🔵Eu ( não) preciso da sua ajuda / Imagine Erik ( X-MEN) 🔵

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 IMAGINE PEDIDO POR @Rafaelaoliveira18539

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O mundo estava caindo lá fora, e eu bebia meu chá de menta calmamente. A chuva era forte e bem alta, quase que não dava para ouvir a minha novela, mesmo com o volume mais alto que o normal.

  Ouço batidas na porta e logo levo um susto. Deixo a caneca na mesa de centro e vou até a porta desconfiada. Olho pelo olho mágico e me espanto quando o vejo.

Abrindo a porta rapidamente dou de cara com uma figura molhada pela chuva, olhar triste e tremendo de frio. Tinha alguma coisa acontecido com o Erik.

- Erik?- Pergunto confusa.- O que você está fazendo aqui?

- Eu preciso da sua ajuda.- Ele fala tremendo.

Dou espaço para ele entrar e logo começo a procurar uma toalha seca em meu armário. Ele poderia pegar um resfriado, o que seria nada bom.

- O que aconteceu? Você nunca mais me visitou...Faz tantos anos.- Digo entregando a toalha para ele, que logo começa a se enxugar.

- Minha...Minha família foi morta.- Ele fala com voz de choro. Eu sabia que ele queria chorar.

Erik tinha uma família? Esposa? Filha? Filho? Faz tanto tempo que não o vejo, que nem ao menos sei quantos anos ele tem mais...Só de pensar em ele se divertindo com outra pessoa, me deixa tão pra baixo.

O que estou pensando? Ele acabou de perder sua família! Tenho logo que esquecer todos os nossos momentos juntos, aquilo foi passado. Agora somos responsáveis pelos nossos atos.

- Erik eu...Eu não sabia. Como isso aconteceu?- Falo preocupada.

- Eu não quero falar sobre isso.- Ele fala me olhando, me sinto triste vendo ele assim.- Eu não tenho mais aonde morar. Eu estou sozinho.

- Você não está sozinho.- Falo confiante.- Você tem a mim e...Ao Natal.

Eu olho para o gato dormindo no sofá, ele estava velho, mas pelo menos guardou os meus momentos com o Erik.

- Você quer um banho quente? Um chá quente? Uma roupa macia? Só me diz do que você precisa.- Falo.

- Eu preciso de você.- Ele fala com a boca entre aberta, olhando meus olhos sem tira-los de vista.- Eu preciso de você Sn. Só você para me acalmar.

Arregalo os olhos com a sua fala. Um silêncio perturbador aconteceu na pequena casa. Ele não tinha esquecido de mim?

- Eu vou preparar um banho pra você.- Falo olhando para baixo e já indo até o banheiro.

Entro no banheiro e ligo a torneira com a água quente, enquanto estou agachada, vários pensamentos entram em minha cabeça.

Eu deveria estar feliz pela morte da sua família? Por causa de uma miserável chance de volta?

Respiro fundo e mordo meus lábios. Ele não tinha mudado em quase nada. Estava acabado, a perda da família sem dúvidas o deixou assim. Mas ele continua sendo o Erik que eu me apaixonei a anos atrás.

Ele tinha feito uma família, enquanto eu vivi sozinha todos esses anos só sendo acompanhada pelo natal.

Desligo a torneira e volto a sala. Erik estava acariciando natal, que ronronava.

- A banheira já está quente.- Falo cruzando os braços um pouco sem graça.

Ele para o que está fazendo e eu o levo até o banheiro, mesmo sabendo que ele já sabia aonde era.

Claro, esse era o nosso local preferido no sexo.

- Obrigada.- Ele fala me olhando e logo entra no banheiro, trancando a porta.

                     ×××

Estávamos jantando em silêncio, só podíamos ouvir o barulho dos grilos lá fora. Nem mesmo Natal deu um sequer barulho, estava estranho e me incomodando.

- Sinto muito pelo que aconteceu Erik.- Falo o olhando.

Ele para de comer e me olha. Eu sabia que ele não queria conversar, mas eu tinha que saber o que exatamente aconteceu.

- Não é sua culpa. Não foi você que as matou.- Ele falo continuando a comer.

" As matou" . Então ele teve uma filha, com certeza deveria ser linda. Eu sempre imaginava como seria nossa família, nossos filhos...

- Como eram os nomes delas?- Pergunto.

Ele não me respondeu. Mas respirou bem fundo e tentou seguir em frente.

- Magda e Anya.- Ele fala sem me olhar.

- Com certeza eram adoráveis...- Falo.- Sinto muito. Muito mesmo.

- Tem como parar com isso!?- Ele levanta o seu tom de voz.- Para de fingir que se importa, você nem ao menos as conhece!

Arregalo os olhos com o seu tom de voz e sua ignorância. Ele acha mesmo que eu estou fingindo meus pêsames?

- Você acha mesmo que eu não estou me sentindo mal pela morte da sua família?- Pergunto.

- Sim! Eu acho! Acha mesmo que eu vou esquece-las de uma vez e vamos parar na cama!?- Ele fala furioso.

Meu sangue começa a ferver de raiva. Eu sabia que Erik tinha um problema sobre o seu comportamento com as pessoas, mas achar que eu me ofereço desse jeito já é demais.

- Pelo menos você teve uma família!- Grito me levantando.- Eu não sou esse tipo de pessoa que você está pensando que eu sou Erik! Eu só quero te ajudar!

- O meu nome é Magneto!- Ele grita se levantando também.

No mesmo instante o abajur florido que minha vó me deu, minha televisão e as luzes da casa explodem, deixando um completo breu. Solto um mini grito de espanto e olho para todos os lados. Sorte a minha que o escuro disfarçou meu medo.

Corro até o armário com dificuldade e consigo achar uma vela quase acabando. Consigo achar uma caixa de fósforo e acendo a vela.

- Me desculpe.- Eu falo sem o olhar nos olhos.

- Pare de dizer sempre desculpas! Essa sua mania me deixa irritado!- Erik começou a falar.- Você acha que é culpada por qualquer coisa, mas você não é! Eu que sou! Eu matei pessoas, eu perdi minha família, e fiz com que outras pessoas também perdessem. Você não me entende. Você não pode me ajudar!

- Eu posso sim! Eu posso te ajudar!- Falo sentindo lágrimas saindo dos meus olhos.- E você também pode me ajudar.

- Você é feliz sem mim.- Ele fala.

- Não...Eu não sou. Eu era feliz, feliz com você!- Falo começando a soluçar.- Erik por favor...

- Eu já disse que o meu nome é Magneto.- Ele fala sério.

- Onde está o Erik? Aonde está o Erik que me ajudava a solucionar tudo da minha vida, me fazendo feliz? Aonde está o Erik que eu amo...?- Falo tentando ao máximo não me derramar nas lágrimas.

Ele não me responde, só simplesmente começa a andar até a porta da minha casa em silêncio. E abre a porta me encarando.

- Ele morreu.- Ele fala por fim.

- ERIK!- Grito correndo deixando a vela já acabando cair no chão, tentando o ao cansar antes que ele feche a porta, mas não consigo. Deslizo pela porta agora fechada me derramando nas lágrimas.

- Erik...Por favor, volta.- Sussurro.

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