《 Número seis 》

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- Quando tiver um tempo me liga! - beijou e pegou a bolsa para ir embora.

- Eu te amo! - falou enlouquecido por ela.

- E eu a você, meu amor! - beijou seus lábios e o deixou ali suspirando por ela e se foi.

Eram tão maravilhosos aqueles momentos que não se preocupava com a situação em que viviam apenas queriam aquele amor e desejo de sempre...

(...)

NOITE...

Victória adentrou o restaurante e logo avistou a Osvaldo sentado em uma mesa, sorriu ao metre e se encaminhou até ele, ele sorriu ao ver a sua mulher e levantou a beijando na boca, estava linda como sempre e com um perfume maravilho e ele se sentiu o homem mais sortudo do mundo ao tê-la a seu lado. Ela sorriu e sentou com ele puxando a cadeira para ela e depois de mais um cheiro nela sentou.

- Me desculpe à demora, mas eu perdi a noção da hora com Heriberto! - tomou da taça dele a água estava com sede.

Osvaldo naquele momento sentiu uma coisa tão estranha que nem pode explicar, mas saber que ela estava com Heriberto todo aquele tempo mexeu com seus sentidos, em sua mente muitas cenas veios e ele respirou pesado, imaginou tantas cenas dos dois na cama que ele perdeu os sentidos e nada mais ouviu do que ela falou. Sua mulher tinha dito que o levaria apenas ao hotel e tinha passado todo o dia juntos? Que tipo de brincadeira era aquela?

Passou as mãos no cabelo e ela percebeu que algo estava errado, segurou a mão dele, mas ele recuou a mão sentindo ódio e muito mais muito ciúme dela.

- O que estava fazendo com ele todo esse tempo? - a voz era rude.

Victória no mesmo momento elevou a sobrancelha o encarando, que merda de pergunta era aquela? Ele estava mesmo desconfiando dela? Molhou os lábios e o encarou.

- O que está pensado? - falou no mesmo tom que ele mais baixo.

- Você, não me respondeu o que te perguntei! - falou mais ríspido ainda.

Victória naquele momento entendeu que a noite estava perdida e se armando de um valor que era dela e ele não iria tirar nunca.

- E nem vou responder por que você não está perguntando e sim insinuando, então não te darei nenhuma resposta a sua pergunta!

Osvaldo bufou e o primeiro garçom que passou ele pediu uma dose que uísque e o deixou ir, seus olhos voltaram aos dela e ele falou com raiva.

- Eu sou seu noivo e tenho o direito de saber o que estava fazendo com outro homem que não era eu! - falou mais alto.

- Primeiro você baixa a voz pra falar comigo e segundo, você, não tem o direito de duvidar de mim somente porque é meu noivo! - bufou torcendo a boca de raiva.

O garçom trouxe o copo dele e se retirou, Osvaldo sorveu tudo em um gole só e a encarou com mais raiva, ela não podia levantar a voz para ele daquele modo. Ele era o homem da relação e merecia respeito.

- Eu quero saber o que estava fazendo com ele, Victória! - bufou.

- Eu já disse que não direi nada enquanto estiver assim desconfiando de mim! - foi firme e pegou o cardápio para escolher o que jantaria. - Eu não vou permitir que duvide de mim!

Osvaldo perdeu totalmente o controle de suas ações e se colocou de pé e de imediato ela o olhou, se ele fosse embora as coisas iriam ficar ainda pior para ele, ela não era uma mulher para ser deixada em um restaurante cheio e ela sentenciou ali baixo com algumas pessoas já olhando para eles.

- Se for, Osvaldo, você pode considerar esse casamento terminado, porque eu não vou ser deixada por um homem como você aqui!

- Que tipo de homem eu sou? O que quer saber o que a grande senhora estava fazendo com outro homem a tarde inteira? - não aguentava segurar sua voz.

Victória se colocou de pé e disse apontando o dedo para ele.

- O tipo de macho escroto que desconfia da própria mulher e se é com esse tipo de homem que eu vou ter que passar o resto de meus dias... - suspirou. - Eu prefiro ficar sozinha! - pegou a sua bolsa e segurou entre os dedos. - Essa noite pra mim acabou! - e sem mais ela saiu dali o deixando para trás.

Osvaldo foi para ir atrás dela, mas precisava pagar a conta e deixou o dinheiro com o homem e foi correndo a ela que já entrava no carro para ir embora.

- Victória, você não vai me deixar falando sozinho aqui! - ele gritou puto da cara com aquela situação toda.

Ela abaixou o vidro e o encarou com raiva.

- Pensasse nisso antes de me ofender! - colocou o cinto. - Eu sou Victória Sandoval e não uma rameira qualquer que um dia você possa ter levado para a cama! - cuspia as palavras com ódio. - E você nunca vai comandar a minha vida, por que eu te devo lealdade e fidelidade, não tenho que aguentar seus ciúmes infundados! Eu não saio todo dia te perguntando com quantas mulheres esteve e nem o que fizeram. isso se chama confiança meu amor e se você não tem em mim, isso acabou! - ligou o carro e saiu dali o deixando gritar por seu nome.

Osvaldo correu para seu carro e o ligou saindo dali cantando pneu, ela não iria deixá-lo assim com a palavra na boca e a seguiu por um longo tempo, mas logo a perdeu e foi até sua casa, mas ela não tinha chegado ainda e sua mente enlouqueceu pensando tantas coisas que ele foi direto para o hotel de Heriberto. Vinte minutos em que sua mente projetou os gemidos de Victória embaixo de Heriberto e seu rosto ficava cada vez mais vermelho.

Parou o carro de qualquer jeito e correu para dentro sem se anunciar, pulou basicamente em um dos elevadores e as mulheres que ali se encontravam se assustaram com o modo dele, mas nada falaram apenas se afastaram e ele andou de um lado a outro até que as portas se abriram e ele correu para a porta de Heriberto a esmurrando até que ele abriu apenas de cueca e o homem pirou socando a cara de Heriberto que nada entendeu e o encarou com raiva pelo soco...

- Ficou maluco? - berrou com ele cheio de vontade de revidar.

- Você está com a minha mulher maldito! - berrou e Heriberto ficou vermelho o encarando...

DESEJO OCULTO - TDAOnde histórias criam vida. Descubra agora