🏡 Vizinho parte 6 || Imagine Coringa 🏡

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Eu não sei exatamente o porquê deu estar indo em direção a casa do meu vizinho, mas eu só sei que estava. Talvez seja a minha vontade absurda de contar para alguém, que não fosse minha mãe, sobre o ocorrido ontem.

E pra falar a verdade, eu até agora não me recuperei. Só de pensar naqueles olhos psicodélicos me olhando, me dá uma ânsia de vomito.

Encontro os olhos de Jack quando ele abre a porta. Ele parecia preocupado, o que me deixou confusa.

- Está tudo bem com você?- Perguntou.

- O que?- Perguntei confusa. Dês de quando ele começou a se preocupar comigo?

- Soube o que aconteceu ontem. Passou nos jornais.- Continuou.- O palhaço roubou o dinheiro do banco que você trabalha, fez vocês de reféns. Estou perguntando se está tudo bem com você?

- Ah, sim, está.- Disse.- Não sabia que você via os jornais.

- Eu não sou um homem das cavernas. Vem, entra.- Deu passagem para mim.

- Não foi isso que eu quis dizer, é só que...Você está cozinhando algo?- Perguntei sentindo o cheiro maravilhoso de almôndegas.

- Sim, achou que quem ia fazer minha comida?- Foi em direção a cozinha.- Pode vir.

Entrei na cozinha juntamente com ele. Pelo que parecia, ela era o único lugar da casa sem os quadros esquisitos. Era uma daquelas bem estilo americana. O cheiro de almôndegas no fogo deixaram minha boca salivando.

Para minha surpresa, Jack pegou um avental e ficou na frente do fogão, mexendo em algumas panelas lá. Nunca passaria pela minha cabeça que ele sabia cozinhar, pra mim ele sempre saía para um restaurante. Ele até parecia um pai de família fazendo uma comida para seus filhos.

- Como ele é?- Jack interrompeu meus pensamentos sobre ele.

- Quem?- Fiquei confusa.

- O palhaço, como ele é?- Olhou pra mim por um instante, mas depois voltou sua atenção ao forno.

- Ele é...- Tentei encontrar a palavra.- Ele é difícil de decifrar.

- Defina " Difícil de decifrar".- Falou.

- Bem, eu não sei. Mas eu senti muito medo na hora.- Falei me lembrando, me sentei na cadeira do balcão, olhando ele cozinhar.- Eles sabiam meu nome, e coisas muito pessoais minhas. Isso não é muito estranho?

- Com certeza. Até porque você é um livro fechado a mil chaves.- Apagou o fogo de apenas uma das panelas e olhou para mim, secando suas mãos com um pano de prato.

- Obrigado por me elogiar.- Ironizei.

Sorriu sem mostrar os dentes. Tinha alguma coisa nesse homem que me intrigava, e não, não eram as cicatrizes.

- Gostou do quadro?- Perguntou do nada.

Me lembrei que ele foi a primeira coisa que encontrei em minha casa. E eu estava linda nele, o que me surpreendeu, já que aquela era uma visão de Jack e não minha.

- Adorei.- Falei.- Fiquei mais bonita do que o normal.

- Mas você é bonita.- Voltou para as panelas.

Fingi não me importar com o comentário.

- Obrigada.- Ri.- Mas é sério, eu não quero ver você me pintando de novo.

- Já disse que eu não prometo nada.- Avisou

- Engraçadinho.- Falei.

Ficou um silêncio desconfortável, eu não sei por que isso acontecia só com ele. Comecei a puxar meus lábios, era uma mania que tinha.

Fragmentos da tarde passada passaram pela minha cabeça, até hoje minhas costas doem. Um cliente morrendo, me levando para abrir o cofre, eu conhecendo o Coringa, saber que de alguma forma ele já me conhece. Eu realmente queria que tudo aquilo fosse um sonho. Agora o banco aonde eu trabalho está devendo milhões, e eu tenho que trabalhar mais ainda.

Com todos esses pensamentos , puxo demais a pele dos meus lábios, arrancando uma quantidade bem grande deles. Dou um gemido de dor e sangue começa a sair.

- O que foi?- Jack saiu de frente do forno e atravessou o balcão, me analisando de frente.

- Cortei meus lábios.- Choraminguei.

O sangue abundante escorria pelo meus lábios até meu queixo, comecei a ficar preocupada.

- Ai meu Deus, você tem algum guardanapo, ou coisa parecida?- Perguntei desesperada. Mas Jack ficou apenas parado me analisando.- Você tá me ouvindo? Eu tô sangrando Jack!

Ele umideceu seus lábios com sua mania desgraçada. Sua pele era iluminada pela luz artificial da cozinha.

Ele está realmente perto - A pouco centímetros do meu rosto - minha respiração estava inrregular enquanto ele admirava o líquido florescente que descia pelo meu queixo.

Ele segurou meu queixo, o puxando um pouco para baixo separando meus lábios.

- Jac- Não consegui chamar a sua atenção por completo, porque meus olhos se arregalaram em um imenso choque quando seus lábios cicatrizados me beijaram.

O Beijo se misturava com o gosto metálico do sangue na minha boca. Sua língua quente penetrava em minha boca com uma mistura de sabores. Meu cabelo foi puxado delicadamente por suas mãos. O beijo foi ficando cada vez mais selvagem. O arrepio do toque de um homem em minha pele finalmente voltou.

Minhas mãos gloriosamente encontraram seus cachos loiros, que se enrolavam em meus dedos. Alguns gemidos saiam de meus lábios durante o beijo. A ardência de meus lábios machucados com os seus daria uma poesia.

Jack segurou minha bochecha, me trazendo para mais perto. De repente, meu lábios se separaram dos deles, perdendo a sensação gloriosa que eu não sentia a muitos anos atrás.

Ele abriu seus olhos, me olhando com a respiração acelerada por alguns segundos. Sua atenção foi de encontro com meu pescoço.

Lábios com cicatrizes grotrescas sugavam delicadamente meu pescoço. Dentes afiados me mordiam, tirando contorcidas minhas.

- Porra...- Sussurrei com seu toque agressivo em meu pescoço, que deixaria evidências amanhã. Só imagino as inúmeros perguntas da minha mãe.

Ele soltou um gemido grosso abafado em meu pescoço, trazendo vários arrepios. Suas mãos desesperadas se aventuravam por toda parte do meu corpo, até pararem perfeitamente em meus seios, os acariciando.

Gemi com suas mãos, ainda em cima da pano grosso que infelizmente eu me vestia, acariciando meus seios.

- J-jack...A-as almôndegas.- Tentei avisar da comida que estava no fogo.

- Eu já estou cuidando delas.- Disse fazendo uma piada com meus seios.

- Estou falando da comida.- Falei.

Ele parou seus movimentos e xingou, indo em direção do fogo e apagando o fogo das panelas restantes.

Meu coração estava acelerado, não acreditava no que tinha acabado de acontecer. É mesmo verdade que meu vizinho tinha acabado de me pegar na cozinha de sua casa?

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Hihihihihi

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