"Um Amor Para Dois"

Cap 14- Um Passo Para a Verdade!!!

Rodrigo:

Olho para a entrada do aeroporto e não a vejo, falta exatamente 20 minutos para nosso vôo e nada de Isabel aparecer.
Começo a ficar preocupado, será que algo aconteceu? Mas antes mesmo do desespero me tomar a vejo entrar pela porta principal, linda. Seus cabelos estão soltos e com ondulações, o dia está frio então ela está com um sobretudo vermelho, e nos pés pequenas botas pretas.

-Como posso amar tanto alguém?.-sussurro enquanto a vejo entrando e puxando sua mala.

Seus olhos parecem procurar algo, e então eles se focam em mim, e recebo o sorriso mais grandioso de todos.

-Desculpe a demora, o trânsito estava um terror.-diz assim que está ao meu lado.

-Confesso que estava preocupado, e a propósito, está linda.-toco sua bochecha e roubo um selinho.

-Hey Dri, estamos em local público, não podemos.

-Não resisti.

-Eu sei que sou irresistível, mas se segure.-diz zombeteira.

-Iiih, olha que garota convencida que tenho aqui.-digo a fazendo gargalhar.

-Vamos?

-Claro.-pego sua mala e a puxo em uma das mãos, enquanto com a outra seguro a minha.

O vôo sairá as 09:00 hrs em ponto, tudo indica que chegaremos ao nosso destino as 12:00 hrs em média, por causa do horário de Nova York, a diferença de lá com aqui Austrália é de 16 horas, enquanto estamos as 9 do dia de hoje, Nova York está as 18 do dia de ontem... fuso horário me confunde. Será um vôo longo...
Após fazer o check-in entramos no avião e nos acomodados nas nossas poltronas que são uma do lado da outra.

-Como ela está?.-sei que é um assunto que a deixa triste, mas preciso de notícias.

-Falei com Lola hoje, ela passou o telefone para a pequena falar comigo...-vejo seus olhos se encherem de lágrimas não derramadas.

-Ei, venha aqui.-a puxo para meu peito e bejo seus cabelos.

Jasmim... nunca esquecerei seu cheiro, assim como Kathryn não esquece.
Penso na pequena, tão delicada, tão frágil... quero cuidar dela, mostrar carinho, ela é apenas uma criança, não merece isso que passa.

-Não precisa dizer nada...

-Tudo bem.-ela levanta o olhar e fala em tom baixo.
-Ela pegou o telefone mas não quis falar nada Rodrigo, quando insisti em perguntar se estava tudo bem, ela gritou comigo.-ela chora, vejo que não aguenta segurar as lágrimas.

-E o que ela disse?

-Que não queria conversar comigo, que eu não a amo, que mães não deixam os filhos.

-Ela só está confusa, ela só tem três anos, ela escuta coisas na tv, não se preocupe com isso, e logo vamos tirar ela de lá.

-Doi tanto escutar isso dela, e sabe o que doi mais? Saber que ela está certa, eu sou uma covarde.-ela ainda chora, porém tenta se controlar.

-Não quero escutar nunca mais você dizendo isso ouviu? Entendeu bem Isabel?.-pergunto serio e ela apenas concorda com um balançar de cabeça.
-Conversei com meu colega delegado.-ela se assusta.

-O que? Você não disse que iria fazer isso só quando tirarmos Kathryn de lá?

-Sim, mas pensei melhor...

-Não Rodrigo, você não deveria ter feito isso, ele vai querer invadir a casa, e eles vão conseguir fugir com a Kath, eu sei que vão, Arnold sempre consegue o que quer.