tiro a chave da fechadura e olho para ele.

-- Olá, querida. Parece cansada -- Ele me beija de leve.

-- Ah, querido... -- solto um grunhido e perto os seus braços -- Está na hora.

-- Na hora de quê? -- pergunta lentamente. Reviro os olhos, antes de olho-lo diretamente, apontando para minha barriga enorme. Matt piscou, confuso.

As vezes ele era irritante.

-- Agora? -- pergunta como se tivesse se transformado em uma estátua.

--  Bem, do jeito que tive contrações o dia todo, acho que temos uns trinta minutos -- falo tentando manter a calma.

--julie, por que não me chamou? -- ele diz gritando. O pânico o domina completamente.

--  Para fazer o quê? Sentar em casa e ficar me olhando? Como minha mãe grudada em mim? --

-- Pode andar? -- pergunta saindo do transe.

--  E até dançar. Quer ver? -- provoco, ensaiando uns passos.

-- Cuidado! Pare com isso -- gargalho ao vê-lo tão apavorado.

-- Venha. Vamos buscar Camille -- digo o puxando pelo braço.

-- Não. O médico primeiro. Ricard pode pegá-la na igreja -- eu apontando para seu melhor amigo que estava encostado no carro do outro lado da rua.

-- Mas nós prometemos.

-- Ela terá que entender. Vamos. - Ele pega pelo meu braço, mas não me mexo -- Não vai discutir comigo agora, vai? -- digo firmemente -- Nós prometemos.

--- Por Deus, Julie! Vai ter o meu... o nosso bebê. Temos que ir.

-- Algum problema, sr. Cambridge? - pergunta Richard vindo ao nosso encontro.

Matt o encara, apavorado.

-- Ela está em trabalho de parto e não quer ir ao médico -- responde, apontando para mim.

-- Eu vou. Mas não precisa ter tanta pressa --no mesmo momento sinto a dor com mais uma contração -- Acho que é melhor ir. Pelo jeito, seu filho é tão impaciente quanto você, seu...

Matt não me espera xinga-lo, ele me ergue nos braços, e me coloca no carro. Do outro lado da rua, o policial Mário, surgiu.

-- Que tal uma escolta policial, Maty? - oferece. Como se realmente precisasse  em uma vila tão pequena.

-- Obrigado, Mario -- Matt responde, Sentado atrás do volante, com as mãos trêmulas. A contração veio. Esperava chegar até o outro lado antes que meu filho nascesse.

--  Não seja ridículo! -- falo, sem saber se sentia vergonha ou achava engraçado o policial abrindo caminho para eles, com a sirene ligada. Muitos amigos acenavam da calçada, desejando boa sorte.

Menos de uma hora depois, depois de pegar um lancha e ir para o hospital da cidade. Matt segura o filho nos braços. Eu praticamente dei à luz na porta do hospital, e agora estava sentada na cama, com Camille ao lado.

Matt coloca o bebê nos meus braços, Camille se senta ao eu lado beijando o seu irmão na testa e contando os dedinhos do bebê.

---  Eu te amo -- sussurrou Matt, beijando-me apaixonadamente -- Obrigado. Ele coloca um anel na minha mão direita. Observo os com diamantes, com pedras azuis, quase igual  do nosso casamento.

--- Por que outro anel? -- pergunto confusa.

-- É por Camille. Você é mãe que ela sempre sonhou -- As lágrimas inundaram meus olhos, e o beijei, repetindo quanto o amava, e como jamais poderia ser tão feliz.
Eu agradeço a Deus pelo meu presente. Por vê que existe e sempre vai existir uma luz no fim do túnel.

Os meus sonhoshaviam se tornado realidade, e a prova estava ali, naquele quarto. Meu filho. Eu havia perdido um e ganhado dois.

Matt abraçou sua família, os longos momentos de escuridão afastados para sempre. Eu sabia disso. Ele tinha sido um homem amargo, triste, isolado em sua torre. E eu não sabia quem eu era, só queria fugir e me esconder.

Mas Camille chegou, com sua Bíblia nos braços. E nos forçou a viver novamente e a agradecer por todos os presentes que Deus podia nos dar.

Matt  Olhava para a mim e os filhos, eu entedia diante do seu olhar que ele ele reconhecia como o amor podia ser maravilhoso e agradecia pelo dia em que, eu e Camille entramos em sua jaula e o resgatamos com a ajuda de Deus. Ao amar, ficou livre... A fera tinha sido salva e recompensada com Seu amor por todos os sacrifício que fez na vida. Porque não há nada mais satisfatório que doar-se pelos outros, mesmo que custe sua própria vida.

*    *    *    *
FIM

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