🔬Trabalho de ciências Parte 4/ Peter Parker 🔬

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Eu não vou mentir, fiquei pensando naquele quase-beijo por semanas. O que é no mínimo estranho, já que eu nunca tive sentimentos pelo Peter. Deve ser os hormônios, acho que vou menstruar.

Suspiro e me jogo na cama desarrumada, olhando para a lua que estava se escondendo de trás de um prédio na minha janela.

Como eu pensei em beijar o Peter? Ele é apaixonado pela Liz, além de que somos melhores amigos desde o 9° ano, nunca aconteceu isso antes. Bem, teve uma cena em que eu quase vi ele nu quando eu fui fazer uma visita surpresa, mas eu gritei e corri para a minha casa sem explicar pra May o que aconteceu, e não falei com ele por semanas.

Tirando essa memória constrangedora, nunca rolou nada. Nem uma troca de olhares...dele. É difícil saber o que passa naquela cabeça oca.

Faço um beicinho em meus lábios e fico de cabeça baixa na ponta da minha cama, com a barriga pra cima. Pego um espelho de pó do meu lado e me vejo. Tecnicamente eu não era feia, eu diria que eu sou arrumadinha até. Acho melhor pegar o meu óculos.

Eu o tiro do meu moletom que ficou manchado de água sanitária na minha primeira vez lavando minhas roupas, quando a máquina quebrou. Minha mãe tinha esquecido que água sanitária era somente para as roupas brancas, somente para roupas brancas. O moletom era azul escuro.

Coloco meu óculos vermelho na minha cara. Ok, eu não era arrumadinha. Fiquei com muita cara de nerd, o óculos nem era tão estiloso. Um retângulo sem graça.

Peter não iria se apaixonar por isso. Ele prefere garotas magras e populares, do que uma meia mexicana desarrumada que andava sempre com os cabelos bagunçados.

Meus olhos começaram a encher de lágrimas e comecei a soluçar. Eu queria ser igual a Liz, perfeita.

Até que eu ouvi um barulho alto na minha janela, e automaticamente meu corpo foi ao chão, como um mortal desagradável, batendo minha cabeça que estava de cabeça pra baixo e derrubando meu pó e o espelho, que se derramaram no chão.

Soltei um gritinho.

- Que merda é essa? Quem tá aí?- Gritei me levantando rapidamente do chão, me encostando na cama e olhando a janela assustada.

Me deparo com uma figura. Na minha janela. Meia noite. No escuro. Uma jovem virgem do outro lado.

Um estuprador.

A figura abriu minha janela e começou a entrar no meu quarto. Eu tinha esquecido de fecha-la, parabéns S/N.

Soltei um grito e corri para o taco de baseboll que o meu pai tinha me dado de presente da minha festa de  15 anos. Ainda gritando, meti o pau naquele homem desconhecido.

- Sai.Daqui. Seu. Bandido!- Falei a cada batida.

- AI! O que você tá fazendo??- Falou o homem.- Sou eu S/N! Peter!

Parei com o taco no ar, o olhando confusa.

- Peter?- Perguntei.- O que você tá fazendo aqui?

- Eu vim da uma visita.- Falou simplesmente.

- Uma visita? A meia noite? Nesse breu?- Abaixei o taco.

- Eu impedi um assalto no seu bairro, podia me dizer pelo menos um obrigado.- Falou se sentando na minha cama e tirando a máscara, cansado.

- Eu não sou obrigada a dizer obrigada pra você não.- Falei.- Você invadiu minha casa. Eu pensava que era um estuprador.

Escutamos uma porta se abrindo e logo em seguida meu pai falando.

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