A Patricinha Do Dono Da Favela

CAP/final

Anos se passaram voltei ater uns encontros e namoradinhos mas nada tão sério.

O tempo foi passando e eu vi meus filhos crescer e eu ficando velha meu pai tbm. As coisas mudou quando ele morreu.

Meus filhos adultos com família e eu velha resolvemos voltar para o Brasil quando chegamos alugamos uma casa e eu fui fazer com eles uma coisa muito importante ver Ester seus filhos e netos.

Lipe não saiu do trafico então morreu em confronto com a policia,
Ficamos conversando por muito tempo, nossos filhos viraram amigos e os netos tbm.

Conheci a nora dela e ela conheceu minha nora e meu genro.

Comecei a fazer minha vida aqui e quase com 60 e poucos anos anos fui ate a favela da rocinha e vi Dhon bem velho sentado conversando com o filho.

Dhon- pra uma velha vc ta bem em forma

- eq eu sempre me cuidei

Ele sorriu.

Dhon- demorou demais pra voltar eu fiquei te esperando mais ai me casei de novo com minha ex esposa

Eu sentir uma tristeza e sorrir fraco.

-fico feliz por vc
-eu ja vou indo chegar ate aqui me cansou muito

Ele concordou nos falamos mais um pouco depois me despedir.

Voltei pra casa e vi meu filhos e tomei a decisão mais pertinente pra mim.
Ja estou velha meus filhos estão bem e felizes conheci meus netos partir meu coração de novo não ha mais nada pra mim nessa vida.

Eu vivi, amei, pedir pessoas, pedir o amor da minha vida, ganhei meus filhos, pedir meu amor mais uma vez, perdi meu pai.

Os momentos felizes q eu tive em todos esses anos foram consumidos pela tristeza e não ha saída mais.

Todos estão bem e felizes menos eu. A felicidade me abandonou ha anos.
Comecei a chorar dentro do meu quarto então peguei um estilete e cortei bem fundo os meu pulsos e la sangrei ate a morte.

Acabou.

Acabou meu sofrimento e minha dor. Nunca conseguir refazer a minha vida, ja velha não vou conseguir mais.
Não posso continuar carregando essa dor preciso de um alivio pro meu sofrimento e pra minha solidão preciso q a tristeza me deixe.

Essa e a maneira mais fácil q passou pela minha mente, parei de chorar larguei a gilete e me olhei bem atentamente no espelho, Não, ainda não acabou.

A verdade é que, mais do que nunca, eu tenho me envolvido mais com o "círculo das influências", do que com o "círculo das preocupações". Acho que isso explica muita coisa que ocorre na minha vida, sem que eu me dê conta.
Nos últimos tempos, passei por "poucas e boas", tive várias decepções (amorosa, financeira, profissional, sentimental...), e algumas pessoas sabem um pouco disso, outras um pouco daquilo... e tem decepção que ninguém sabe. Algumas situações não foram nada fáceis de contornar. Tem umas inclusive, que ainda nem contornei, sendo bem sincera.
Mas, andei refletindo bastante sobre as coisas boas que me aconteceram, e posso afirmar que algumas delas, só aconteceram em virtude de ter passado por momentos ruins (mas, é claro que isso não é uma regra).
Diante disso tudo, eu poderia me colocar do "lado de fora" hoje, e observar o cenário (minha vida) de duas maneiras. 
- A primeira delas, é mais comum, mais "fácil" e mais intuitiva talvez: me fazer de vítima das circunstâncias, me lamentar pelo que não tenho, pelo que perdi, pelo que deu errado, pelos motivos que tenho pra me jogar no chão e chorar feito criança...
- A segunda não muito fácil: pensar no que eu conquistei, no que sou capaz de criar, no que já deu certo, na família linda que Deus me deu, nos meus filhos lindos, saudáveis, inteligentes e amorosos, que me dão força todo dia pra continuar a lutar, na minha disposição pra continuar lutando... 
Eu poderia achar tudo isso uma bobagem, ou nem pensar nisso. Poderia pensar que isso não é suficiente para me encorajar... 
Mas eu escolhi a segunda maneira de ver as coisas. Eu escolhi continuar. Eu escolhi amar (mesmo depois de tantos motivos pra talvez odiar), eu escolhi sorrir (mesmo com tantos motivos pra chorar), eu escolhi viver.
(...) E ainda que possam me achar uma tola, eu não me canso de repetir: "La vie est belle!"