Tenho que mais uma vez lembrar que a ocupação dos espaços públicos faz um bem danado para as novas e velhas gerações. O ir às ruas, o fazer pensar e a fuga do sofá e televisão desfazem o preconceito e a banalidade do raciocínio.
Parto do principio de não me preocupar com as pessoas. Essas se preocupam muito com o outro. Se ele vai bem, como poderia estar pior? Se ele tem dinheiro, como poderia perder tudo? Precisamos disso. Já observaram em uma conversa que falamos algo e esperamos a aprovação do outro? Para nos sentirmos bem. Não por causa do outro. Apenas por causa de nosso ego. O ser humano precisa aparecer. Já observou como colocamos emoção em situações esdrúxulas? Os narradores de futebol gritam, esbravejam e choram copiosamente em gols ou títulos como se fossem fatos extraordinários. Quem sabe sejam. Cada um elege segundo seu ponto de vista as emoções e seu choro. Mas vejo isso como as emoções dos atores que trazem o choro mentiroso de emoções que emergem de suas técnicas teatrais. Acredito que muitos de nós fazem o mesmo com um grande talento sem perceber.
Enfim, precisamos viver a vida na grandiosidade dos pequenos acontecimentos cotidianos. E para isso precisamos sair e ver o outro de outra forma. Desta vez, como parceiros e não como vassalos para nossos pensamentos ou construtores de nossos egos.
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CRÔNICAS DE UM SOBREVIVENTE
De TodoEsse livro: Crônicas de um Sobrevivente traz reflexões acerca do mundo atual focado em questões do brasileiro, mas fruto também de observação do modo de vida de outras pessoas e de outros países. Escrevo de forma irônica e ácida, tentando mostra que...