Capítulo 11

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Julie

Apesar de uma dor de cabeça insistente, cumprir a promessa de levar Camille a cidade. Ela adorou e logo sorria novamente. Para e mim, no entanto, sorrir exigia esforço.

As pessoas eram muito simpáticas. Comprei um sorvete para ela e caminhamos pelas ruas.

-- Julie... uma igreja... vamos? Devemos entrar! -- falou empolgada.

-- não tenho certeza -- falei receosa.

-- eu tenho muito a agradecer. Você não têm? -- perguntou curiosa.

Balancei a cabeça confirmando. Ela sorriu. Caminhamos para a pequena igreja. Camille entrou primeiro, não tive poções até segui-la.

Havia algumas dezenas de pessoas. E um homem moreno, estava a frente. Ele estava casual, talvez tivesse uns quarenta anos. Parecia que estava pronto para a praia. Se bem que... morar nessa ilha, deveríamos acordar pronto para isso.

-- não seja uma pessoa que cai se acomoda pelo chão. Que em meio as dificuldades se deixa aforgar por elas. Não seja alguém que atrapalha a caminhada de fé de alguém. Se aquele que traga seu irmão do escuro. Seja alguém capaz de transmitir a Luz de Jesus Cristo. Faça sua vida falar a pena. Então quando você estiver diante das dificuldades estará pronta para lutar. Decida buscar a Luz de Jesus Cristo e espalhar para quem não tem.

Meia hora depois sairmos da igreja. Já era tarde e começava a escurecer. Camille me pediu diversas vezes para voltamos outro dia. Não tive como recusar. As palavras daquele homem rodeavam a minha mente e o meu coração.

Depois de um jantar leve, um banho e algumas histórias, Camille adormeceu, então fiquei sozinha no andar térreo, na biblioteca de Matt. Tinha encontrado uma caixa na garagem, com papéis e fotos antigas, e esperava encontrar uma foto do pai e da mãe juntos para dar a Camille. Tinha certeza de que isso daria à menina mais segurança e conforto.

Enroscada na poltrona de couro, com um copo de Coca-Cola ao lado, examinei as pilhas de fotos e papéis. Alguns eram muito velhos, estavam grudados e estragados pela umidade. Então encontrei um envelope plástico com recortes de jornal. Espalhei sobre a escrivaninha, peguei o maior deles.

A manchete dizia: Empresário Matt Cambridge envolvido em acidente de carro.

Havia a foto de um carro, todo retorcido e ainda preso às ferragens do outro carro. Podia imaginar que os pedaços do carro tinham sido cortados para tirá-lo de lá.

Então, li artigo sobre o acidente.

Uma mulher grávida e tinham sofrido em um viaduto de Nova York. O carro ficou suspenso. Matt entrou no carro e retirou sua esposa grávida. Havia outro carro, também envolvido no acidente, as pernas da criança estavam presas. E o carro estava em piores condições do que de sua esposa. Testemunhas tinham relatado que ele tentou empurrar o carro para que ele não caísse nos trilhos que havia embaixo. Depois de alguns minutos, conseguiu salvar a pobre criança.Mas o tempo não fora suficiente para que escapasse. O carro caio com toda a força, e segundo as testemunhas, ele foi retirado das ferragens do carro, pouco depois de uma explosão.

Minhas mão tremiam ao ler o artigo. Havia outros que falava dos negócios, dos prêmios que Matt recebera e das atividades filantrópicas que costumava realizar.

No fim da página havia uma foto dele, incrivelmente bonito e atraente, de smoking, e ao lado, a foto da maca na qual fora transportado para a ambulância. O lado esquerdo e a cabeça estavam cobertos. O braço pendia, coberto de sangue, a na mão apenas era visível o anel de sinete.

Peguei outro artigo. Ele foi gravemente ferido, dizia a manchete. Matt saiu do hospital, dizia outra. Cirurgiões plásticos diziam que os danos foram grandes demais. Ele recusa-se a dar entrevistas.

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