🏡 Vizinho parte 2 || Imagine Coringa 🏡

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- Você sabe o nome dele?- Minha mãe perguntou, enquanto tomava café da manhã comigo.

- Eu acabei esquecendo.- Disse bebendo o café o mais rápido possível, estava atrasada, de novo.- Fiquei prestando atenção em outra coisa...

- No que?- Perguntou.

- No que o quê?- Perguntei confusa.

- No que você prestou atenção?- Perguntou parando de comer.

- Mãe, você já viu a cara do nosso vizinho? Você, pelo menos já viu ele?- Perguntei, não era possível ela não ter visto as enormes cicatrizes que o nosso vizinho tinha no rosto.

- Na verdade, não.- Falou.- Só vi o carro da mudança e ouvi umas fofocas dizendo que era um rapaz.

- Entendi. A senhora também ouviu se ele...Sofreu algum tipo de acidente?- Perguntei.

- Acidente? Do que está falando?- Me olhou confusa.

- Nada não.- Terminei de comer e coloquei o prato e a xícara na pia.- Estou atrasada, amo muito a senhora.

Dei um beijo em sua testa, peguei minha bolsa e comecei a andar apressada até a saída de casa.

- Mãe, só toma cuidado com ele, tá? A gente ainda não conhece ele direito, e eu tenho minha dúvidas.- Falei antes de fechar a porta.

Andei apressada até meu carro surrado, era a terceira vez nesse mês que eu chegava atrasada no meu trabalho. Se não fosse pelo fato do meu chefe gostar muito de mim, eu com certeza estaria na rua agora.

- Vai pro trabalho?- Ouvi o vizinho perguntar do seu quintal. O xinguei mentalmente, estava quase entrando no carro, apenas segurando a porta.

- Sim. Você não trabalha?- Tive que ser a mais grossa possível para ele me deixar em paz.

- Eu sei que fui um pouco mal educado ontem, mas não precisa revidar assim. Trabalho sim, obrigado por perguntar.- Falou.- Aliás, a torta estava deliciosa.

- Não agradeça a mim, agradeça a minha mãe. Eu sou péssima na cozinha.- Falei, olhei para meu relógio de pulso e me assustei.- Eu preciso ir agora, estou super atrasada! Até mais!

- Te vejo daqui a pouco.- Falou.

Entrei no carro o mais rápido possível, e fui catando pneu na rua.

••••••••••

Respirei fundo encostando minha cabeça no volante. Hoje eu quase fui demitida pelo meu chefe, foi por muito pouco. Trabalhar em um banco muito conhecido no outro lado da cidade é um porre.

Desligo o carro, pego minha bolsa e saio dele até minha casa. Meus saltos altos batiam forte no chão, e toda hora eu puxava minha saia para baixo. Tirei as chaves da minha bolsa, mas ela já estava aberta.

Um arrepio passou pela minha espinha, eu dizia para a minha mãe nunca deixar a porta aberta de noite. Podemos até morar em uma cidade pacata longe de Gotham, mas bandido não tem endereço.

Abri a porta lentamente, e fui silenciosamente até a cozinha, que tinha a única luz ligada. Rezei para que nada acontecesse a minha mãe. Deus sabe o quanto eu não vivo sem ela.

Quando fui me aproximando, ouvi risadas da minha mãe e de outra pessoa. Mais um arrepio. Era de um homem.

Entrei na cozinha e dei de cara com minha mãe na cozinha mais o vizinho.

- O que você está fazendo aqui?- Perguntei.

- S/N!- Minha mãe me repreendeu.

- Não, esta tudo bem senhora S/S. Eu vim aqui agradecer a sua mãe pela torta, você mesma pediu isso hoje de manhã.- Falou na maior naturalidade.

Olhei confusa para ele e para minha mãe. Mas que filho da puta.

- Eu falei para a senhora não deixar a porta aberta a noite.- Falei.

- Querida, o que pode acontecer? Um assassino famoso vir até minha casa me matar?- Falou.- Nós não moramos naquele hospício chamado Gotham.

- Mas estamos do outro lado da ponte dela.- Falei.- Temos que ter cuidado mãe.

- Sua filha tem razão. É melhor eu ir, está ficando tarde.- Falou.

- Ah Jack, está muito cedo ainda!- Minha mãe falou.- Fique por mais alguns minutos.

Jack? Então esse era o nome dele? A conversa dos dois deve ter durado muitas horas.

- Se a senhora insiste, mas eu acho que a sua filha não gosta da minha companhia.- Olhou para mim.

Respirei fundo, tentando tirar meu stress em vão.

- Quem manda nessa casa não sou eu mesmo.- Falei.- Vou tomar um banho.

Subi as escadas até o banheiro, e fiquei por lá por uns 5 minutos. Mas foi o bastante para aumentar minhas dúvidas. Algo nesse cara me parece muito suspeito. Não só pelas cicatrizes, mas pelo seu jeito. E eu não vou desistir de saber o que é.

Depois de me arrumar, fui até a cozinha, e ele já não estava mais lá.

•••••

Prometo que o próximo capítulo vai ser mais interessante. Ao

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