Isabel:
Já ouviu daquela história de que nada é para sempre? Que as mentiras um dia sempre vêm a tona? Pois é, sabia que esse dia iria chegar, mas não imaginava que seria em um dia tão próximo, e muito menos agora.
Olho pra grande mansão na minha frente, a casa onde cresci, onde tive os melhores momentos da minha infância e adolescência. Onde em um dos quartos lá de cima que era meu, eu sonhava com Rodrigo, com o amor platônico que eu tinha por ele.-Estou com medo.-confesso ao passarmos pelo portão na entrada.
-Eu estou aqui para ajudá-la a passar por ele.-Rodrigo pega em minha mão se ponto ao meu lado.
Sorrio fraco e encaro seus olhos, seu olhar é como uma tempestade para mim, nublado e ao mesmo tempo significativo, nunca sei o que seus olhos expressão.
-Vamos sair juntos daqui sim?
-Nunca pensei o contrário Bel, chegamos juntos e sairemos juntos, não só da casa dos seus pais, mas digo isso para a vida, você e sua filha são minhas prioridades apartir de agora.
-Você é um anjo que entrou na minha vida para me dar coragem, nem sei o que dizer Dri, obrigada por me ajudar, eu e a minha menina.
-Nossa.-ele diz e meu coração solta fogos.
Vejo um sorriso de lado atravessar seu rosto.
-Como?
-Nossa menina amor, tudo que é seu também é meu de hoje em diante, e eu digo isso especificamente por causa da Kathryn, prometo protejer aquela pequena princesa com a minha vida.
-Eu agradeço Rodrigo... mas você não tem essa obrigação.-fico sem jeito.
-Eu sei, mas eu quero ter, prometo ser a figura paterna que Kat nunca teve, nem que seja apenas como um tio.
-E eu ficarei feliz de você ser essa figura para ela.- dou um último selinho nele antes de chegarmos de frente a porta.
Assim que chegamos no portão o porteiro nos reconheceu e abriu passagem, e então entramos caminhando pelo jardim até nos encontrarmos aqui, de frente a porta da casa.
-Você bate ou eu?-ele pergunta sem saber ao certo o que dizer.
-Eu.-agarro sua mão com firmeza na minha, levando a mesma e beijo os nós de seus dedos antes de bater na porta com a outra mão.
Não demora e Lúcia abre a porta sorrindo quando nos vê. Ela sempre trabalhou nesta casa, dês de que eu era um bebê, Lúcia é como uma tia para mim.
-Menina linda.-me abraça.
Logo em seguida abraça Rodrigo.
-Como vai Lúcia? Tudo bem por aqui?
-Por aqui tudo igual, tudo da santa paz, a não ser nos dias em que os anjos dos seus sobrinhos então aqui, igual hoje.-ela me faz rir com sua conclusão.
Entramos na casa e os primeiros a vermos é meus sobrinhos que logo correm para nos abraçar. Não demora muito para minha mãe e minha cunhada aparecerem na sala após a algazarra das crianças.
-Filha?.-minha mãe diz com os olhos cheios de água.
-Oi mamãe.-beijo suas bochechas e a abraço pedindo a Deus que me dê oportunidade de dar mais desses abraços nela.
O medo da mágoa ser maior do que o amor após eu contar tudo me sufoca.
Abraço minha cunhada enquanto Rodrigo abraça minha mãe.-O que faz aqui assim filha? Sem avisar, você nunca vem...
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"Um Amor Para Dois"
RomantizmLivro continuação de "Destinos Traçados", mas não precisa ler ele para entender "Um Amor Para Dois". "Sabe porque eu te amo? Porque você me salvou" Rodrigo Montenegro, um homem que apesar de gostar de festas sempre está dedicado ao trabalho. Ele usa...